Capítulo 16 ᵐᶦʳʳᵒʳˡᵉˢˢ

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── Posso entrar? ── Olhei para a porta, e Kevin estava parado. Eu rapidamente joguei a chave de fenda e os quadros bizarros do outro lado do local.

── Claro! entra aí! ── O garoto entrou e sentou-se em minha frente, olhando ao redor. ── Como um padre iria pedir ao seu filho para parar de ler a sagrada escritura superior à qualquer obra literária existente? ── Puxei o assunto no qual paramos.

── Ele estava estranho. Vivia rindo até para as paredes. Até que em uma madrugada eu levantei para tomar água, como vi a casa silenciosa, resolvi ir ao seu quarto e, ele apenas... tinha sumido. Depois disso foi declarado desaparecido. ── Ok isso, literalmente, não me ajudou em nada.

── Como ele começou a ficar estranho? ── Questionei

── Não sei. Foi do nada. ── Mordi a ponta do lápis, confusa.

── Como ele agia antes de rir para as paredes?

── Ele estava normal. Só que mais sério, distante.

── Sabe sobre algum assunto que ele dizia repetidamente? ── Com a testa franzida, ele negou.

── Não. Mas, alguns dias antes do desaparecimento, ouvi ele conversar com um cara na igreja, se não me engano o nome era Christopher. Eles falavam sobre... ── Coçou a nuca. ── Exor... Exorci... ── Parecia não lembrar dá palavra.

── Exorcismo?

── Sim!

── Quem ou o que, ele ia exorcizar? ── O garoto apenas balançou a cabeça, sem saber a resposta. Merda.

Kevin saiu faz alguns minutos e eu fiquei pra tentar quebrar os quadros.

── Isso! ── Após conseguir quebrar o porta-retrado, eu tirei a foto.

Durante esses dias, eu procurei de todos os jeitos possíveis a origem desses quadros. Mas não achei nada. São totalmente desconhecidos. Nada mais óbvio que procurar neles mesmos. Observei a fotografia, não muito, porque é horripilante. E nada.

Quer dizer, nada além de uma assinatura. Christopher Remy. Estava escrito nas duas. Quem é esse merda? Argh! Porque quando eu procuro respostas, só acho mais perguntas? Olhei o relóginho em cima de minha mesa, que dizia ser doze horas. Ou seja, tenho que sair, antes que fique presa nesse caralho de escola.  Coloquei a alsa da câmera em volta do meu pescoço. Peguei as fotos e a chave do Carp Diem. Após sair, tranquei a porta. De repente, senti uma tontura repentina, logo eu encostei minha testa na porta, cansada.
Eu venho tendo tonturas sucessivas. Além de dor de cabeça. Eu não sei exatamente o que é, mas está ficando insuportável.

── Ora, ora. Mavis Vadia Kincaid. ── Emma...
Respiro fundo pra tentar aguentar essa puta.

A seguir contém gatilho de abuso. Se for sensível, por favor não leia.

── O que merda você quer, hein? ── Ela estava com Bruce e companhia do lado. O que significa que não está indefesa. O que significa que se eles tentarem me bater... eu vou apanhar legal.

── Aviso direto: Fique. Longe. Do. MEU. Namorado. ── Pausamente ela disse, com sua voz irritante.

── Nós trabalhamos juntos no mesmo cômodo, Emma. Ficamos a centímetros de distância todo dia. ── Disse entediada. ── E além disso, você traiu ele com aquele cara musculoso na casa do diabo. ── Falei. ── O cara concerteza já tá lanhando outras, irmã. ── Senti meu rosto queimar com o tapa que recebi.

── Nada sobre nosso relacionamento interessa a você. É melhor obedecer o que eu acabei de te falar se não quiser sofrer as consequências.

── Eu estou morrendo de medo. ── Ironizei, e por um segundo, até pareci meu pai.

── Você vai fazer o que te mandei. Porque tem medo de mim. ── Sorriu. Eu dei risada.

── Medo de você? O que te faz pensar isso?

── Se não tivesse, você já tinha me confrontado. Porque fica quietinha quando passa do meu lado, hm? ── Se aproximou.

── Não confunda meu silêncio com fraqueza. Afinal, ninguém planeja um assassinato em voz alta. ── Falei. ── Eu não te confrontei porque tem dois brutamontes atrás de você. ── Ela sorriu.

── Os brutamontes no quais eu trouxe pra dar uma brincadinha com você.

── O que? ── Bruce segurou minha cintura com força, me prensando na parede.

── Cadê seu papai, hm?── Beijou meu pescoço.

── Bruce, para! ── Gritei.

── Por que você não me intimida agora? ── Tirou minha jaqueta. Ele me levava para o banheiro enquanto eu gritava desesperadamente. ── Você até que é gostosinha, sabia? ── Despiu minha blusa, me deixando somente de sutiã. Seus olhos brilharam quando viu meus seios.

── Bruce, Bruce não faz isso, por favor. ── Eu dizia entre lágrimas.

── Parar? eu não tô nem começando. Abre a calça. ── Foi até a porta, a trancando.

── Não. ── Disse em um susurro.

── Vai logo, porra! ── Gritou

── Eu disse não! ── Não sei como tirei forças para gritar. Bruce se aproximou. Bateu sua testa na minha. Eu não encherguei mais nada, e caí no chão.

 Eu não encherguei mais nada, e caí no chão

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Dois hoje🙌🏽

Tadinha da Mavis...

𝐇𝐞𝐥𝐥 𝐇𝐨𝐮𝐬𝐞 | 𝖛𝖎𝖓𝖓𝖎𝖊 𝖍𝖆𝖈𝖐𝖊𝖗Where stories live. Discover now