Capítulo 13

206 16 14
                                    

Incrível como tudo se encaixa Em tudo o que a gente faz Indescritível o sentimento permanente Que você me traz

Lexa e Kekel (Amor bandido)

TG

Não consegui dormir nada depois dos acontecimentos da madrugada, fui para casa e tomei um banho. Andrea dormia tranquilamente enrolada nas cobertas e eu só conseguia pensar na Sofia. Minha mente parece que não desliga fica várias vezes passando o momento em que a vi. Lembro de estar descendo para ver se tinha algum morador na rua, as vezes se desesperam e acabam saindo no meio do tiroteio. Então eu a vi, apenas de camisola e descalça correndo na minha direção, parecia até miragem. Puta merda, a mulher mais linda que já vi e no momento em que me pediu ajuda e tão desesperada estendeu as mãos para mim, parece que meu corpo agiu no automático e quando me dei conta já estava segurando suas mãos e que loucura a vida dela. Que marido de merda que ela foi arrumar.

— TG — senti um tapa no meu braço.

Olhei e Andrea me encarava.

— Estou te chamando faz tempo, mas você parece que estava preso em um transe.

— Pensando na invasão.

— Não dormiu nada? Já são 08h30min.

— Preciso ir pra boca, deixei nas mãos do Romeu.

— Calma, fica em casa.

— Preciso ir resolver minhas coisas.

Dou um beijo na testa dela e saio de casa indo pra boca. Os caras já estavam trabalhando, cumprimento todos e vou para minha sala. Romeu está mexendo no caderno de contabilidade.

— Vários cuzão para cobrar.

Me sento na minha cadeira e começo puxar um beque.

— TG - olho para Romeu — Que loucura foi de madrugada.

— Os alemão estavam putos e tudo isso pelas merdas do Napoleão.

— Não estou falando disso, to falando da garota. Coitada, que barra. O que vai fazer com o DN?

— Acho que o certo é ela decidir né? Vai que isso alivia o sentimento ruim que ela está carregando.

Romeu e eu continuamos conversando, até que depois de um tempão DL apareceu.

— O vagabundo, achei que não ia vir hoje.

— Já fiz meu corre, fui cobrar o Carlinhos e ele mandou uma merreca, mas disse que a filha vai arrumar o resto do dinheiro.

— Vou meter bala.

— TG, é o pai da Thalia.

— E daí?

— Ela estudou com a gente, só dessa vez da uma segurada.

— Se ficar dando segurada para um, os outros vão se achar no direito de querer uma segurada também.

— Sei que está puto, mas tenho uma surpresa para você que vai mudar seu dia, você vai sorrir de orelha a orelha.

Fechei a cara para DL e ele fez um sinal para o seguir, Romeu veio logo atrás. Percebi que os caras encaravam algo e quando vi arregalei os olhos, Sofia estava parada na porta da boca com um shorts branco, chinelo e um cropped. Havia mudado o cabelo como sugeri, o que me fez ter uma sensação estranha. Estranho ver uma mulher que com certeza só usava os melhores saltos e vestidos, usando chinelo e cropped. Ela parecia meio desconfortável, então com certeza não usava roupas assim.

— Sofia.

— TG.

E me deu uma puta vontade de falar para ela me chamar de Tiago, algo em mim queria ver o meu nome saindo de seus lábios.

Caminhos CruzadosWhere stories live. Discover now