Capítulo XI: Dad...

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{Jane Smith}

Acordo com o telemóvel a tocar e rapidamente estico o braço de forma a silenciá-lo antes de despertar o Harry.
Retiro o seu braço da minha cintura e, cuidadosamente, saio da cama.

Tremo assim que os meus pés descalços embatem no chão frio
e só aí me lembro que estou nua. Pego na camisa do Harry, deixada anteriormente na casa de banho, e aperto apenas o botão do meio. Solto o meu cabelo e olho-me ao espelho, lavando os dentes de seguida.
Agarro de novo o telemóvel e leio 'Pai' no visor. Deslizo o meu dedo pela chamada não atendida e retomo a mesma.

"Olá Jane!" Afirma animadamente do outro lado da linha após uns meros 2 toques.

"Pai!" Cumprimento e fecho devagar a porta que faz a ligação do quarto à casa de banho. Não quero acordar o Harry.

"Como estás querida?" Pergunta. Sento-me no tampo da sanita.

"Estou bem, obrigada. E tu, tudo bem?"

"Claro amor." Clama com a sua habitual boa disposição. O meu pai é, de facto, a pessoa mais feliz que eu alguma vez conheci. Pensando bem acho que nunca o vi realmente zangado. "Como tem estado a tua mãe?"

"Estável. O salário que tenho recebido tem sido suficiente para pagar os tratamentos." Informo. Não gosto muito de falar sobre este assunto.

"Se precisares de alguma coisa, sabes que podes contar comigo." O meu pai é médico, no entanto os meus pais estão divorciados, desde os meus 5 anos, e houve coisas que nunca mudaram, tal como a zanga dos meus pais e a teimosia da minha mãe.
O meu progenitor sempre ofereceu dinheiro para pagar as despesas no hospital, mas infelizmente a minha mãe não aceita dinheiro 'alheiro' ou dinheiro que não venha do seu bolso ou esforço. Só aceitou o meu porque eu praticamente a obriguei e bem, não tinha escolha.

"Acho melhor não insistir-mos mais nesse assunto, ela não aceita." Ouço-o bufar do outro lado do telemóvel.

"Amanhã vou abrir uma conta no banco para ti e depositarei dinheiro todos os meses. Poderás usá-lo naquilo que achares melhor." Afirma. Este dinheiro daria muito jeito... Apesar do bom salário que recebo, ao fim do mês pouco dinheiro sobra para mim. Gasto praticamente tudo com as despesas do hospital, das pequenas voltas de carro e em bens essenciais.

"Pai, não é necessário." Não quero mesmo estar a preocupá-lo ou pedir-lhe algo.

"Claro que é. Sabes que não me vai fazer assim tanta diferença." Digamos que o meu pai é rico. A minha mãe ficou com a minha guarda assim que se separaram devido aos seus turnos irregulares, no entanto o salário ao fim do mês compensa. Ele sempre foi um pai muito presente.

"Obrigada pai." Declaro.

"Então e novidades?" Pergunta interessado.

"Nada de mais. Estou a gostar do meu novo emprego e todos são simpáticos lá em casa." Comento.

"E rapazes?" Pergunta divertido.

"Pai! Não há ninguém!" Afirmo trincando a língua. Eu sei que não é totalmente verdade mas ele talvez não saiba.

"Vou fingir que acredito mas esse riso não engana ninguém..." Ele conhece-me demasiado bem. "Querida tenho que desligar." Informa.

"Okay pai."

"Beijinhos Jay." Despede-se utilizando a alcunha que me deu quando era bebé.

"Beijinhos papá." Desligo a chamada e levanto-me.

Caminho para o quarto e encontro o Harry ainda a dormir.
Ele é tão angelical. As suas pestanas descansam nas suas bochechas, estas encontram-se ligeiramente vermelhas. Os seus lábios estão levemente abertos facilitando a sua respiração.

Pouso o meu telemóvel na mesinha de cabeceira e deito-me ao seu lado.
Deslizo a minha mão pelos seus caracóis e enrolo os meus dedos nos mesmos.
Repito o processo e deixo um beijo no seu nariz.

Viro-me para a mesinha de cabeceira e pego no telemóvel com o intuito de tirar uma fotografia ao Harry. Assim que me volto para ele, ele já está com os olhos levemente abertos. Tiro a foto e volto a pousar o telemóvel enquanto ele sorri.

"Quero mais festinhas." Pede com voz rouca, fazendo beicinho.

Dirijo a minha mão à sua cabeça e retomo o ato anterior. Vejo os seus olhos fecharem-se e um sorriso com covinhas aparecer no seu rosto. Os seus braços puxam-me na sua direção, ficando assim com os corpos colados.

"Bom dia." Murmura sonolento.

"Bom dia Harry." Digo deixando um beijo nos seus lábios que se encontravam num biquinho, esperando pela minha iniciativa. "Vá, levanta esse rabo gordo, tens uma reunião hoje."

"Oh, nem me lembres disso... Estávamos aqui tão bem." Diz com voz preguiçosa, agarrando-se à almofada.

"Eu sei, eu sei..." Digo encostando a cabeça ao seu corpo. "Mas Harry..." Ele levanta a cabeça da almofada e olha para mim. "Estou com fome." Falo como uma criança. Vejo-o suspirar de alívio.

"Assustaste-me criança!" Fala sério e eu deixo um beijo rápido no seu nariz e saio da cama. "Uau, tens que usar mais vezes as minhas camisas." Diz lambendo os lábios.

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Olá!
Muito obrigada por todos os votos e comentários...
(So fiquei um bocadinho desiludida por alguém ter eliminado 2 comentários que fez... Mas isto é um à parte, eu só fiquei preocupada e a pensar que vocês já não estivessem a gostar... Mas bem, eu adoro-vos de qualquer das maneiras :) )

Boa noite a todas e espero que gostem deste capítulo, que eu decidi por à última da hora... (Era suposto só pôr a meio da semana massss... Não resisti)
Eu dei conta que nem todos os capítulos têm 20 votos ... (Vejam os caps anteriores para saberem se votaram pleaseeeee) :*
Beijinhos...

My Dear Boss... // H.S. (Hot)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora