Após perder a vida em um acidente, Rusone é transportado para um mundo de fantasia, cujo cenário é exatamente igual a um livro que ele leu tempos atrás. Sua alma imortal encontra uma maneira de voltar à vida, reencarnando no corpo de Demetri Queen...
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Hazael tem ciúmes!
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Como posso comunicar essa situação de forma menos dramática? Talvez a sensação de possuir asas, mas não ter a habilidade de voar, seja uma experiência extremamente frustrante e até embaraçosa. Além disso, considerando que sou o príncipe herdeiro de um reino, tal responsabilidade pode ser incrivelmente tediosa e desafiadora de se lidar.
Mais um dia se desenrolando no interior deste majestoso palácio, onde a expectativa recai inteiramente sobre mim para ser exímio em cada aspecto da minha existência, uma tarefa que, francamente, parece insuperável. Encontro-me constantemente envolto por um ambiente onde a excelência é obrigatória, e isso acaba tornando cada momento nesse local uma verdadeira provação.
Eu anseio, com sinceridade, por um ambiente onde o peso esmagador das expectativas e pressões que recaem sobre os meus ombros fosse, pelo menos, um pouco mais aliviado. Imagino que, se essa carga fosse minimizada, minha jornada se tornaria consideravelmente mais gerenciável, permitindo-me abraçar as complexidades da vida com um suspiro de alívio e um fôlego mais desimpedido.
Em algumas ocasiões, eu chego a desejar que, pelo menos, houvesse um palácio vizinho ao meu, como se meu próprio palácio estivesse situado no lado oeste, enquanto os palácios de meus irmãos ocupam o lado leste da paisagem. Isso criaria uma dinâmica onde a proximidade física pudesse ser um reflexo de nossos laços familiares, tornando a interação mais conveniente e, quem sabe, até fortalecendo os laços que nos unem como irmãos e herdeiros de nossa linhagem real.
Embora eu nutra um sentimento de desgosto pela minha posição como príncipe, não posso ignorar que, em comparação com a vida de um cidadão comum, a minha existência é incomparavelmente mais privilegiada e confortável. Às vezes, essa ambivalência em relação à minha identidade real me leva a refletir sobre os luxos e responsabilidades que acompanham a realeza, reconhecendo que, mesmo que não a aprecie plenamente, minha vida é uma realidade muito distante da maioria das pessoas.
