Não hesito em responder.

— Certo, tudo bem, apenas, por favor... por favor, não machuque ela. — Meu estômago dá um nó, minhas entranhas se retorcendo até que não há nada além de uma dor dolorosa na boca do meu estômago.

— Oh, não se preocupe. Contanto que você me traga o dinheiro, sua cadela e aquele bebê dentro dela estarão ilesos.

— Bebê? — Eu suspiro, revelando meu choque.

— Sim, bebê. Parece que as apostas ficaram mais altas. Esteja aqui ou eu mato os dois. — Antes que eu possa dizer qualquer coisa, a linha fica muda. Meu coração afunda em meu estômago, e uma onda de náusea toma conta de mim.

Um bebê. Estou tendo um filho. Jennie está grávida e Sorn a tem em suas garras. Sorn? Como diabos pode ser ela? Nunca considerei o chantagista como ela. Eu penso há quanto tempo eu a conheço, ela sempre foi uma amiga, e o marido também. Ele poderia estar envolvido nisso também?

Por um segundo, tudo que posso fazer é ficar parado e pensar em todas as maneiras como decepcionei Jennie.

Eu tenho que salvar ela e nosso bebê, mas como? Vou dar a Sorn cada centavo que tenho se isso significar manter Jen segura, mas como posso confiar em qualquer coisa que ela diga agora? Estive tão errado sobre essa mulher que pensei ser minha amiga, e se ela é capaz de chantagear e sequestrar, não quero pensar no que mais ela pode fazer. Parece que vou desmaiar, tudo vindo para mim de uma vez.

Não! Tenho que traçar um plano, encontrar uma maneira de salvar ela, de salvar nosso bebê.

(...)

Minhas mãos estão encharcadas de suor e me preocupo que a bolsa cheia de dinheiro esteja prestes a escorregar delas. Eu agarro a alça da bolsa um pouco mais forte enquanto entro no prédio de escritórios abandonado para onde Sorn me mandou.

Um milhão de cenários passam por minha mente, e a maioria deles não são bons. A maioria deles termina com Jennie se machucando ou coisa pior. Se alguma coisa acontecer com ela, eu nunca vou me perdoar. Eu nunca vou superar isso. Eu sei que não vou sobreviver a esse tipo de perda de novo, não quando eu mal sobrevivi da última vez. Tenho que salvar Jen e nosso bebê por nascer.

Meus passos pesados ecoam pelos corredores vazios, e eu esforço meus ouvidos para ouvir qualquer coisa além deles, para ouvir qualquer sinal de Jennie estar aqui. Um sinal de que ela está bem. Por favor, deixe ela ficar bem. Por favor, deixe tudo funcionar. Liguei para a polícia pouco antes de chegar e pedi a eles que me dessem uma vantagem de dez minutos. Explicar a situação para eles foi assustador.

Rangendo os dentes, continuo andando pelo corredor até ouvir o que parece ser um choro abafado. Instantaneamente, minha caminhada lenta se transforma em uma corrida, meus olhos se voltando para a porta de cada cômodo que passo.

— Não sei o que ele gosta em você. — ouço a voz cheia de veneno de Sorn à frente e paro quando chego à porta.

Encontro Sorn olhando para uma Jennie assustada, seu cabelo preto grudado nas bochechas encharcadas de lágrimas, um pedaço grosso de fita adesiva sobre os lábios. Há um pequeno corte acima de seu olho direito e suas mãos estão amarradas com o que parece ser uma corda.

— Ah, olha quem se juntou a nós? — Sorn dá uma risadinha e olha de Jennie para mim. Um brilho de metal reflete na luz e o pavor me consome. Ela pega a faca e inclina o queixo de Jennie para cima com a lâmina, forçando-a a permanecer olhando para ela e em nenhum outro lugar.

— Aqui está o seu dinheiro, dê ela para mim, por favor. — tento esconder o medo pulsando em minhas veias, mas é impossível.

— Você é tão estúpido, sabia disso? Eu tenho me jogado em você há anos, programando nossas reuniões para que possamos ficar sozinhos, e você nunca se arriscou. Idiota. Teríamos sido bons juntos. Achei que você simplesmente não queria nenhuma mulher. — ela ri. — Eu pensei que você pudesse ser gay. Mas então eu vi você com essa vadia... quando você poderia ter tido a mim.

𝐉𝐎𝐏 - 𝐊𝐓𝐇+𝐉𝐍𝐊Where stories live. Discover now