ele lembrou até de levar o seu porquinho de pelúcia...

Pego as minhas chaves e saio para fora, trancando a minha porta e indo em direção às escadas. Passando pela porta do Vinnie, escuto zero ruídos. Ignoro meus pensamentos novamente e desço as escadas rapidamente.

Estou atrasada pra cacete.

Cheguei ao meu trabalho com dois minutos de atraso, no meu lugar estava a Angel. Sorrio para ela e agradeço por me cobrir, ela sorri de volta e vai para dentro.

O movimento está fraquíssimo e eu odeio, porque assim os meus pensamentos tomam conta da minha cabeça e levando-os para o Vinnie.

Meu Deus, por que eu estou me importando tanto por ele ter ido embora cedo? Ok, foda-se o Hacker.

Encaro a rua, as pessoas indo e voltando, igualmente aos carros. Que tédio!

Arrumo a minha postura quando aquela mesma mulher de cabelos médios, castanhos e ondulados, da casa do Jordan, aparece no meu campo de visão.

Meu coração acelera. Aí, Senhor!

- Boa tarde! - sorrio simpática e nervosa quando ela se aproximou do balcão. Ela continua sem nenhuma expressão. - O que deseja?

- Ração para o meu cachorro. - continua seria. - Cinco quilos, por favor.

Assinto, saindo de trás da bancada e indo até as rações. Ela continua no mesmo local.

Volto com a sua ração e ela me entrega o cartão, passo na máquina com o valor e entrego para ela colocar a senha. Desvio o meu olhar enquanto isso, com os braços cruzados e balançando a perna, levemente nervosa.

Ela me entrega a maquininha e crava o seu olhar no meu.

- Eu sei quem você é. - ela diz e eu tremo. - Fique longe do meu marido, você está me entendendo?

- Você deveria pedir pra ele ficar longe de mim e não ao contrário. - respondo brevemente e ela se aproxima mais, se apoiando no balcão.

- Temos uma filha, e não será nenhuma vagabunda que vai destruir a nossa família. - relatou, e eu me seguro para não esboçar um sorriso totalmente irônico.

Respiro fundo, passando a língua entre os meus lábios olhando rapidamente para o lado.

- Você sabe que já está destruída, não é? O Jordan não vale nada e você só está perdendo tempo bancando a família perfeita. - argumento.

- Esquece o meu marido, garota!

- Boa tarde, está tudo bem, senhora? - o dono da loja e o meu chefe, aparece ao meu lado. Ele me dá uma olhada repressiva e olha para a mulher à minha frente. - Está sendo bem atendida?

A de cabelos ondulados pega a sacola de ração e olha diretamente para o meu chefe.

- Não para as duas perguntas. - respondeu. - O atendimento deste estabelecimento é péssimo, essa garota é uma mal educada - me olhou e eu arregalei os olhos. Puta merda! - e eu nunca mais volto aqui. - é a última coisa que diz antes de sair da loja.

O senhor Watson vira o seu corpo para mim, me olhando repressivo e com as mãos na cintura. Ele se aproxima lentamente.

- Precisamos conversar. Venha na minha sala. - ele pede, andando para o seu escritório. Antes de adentrar, pediu para Angel assumir o meu posto.

Aí Deus, por favor, me ajuda.

Apreensiva e com medo, me direciono até a sua sala depois que a Angel surge. Quando eu entro, ele pede pra eu fechar a porta, assim que faço, permaneço em pé e pedindo a Deus que o Watson não me demita.

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