Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ xɪɪ

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* When I look into your eyes I can see there's something blooming. Bubbling up inside, screaming to get out. But you're too scared to let it, the past still ties you down.


Tᴏɴʏ Sᴛᴀʀᴋ

— O que acha de me fazer um grande favor? -Virginia me pergunta, depois de uma longa história sobre o meu pai e minha família. — A Nanna sempre faz um almoço na casa dela, mas não estou muito a fim de passar por todo o interrogatório de "quanto irei casar" sozinha. -Ela ri e pelo pouco que conheci da Nannabeth, imagino que seus interrogatórios sejam completos.

— Então você quer que eu sofra junto? -Brinco.

— Por favor? -Ela faz beicinho e semicerra os olhos, é a coisa mais fofa que já vi. — Você só precisa fingir ser meu amigo. -Completa.

— Então não. -Digo de forma rápida.

— Por quê? Eu apoiei você. -Ela parece estar super confusa com minha resposta.

— Eu adoraria ir ao almoço com você. A Nannabeth é uma figura, mas eu não preciso fingir que sou seu amigo. -Explico. — Nós somos. -Sorrio. Porque, de fato, para mim, nós já somos amigos.

Eu faria qualquer coisa por essa garota, e é por isso que passo minha primeira sexta-feira do ano com ela e sua avó.

Nan mora em um modesto apartamento no Brooklyn. O lugar é bem localizado e aconchegante.

Na sala, há um sofazinho azul claro, encostado em uma das paredes diante de uma TV de tela plana. Ao fundo, fica uma prateleira repleta de livros e discos de vinil organizados em ordem alfabética. A cozinha é espaçosa, com bancada de fórmica, fogão elétrico e uma mesinha de madeira com seis cadeiras. Há também um armário de metal, contas e papéis avulsos em cima. O apartamento ainda possui 2 quartos bem iluminados, sendo um uma suíte, e um banheiro de tamanho médio.

Assim que nos recebe, Nannabeth nos puxa para um baraço e vai nos servindo margaritas. Mesmo que os termômetros estejam marcando -3° lá fora.

Ela passa os primeiros minutos nos contando sobre sua viagem, achamos que esse será o tópico principal da nossa conversa, mas Nan faz isso apenas para aquecer e começar e seu questionário.

— Eu apenas me preocupo com você, Gingerbell. -Nan diz, após centenas de perguntas. — Você tem 31 anos e ainda está solteira. Não quero que passe sua vida sozinha. Já experimentou usar o Tinder?

Virginia da um gole enorme em sua bebida e engoli acidentalmente um cubo de gelo junto. Depois de limpar a garganta, responde: — Não. Nunca experimentei.

— E aquele rapaz, Tristan Lancelot? Ele me pareceu um bom sujeito na festa de confraternização do hospital. -A menção a ele me faz ficar tenso. Me ajeito na cadeira um tanto quanto desconfortável. — Ah, por que eu não pensei nele antes? Um moço tão educado. E bonito também. -As mãos dela voam para a boca.

— Ele é legal, só não faz meu estilo. -Gin responde, dando de ombros, e eu respiro um pouco mais aliviado.

— O que aconteceu entre vocês? Vocês pareciam estar se dando tão bem.

— Nós só somos amigos, Nanna. O Tristan quer coisas que não estou pronta para oferecer. -Suspiro. — Além do mais, ele foi transferido para Settle duas semanas atrás.

— E quanto a você, Tony? Está solteiro, não é? Por que não se dão uma chance? -E aí está, ela finalmente chega onde queria.

— Nanna, não é tão simples. -Eu intervenho, porque a essa altura, Gin nem consegue mais falar.

Before You Say GoodbyeWhere stories live. Discover now