Foda-se. Digo novamente para mim mesmo, parado próximo a sua porta e com um grande espaço entre os nossos corpos. Sua respiração é audível, assim como a minha.

— Pensei que ia para o seu apartamento. — ela fala.

— E eu ia... — olho para os lados e passo os dedos pelos meus cabelos, sorrindo nervoso. — Achei que já ia dormir.

— Eu ia... mas- — fica em silêncio e olha para o chão, ela cruza os seus braços na frente do corpo e sem intenção, direciono o meu olhar para o seu busto. Sua respiração está acelerada.

— Mas..? — pergunto, mas ela não continua. Sua boca abre e fecha, mas não sai nada dela.

Observo todos os seus movimentos inquietos e é nítido o quão nervosa ela está. E não sei porque, mas eu também estou.

Meu coração está mais acelerado do que um piloto em fuga.

Dou uma passo para frente e ela faz o mesmo. Fazemos isso até os nossos corpos estarem numa distância mínima novamente. Seu olhar volta a se conectar com o meu.

O que estou esperando para agarrá-la novamente?

— Queria esclarecer que aquilo poderia sim ter acontecido. — quebra o silêncio e eu tento conter o sorriso. — E acho que quero que aconteça novamente. — afirma em confusão.

— Acha? — questiono e ela assentiu, mordendo o seu lábio inferior enquanto eles se curvam em um sorriso. — Eu também.

Essas duas palavrinhas foram suficientes para ela ficar nas pontas dos pés e cobrir a minha boca com a sua, e por fim, formar-se em um beijo. Entretanto, demorou poucos minutos para separar nossas bocas e nos olhar.

Agarro a sua cintura com as minhas mãos com delicadeza e num puxão preciso, colo ainda mais os nossos corpos e em seguida os nossos lábios novamente.

Elle, está com a mão na lateral do meu rosto e com lentidão, leva ela até a minha nuca e agarra os meus cabelos. A cada movimento seu, puxo mais o seu corpo para mim e aprofundo o nosso beijo.

Todos os sentimentos existentes nesse mundo quando beijamos uma pessoa que queremos há tempos, invadem o meu corpo e me consomem. Meu corpo está trêmulo, um frio percorrendo a minha barriga e um calor fodido invadindo cada pedaço meu.

Não sei e mesmo se tentasse não conseguiria descrever o que estou sentindo ao beijá-la pela primeira vez. É estranho. É confuso. Mas ainda sim, muito bom e ficaria aqui por horas se não fosse a falta de oxigênio.

A puxo para cima e ela entrelaça suas pernas na minha cintura. Com as nossas bocas separadas, ela cola nossa testa e conecta nossos olhares.

Seus olhos são tão brilhantes como a lua e as estrelas espalhadas pelo céu.

Fecho a sua porta com o meu pé e junto novamente os nossos lábios, guiando-nos até o seu sofá. Quando chego ao local, a deito e fico por cima, emoldurando o seu corpo. Aperto a sua coxa nua e a subindo mais para cima, beijando o seu pescoço e dando leves mordiscadas enquanto a morena deitada ofega, acariciando em um agarro os fios dos meus cabelos.

Desço os meus dedos novamente pela sua coxa, acariciando levemente e sentindo a região arrepiada. Ela se remexe em baixo de mim.

Subi o seu vestido e apertei a sua cintura descoberta, voltando a olhá-la. Seus lábios estão entreabertos, liberando ofegos enquanto aproveita os meus toques.

Levanto o meu corpo e retiro a camisa, jogando em um local qualquer da sua sala, depois tiro o meu tênis junto a minha calça moletom e volto pra cima dela.

you here.Where stories live. Discover now