As pessoas descobriam que ele não era meu pai biologico, por ele ser negro, mas para mim, ele era sim, podia não ter o sangue dele nas minhas veias, mas eu amava ele como se fosse o meu pai de verdade.

— O teu namorado não mandou-te flores? — Ele questionou gargalhando e eu também gargalhei.

— Pai, assim você me deixa totalmente envergonhada. —Redargui e meu pai sorriu, tirando uma fatia de pão do pacote.

— Não tenha vergonha de nos apresentar o teu namorado. — Minha mãe falou deixando o prato com bacon e ovo na minha frente. — Coma.

— Mas eu não tenho namorado. — Contestei cortando o bacon.

— Mas um dia terá, e o malandrinho, terá que falar com o Leandro aqui primeiro. — Meu pai zombou e eu apenas sorri.

— Quando tiver, eu apresento-vos.

Continuei a comer e quando terminei deixei a louça suja na pia.

Lavei as minhas mãos e despedi-me dos meus pais.

— Eu vou levar-te a escola. — Meu pai ofereceu-se e mesmo que eu negasse ele iria levar-me a mesma.

— Está bem, pai. — Ele sorriu e foi ao seu quarto buscar as chaves do carro, saí de casa e esperei por ele encostada na porta do carro.

Já era notorio os carros alegoricos decorados com flores e balões em forma de corações e as decorações de amor nas casas e postes, os casais passando de mãos dadas e beijos por ali e acolá.

— Nessa, o que foi? — Meu pai questionou e eu forcei um sorriso voltando a terra firme.

— Nada, pai. — respondi e entrei no carro. Meu pai ligou o mesmo e conduziu até a escola.

pelo caminho até lá pude ver os casais novamente. Era tudo que eu também queria viver um dia. Uma paixão, encontrar alguém que me amasse e que eu pudesse chamar de meu: namorado, parceiro, amante.

— Nessa! -— Meu pai resmungou, tirando-me do transe. — O que foi filha? Está tudo bem?

— Está tudo bem sim, não é nada pai. — Respondi nervosa e ele revirou os olhos.

— Eu já te disse que não sou como a tua mãe. — Meu pai ponderou e eu gargalhei. Estacionou o carro em frente a escola.

— Ah, não pai, adeus. — Saí do carro e ele riu. — Até mais logo.

—Até Ness.

Meu pai acenou uma última vez e saiu do local.

Olhei para escola, toda ela decorada com cartas penduradas no portão, um enorme balão de cupido em cima da escola e flores por todos os cantos, sorri e entrei no pátio escolar, creio que as salas também estejam decoradas.

Caminhei até o hall de entrada e mostrei o meu cartão de estudante a senhorita Margot.

— Bom dia senhora Margot, feliz são Valentim. — Desejei e ela sorriu.

— Muito obrigada, Nessa. — eu também sorri e caminhei até o corredor dos cacifos.

Abri o meu e deixei os meus livros menos importante para hoje dentro dele e a minha mochila.

Ajeitei a minha camisa branca de uniforme e segui o meu caminho até a sala de química com o meu jaleco na mão e o oculos de proteção.

Bati a porta e o professor mandou-me entrar.

— Nessa, pontual como sempre, feliz dia de são Valentim. — o professor Mark falou e eu assenti.

— Obrigada, professor. — Dirigi-me ao meu lugar e sentei-me na minha carteira, no meio entre a Ruth e a Dani.

Enviado Pelo CupidoWhere stories live. Discover now