Capítulo 05

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Capítulo O5

CAIO SHERMAN

- Foi mal moça. —á encarei e me dei conta de quem era, até sorri. — Oi Clarissa.

- Ah! Oi Caio. — ela disse após arrumar seu cabelo que havia bagunçado.

- Desculpa mesmo, estava distraído.

- Tudo bem. — ela abriu um sorriso triste.

- O que foi? Aconteceu alguma coisa? Está com o rosto vermelho.

- Não, é...Esta tudo bem. Vou indo, tchau.

Segurei em seu braço, fazendo ela voltar a ficar na minha frente.

- Sei que nos conhecemos ontem, mas pode desabafar.

Ela suspirou e abaixou a cabeça.

- Vem, vamos até aquela cafeteria. — apontei e ela apenas assentiu.

Fomos em total silêncio, atravessamos a avenida e entramos na cafeteria, pegamos uma mesa que ficava ao ar livre e bom foi ótimo porque o calor estava de matar á aquela hora da manhã.

- Quer alguma coisa? — perguntei.

- Não. Obrigado.

- Ok.

Pedi apenas uma garrafinha de água mineral e o garçom saiu de perto.

- E então, vai me contar o que houve?

- Meus pais vão me matar Caio.

- O que houve Clarissa? Se você me falar posso te ajudar.

- Na sexta passada eu fiz uma prova obrigatória e hoje a diretora me disse que não fui nada bem.

- É por isso? Bom é só estudar mais e fazer as outras com cautela.

- Não Caio. — ela suspirou. — Bom seria se fosse assim, mas eu estudo em uma colégio particular e sou bolsista. Essa prova é obrigatória para todos os bolsistas para ver como estamos e eu fui muito mal, e posso perder minha bolsa de estudos.

- Calma, não pense assim. — segurei suas mãos em cima da mesa. — Você foi bem nas outras?

- Sim, essa é a primeira que eu fui péssima.

- Então, eles não podem fazer nada até então e sim devem avaliar como você vai se sair na próxima. Isso é normal, sempre tem a primeira vez pra tudo até mesmo pra se sair mal em uma prova.

- Eu sei, mas tenho medo, pois tenho que fechar o terceiro e começar uma faculdade para dar orgulho aos meus pais.

- Você já da. Acha que qualquer uma consegue uma bolsa de estudos em colégio particular? Pense positivo gatinha. — passei meu dedo em seus rosto para limpar as lágrimas.

- Desculpa, você deve estar me achando uma louca, né? Atrapalhar sua corrida.

- Que isso. — eu sorri. — São poucas garotas que choram por causa dos estudos assim Clarissa, se continuar assim terá uma ótima carreira lá na frente.

- É o que eu espero. — ela sorriu pela primeira vez depois que á encontrei. — Vou indo como não entrei no colégio, vou ir acordar o Guilherme. — ela riu.

- Ah, mais já? — fiz careta e ela riu.

- Que tal ir comigo e aprontarmos com ele? — Clarissa perguntou fazendo a típica cara de criança sapeca.

- Topo!

Paguei pela água e nós fomos caminhando e conversando.

O prédio onde o mané do Guilherme mora é bem perto do meu e não tão longe da onde estávamos.

Ao chegarmos na portaria o porteiro liberou nossa entrada e nós fomos pelo social mesmo.

- Caramba! Minha mãe já deve ter chegado e vai perguntar o que estou fazendo fora do colégio á essa hora. O que eu faço? — ela me encarou mordendo o lábio.

- Diz que sua turma foi dispensada mais cedo, depois da primeira prova.

- É. Ainda bem que a diretora me liberou e disse que eu podia fazer a prova amanhã, mas não vou comentar essa merda que eu fiz.

- Da pra você parar de se culpar e pensar positivo garota? — á encarei sério. — Mais que coisa!

- Desculpa.

Nós dois rimos.

***

A Filha da Empregada - FINALIZADAWhere stories live. Discover now