⬚ ▪︎ 𝐂apítulo 𝟏𝟎 ▪︎ ⬚

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❝  Guardou os rebanhos  ❞

No mesmo momento em que haviam se separado em grupos de dois, Ermin junto de um soldado haviam ido pelo lado direito, com as armas destravadas e carregadas prontas para atirar. Trotam com atenção a tudo que possa ser movimento e chegam a um lugar que parece ser um resguardo. Mas isso não importa para Ermin, o que importa é matar Doza e a sua sobrinha Nemia.

Observam com o máximo de detalhe possível. Palha, vento, erva, chocalhos, e entre outros. Mas de repente, um tiro é ouvido, e o soldado cai ao chão com uma bala na cabeça. Ermin olha para cima e vê um pouco da cabeça da Doza em cima do telhado, o que faz erguer a arma e atirar de volta para ela, mas a mesma foi mais rápida e escondeu-se.

--Vem cá para baixo, fedelha!-ele exclama com ódio. O seu olhar de ódio é inconfundível. Quando aquele olhar é lançado, tu sabes que estás morto.

--Vem tu!-ela exclama de volta em tom de desafio. Ela está disposta a tudo.

Doza tem então uma ideia. Tira o chapéu do conjunto e olha para ele por um momento. Há sangue seco nele. Ajeita-se na sua posição e então ouve tiros no outro lado do celeiro, provavelmente tiros do Viboh ou de algum soldado de Ermin.

Atira o chapéu, e quase de imediato, ouve um tiro alto, vendo o chapéu rodopiar por um momento antes de cair para a direção do chão.

Ele realmente está disposto a matá-la vezes sem conta, e se fosse possível, ele faria coisa pior do que aquilo que está a fazer no momento se tivesse alguma outra oportunidade.

--Tu sabes que vai dar para o torto para o teu lado, Ermin!-ela fala.-Não adianta de nada matares-me se vais ser morto depois!

--CALA A BOCA!-ele grita de fúria.-Tu não tens o direito de dizeres isso! Tu mataste o meu filho!

--PORQUE ELE MERECEU!-grita com raiva e volta à sua posição de atiradora, dando um tiro para a direção do unicórnio adulto, que refugia-se para trás de uma carroça.-Vocês trataram-me muito mal desde que nasci até fugir com dezassete anos do noivado, e ainda querem ver-me morta!-desabafa raivosa.-Sabes o que eu senti quando os meus supostos pais morreram? Nada! Sabes o que eu senti quando matei o Sere'mi? Alívio! E quando matar-te, ficarei em paz!-volta a atirar na direção da carroça antes de se esconder novamente e ouvir tiros na sua direção.

--Era isso que nós queríamos, ver-te morta!-ele põe a arma em cima da carroça e aponta para o telhado, vendo que a potra está escondida.-Tu deste muito trabalho para nós, e quando nós íamos fazer aquele noivado, já tínhamos tudo no papo! Até que soube que a Nemia tinha te ajudado a fugir!-faz uma pausa.-Ela também merece o mesmo destino que tu! Ser morta!

--Ela merece morrer por ser uma pónei boa? Continua a pensar assim que vais dar-te muito bem no inferno!

Ajeita o casaco da farda e lembra-se que tem os tais documentos que roubou do escritório dele consigo.

--Já agora, sabes aqueles documentos que mandaste queimar?

--Não sei do que falas!

--Não te faças de desentendido! Eu ouvi a tua conversa com o outro soldado para queimar uns documentos!-faz uma pausa para tirar os papéis do casaco.-Irei lê-los! Ou melhor, apenas irei ler um!-guarda os outros documentos apenas deixando um que parecia sobre maternidade.

--NÃO LEIAS! Tu vais arrepender-te se leres!-ele grita.

Não liga para o que o outro diz e começa a ler o documento, que é realmente sobre a maternidade da Nemia. O que contém depois disso deixa Doza em total surpresa a ponto de guardar o documento meio às pressas.

Os Lobos e NinguémOnde histórias criam vida. Descubra agora