Capítulo 11

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Eu tenho fé em Deus Pra resolver qualquer parada Chega com respeito Na minha quebrada

CBJR ( Tamô ai na atividade)

Sofia

Foi tudo muito rápido, ele me segurou pelos cabelos e me puxou com força e como não conseguiu manter o pano em meu nariz e acho que ele percebeu que não conseguiria senti algo ser aplicado no meu braço começando a queimar e depois disso apaguei. Quando retomei minha consciência novamente, percebi que estava amarrada em uma cadeira e com um saco preto na minha cabeça. Senti a frustração invadir meu corpo, junto com as memórias da perca do meu filho. Será que dessa vez sou eu que não irei sair viva? Lágrimas escorrem por meu rosto, enquanto começo a me debater na cadeira.

— Para com essa porra—sinto um tapa no meu braço e acabo parando.

Escuto um barulho de batidas e parece que alguém está batendo na porta. A mesma parece ser aberta, pois faz um rangido alto.

— DN.

— Qual é? Por que está vindo aqui?

— Vai me deixar entrar não?

— Faz jogo rápido que não vai precisar entrar.

— O chefe mandou tu se ajeitar, o Complexo do Alemão está vindo pra cá, ele está puto.

— Para ir no assalto a banco eu não era bom o suficiente. Agora para ir na luta contra esses cuzão eu sou?

— Mano, para de se doer e vamos logo. Ele está na boca dando as últimas ordens.

E logo após isso só restou o silêncio, minha cabeça estava a mil, pensando em tudo que eles disseram Complexo do Alemão, chefe e assalto, será possível que eu esteja em algum morro? Minha cabeça começou a doer e eu apaguei novamente. Quando abri meus olhos de novo, foi porque acordei com tiros muito altos, pareciam estar muito perto daqui. Comecei a ficar muito nervosa e com isso me balancei na cadeira sem parar, até que acabei fazendo a mesma cair no chão e se quebrar. Com dificuldade soltei minhas mãos e depois tirei o saco do meu rosto, olhei em volta e tudo é muito simples. O tal de DN me trouxe para uma casa bem simples, olho para mim mesma e ainda estou de camisola. Abro a porta que para minha surpresa ele deixou aberta. Está caindo uma chuva forte e os barulhos de tiro só aumentam. Preciso decidir entre ficar aqui ou buscar ajuda. Opto pela segunda opção e saio correndo sem nem pensar duas vezes. Senti a chuva gelada tocando a minha pele e fazendo a camisola grudar em meu corpo, meus pés descalços estava escorregando.

— PARA — escutei gritarem e quando olhei para trás um homem corria em minha direção.

Ele pareceu tão obstinado a me pegar que minha mente gritava que só podia ser o tal do DN. Continuei correndo e vi que em minha direção estava se aproximando um homem com um fuzil nas costas.

— Me ajuda — eu pedi com todas as minhas forças.

A rua está extremamente escorregadia, o que impede que eu corra mais rápido. Foi então quando eu senti, puxarem meu cabelo e meu corpo indo para trás. Num ato de desespero estendi minhas ao homem que vinha na minha direção e quando eu achei que iria cair, senti ele segurando minhas mãos com firmeza.

— Que porra você está fazendo DN?

Ele me puxou mais para si, então pude ver o rosto do meu sequestrador, que tremia de nervosismo, devido aquele que eu preferiria acreditar seu meu salvador.

— TG — ele disse e parecia nervoso - É uma patricinha doida, se envolveu comigo e agora quer pagar de santa.

O tal TG me segurou pelos ombros e olhou dentro dos meus olhos. Senti como se faltasse ar em meus pulmões, só de receber seu olhar.

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