Adhara Riddle: The Season Finale: I'm Unstoppable

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POV Sirius

Eu não podia acreditar na podridão que a ordem se tornou bem debaixo do meu nariz, chantagear o Harry, sequestrar uma criança e agora torturando-a? Isso sem contar os que vieram à tona no maldito tribunal, como o lado da luz decaiu tanto? Ou será que nunca havia sido como imaginávamos?

- Pelo amor de Deus Alastor, deixe a garota em paz - Implorou Remus ao meu lado aflito.

- Deixe ele Lupin, parece que o Moody aqui precisa espancar uma adolescente presa e mal alimentada para se sentir poderoso ou homem - Adhara provocou cuspindo sangue na perna de pau do ex auror.

Me encolhi com a bofetada na boca que a garota levou, a mesma no entanto reagiu rindo e cuspindo mais sangue. Nós estávamos de frente para a cela, uma visão privilegiada para os socos e chutes que a pobre menina recebia, seu corpo pálido já estava em diversos tons diferentes de vermelho, roxo, e um preto doentio que com certeza estaria amarelado no dia seguinte, os cortes e contusões sangravam sem parar e pelo menos um dente já tinha sido cuspido, mas ainda assim a sonserina não gritava, chorava, se debatia ou tinha qualquer outra reação que não fosse diversão ou desafio.

- Surpreendentemente você é feita de material resistente garota, mas não se preocupe, amanhã vou trazer alguns brinquedinhos e veremos se você continua tão confiante - Rosnou Moody selando a cela magicamente e indo embora.

A garota se recostou na parede e respirou fundo contendo suas emoções.

- Ele já foi, pode desabar se precisar - Assegurei suavemente.

- Não preciso de sua pena Black, fica na sua - Me cortou rispidamente.

Me mantive em silêncio, atento em qualquer reação que indicasse que ela desmaiaria ou entraria em choque pela perda de sangue para exigir ajuda, mas não houve nada. Ela permaneceu inalterada até adormecer.

- Está além de mim entender como essa menina suportou o dia de hoje, Siri - Sussurrou Remus preocupado.

- Sim, ela é fascinante, mas não deveria ter que passar por isso, eu sabia que Moody não valia nada, mas bater em uma criança? Isso é baixo até pra ele - Respondi no mesmo tom - Ela é minha prima. De segundo grau, mas ainda é família, provavelmente uma das únicas pessoas decentes nela. É uma merda não poder ajudá-la.

A mão de Aluado alcançou a minha através das barras e mais uma vez amaldiçoei a parede entre nós que me impedia de abraçá-lo e sentir seu cheiro.

- Bom saber que meu gaydar não foi selado com meus poderes, não que seja útil aqui dentro - Murmurou Adhara ainda de olhos fechados - Mas se não se importam gostaria de dormir agora.

Revirei os olhos sorrindo, escondemos de James e os outros membros da ordem por décadas, mas ela precisou de menos de 24 horas, a garota é boa.

- Vai dormir pirralha.

[Uma semana depois]

POV Adhara

Ouvi a porta para o porão abrir e me pus a respirar lentamente levando minha consciência bem ao fundo da minha mente. Mais um maldito dia nesse lugar.

- Acorda pirralha, hora da diversão - Ouvi Moody dizer - O diretor me deu permissão para aumentar um pouco mais o nível - Senti sua mão se arrastando para cima em minha perna e gritos indignados de Black e Lupin antes de me desligar quase completamente.

Eu já esperava por aquilo, os métodos deles estava ficando cada vez pior e eu sabia que depois de forçar minha transformação sirena e arrancar escama por escama da minha cauda antes de serra-la ao meio não havia muito mais que eles pudessem pensar que seria pior que isso

Mergulhei em minhas memórias preferidas, tentando ignorar qualquer sensação, qualquer voz, era apenas eu e boas lembranças.

Um murro forte em meu rosto se tornava uma tarde surfando com o Percy e a Piper.

Um chute nas costelas, a primeira vez que convenci o Nico a mergulhar comigo.

Um corte profundo, o abraço quentinho e caloroso de tia Dite depois de um dia ruim.

A corda em minhas pernas se dividindo e puxando bruscamente uma perna para cada lado, se tornava uma manhã de verão aproveitando um banho de chuva.

Mãos nem um pouco cuidadosas ou bem vindas apertando dolorosamente meus seios foram traduzidas em em noites de jogos de tabuleiros em grupo.

Algo sendo escrito em meu abdômen com uma navalha, uma guerra de bolas de neve nas férias de inverno.

Dor absoluta quando fui invadida sem piedade se tornaram olhos escuros e calorosos, que me olhavam não só com desejo, mas com amor, cumplicidade e devoção em todos os nossos momentos e carícias.

O nojo e a repugnância absoluta quando ele veio dentro de mim repetidas vezes, tanto em minha intimidade quanto em minha bunda pela primeira vez que eu voei sozinha, sentindo as nuvens frias e macias em minhas asas e tendo uma vista tão fantástica que me fez amar esse mundo ainda mais e decidir ser a melhor rainha que pudesse quando chegasse a hora.

Fui arremessada contra a cela e deixada lá, sangrando e vazando sêmen nos poucos retalhos que restaram da minha roupa. Todo o meu corpo doía e eu me sentia imunda, mas ainda assim fechei os punhos em determinação. Eu não iria chorar, não iria gritar ou implorar, eles podem até ter me sequestrado, me mantido em cativeiro, me baterem, torturar e estuprar dia após dia, mas não vão conseguir o que querem. Não importa o que façam ou tentem, mesmo que destruam cada átomo do meu corpo jamais me quebrarão. Eu tenho família, amigos e um amor para voltar e eu voltarei! Não importa se levarão décadas, ou se morrerei de velhice para que aconteça, eu vou me libertar. Ninguém jamais irá me parar.

Coleção Adhara Riddle em HogwartsWhere stories live. Discover now