Capitulo 91

1.7K 97 8
                                    

Pov's Ucker

- Calma rapaz, ela está bem e já acordou - Sorriu. - Mas meus pêsames, o neném não sobreviveu.

Que? Ele disse neném? Ela estava grávida? Meu Deus.

- O senhor disse neném?

- Sim, vocês não sabiam? - Me encarou confuso.

- Não, ficamos sabendo agora, da pior maneira possível. - Lagrimas começaram a rolar.

- Oh, sinto muito. Ela estava com um mês e três semanas.

- Ela já sabe?

- Não, o senhor prefere falar?

- Prefiro. Posso ir? - Ele assentiu e eu fui em direção ao quarto da minha pequena.

Não sei como eu ia dar essa notícia, mas tenho que ser firme.

Entrei e lá estava ela, encarando o teto e com alguns hematomas pelos braços e rosto.

- Ucker. - Sussurrou e sorriu fraco.

- Oi meu amor. - Lhe dei um selinho cuidadosamente. - Como se sente? - Alisei seus cabelos.

- Fraca. - Riu. - Desculpa não ter te ouvido.

- Shhh, - Coloquei o indicador em seus lábios. - esquece isso.

- Tá. - Sorriu sem mostrar os dentes. - Ai, eu tô horrorosa.

- Tá nada, tá linda como sempre. - Falei encarando a parede.

- O que você tem? - puxou meu rosto forçando a encará-la.

- Dul, é que... - Não sabia como falar.

- É que, o que amor? - Ainda segurava meu rosto.

- Você estava esperando um bebê. - Fechei os olhos e espremi os lábios.

- Como assim estava? - Soltou meu rosto e eu não falei nada. - Eu perdi? - Começou a chorar e eu apenas assenti.

- Calma pequena, a gente pode tentar de novo. - Sequei suas lágrimas com beijos.

- Eu sei que pode. - Fungou. - Mas mesmo sem saber da existência dele, dá um vazio saber que perdeu.

- Eu sei. - Mordi o lábio. - Mas quando você sair daqui, a gente tenta ter um time de futebol.

- Só você pra me fazer rir. - Sorriu.

- É porque eu gosto de você assim. - Lhe dei um beijo doce e calmo.

- Bom, vida que segue. - Passou as mãos pelo rosto. - Quando posso sair daqui? - Fez bico.

- Ainda não sei, mas não é pra ter pressa, viu mocinha? - Pincelei seu nariz com o dedo.

- Pode deixar sargento. - Fez continência. - Já sabem quem me atropelou?

- Ainda não, mas eu vou atrás. - Cerrei os punhos.

- Calma, esquece isso agora. Deita aqui comigo. - Apontou para cama e eu fui.

Deitamos um de frente para o outro e eu a envolvi com os meus braços.

- Dorme, vou ficar aqui te protegendo. - Beijei o topo de sua cabeça.

- Com você, eu to sempre protegida. - Deu língua e eu ri. - Te amo.

- Eu também te amo.

E assim adomercemos. Vou protege-lá sempre que eu puder, a todo momento.

Traiçoeiro destino - vondyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora