— Que cara é essa? O que houve? – Perguntou.

  — O que? - Perguntei confusa.

  — Seu cabelo. - Ele diz e eu me encaro no espelho, logo percebo que meu cabelo está todo bagunçado e minha maquiagem borrada. Droga!

  — Estou passando mal, acho que estou com febre. – Minto.

Francis coloca sua mão na minha testa.

  — Sua temperatura está normal. - Falou um pouco grosso - O que houve aqui?

  Estreito meus olhos pra ele.

  — Como o que houve? Eu já te disse! Tive uma pequena hemorragia!

  Ele entra no banheiro encarando tudo e logo olha para mim.

  — Não vejo nenhum sinal de sangue.

  — Estranho seria se eu deixasse. – Retruco.

  — Você está mentindo - Fixou seus olhos nos meus - Olívia, quem estava aqui?!

  — O que? - Estreitei os olhos - Eu estava...

  — NÃO MENTE! - Gritou comigo e dou um passo para trás assustada, logo ele segura meu braço - VAI ME RESPONDER, AGORA!

  — Você está me machucando! - Falei tentando tirar suas mãos do meu braço que me apertam -Me solta!

  Francis saiu me arrastando para fora do banheiro. Todos do restaurante nos encaram agora, mas ele parece não ligar, Francis está furioso, ele me machuca e não sei o que ele pode fazer comigo agora! Estou assustada preciso fazer alguma coisa!

  — O que está fazendo?! - Pergunto mas ele me ignora enquanto vamos em direção ao carro - Me larga! - Tentei me soltar.

  — Me de um bom motivo! - Me agarrou pelos braços agora - Me dê um bom motivo para acreditar em você!

  Fico em silêncio, não consigo pensar me nada, demorei quase uma hora naquele banheiro, onde está Christoffer? Por que ele não aparece?!

  — Você tem três segundos. - Disse num tom ameaçador - Um.... - Começou e ele aperta ainda mais seus dedos em meus braços, sinto minhas lágrimas descerem de desespero e medo - Dois... - Não consigo pensar em nada, e quando olho para trás, Christoffer está com uma arma apontada para cabeça de Francis um pouco longe de nós, não posso deixar ele matar Francis, não sabemos onde minha família está! - Três.

  O silêncio paira e sem pensar duas vezes, puxo Francis e encosto seus lábios nos meus. Minhas lágrimas descem, meu coração pulsa forte do repúdio que estou sentindo agora. Francis retribui o beijo e quando abro os olhos Christoffer está me olhando, paralisado, sem força alguma, seus olhos brilham, como se estivesse chorando, e deve estar.

  Desfaço o beijo e Francis me encara surpreso com um sorriso no rosto.

  — Estou... Eu não esperava que... Me desculpe. - Ele disse e me solta. - Desculpe por ser rude - Falou e assenti.

  Francis limpa minhas lágrimas e eu recuo de suas mãos no meu rosto.

  — Tudo bem vamos com calma. - Falou e enfiou as mãos no bolso procurando por algo - Droga... Acho que deixei a chave do carro no restaurante, espere aqui. – Assenti.

  Assim que Francis vira as costas, corro até a árvore mais próxima e sinto o líquido ácido subir pela minha garganta, coloco a mão no peito sentindo o ardor do vômito e tusso algumas vezes. Quando termino, olho para onde Christoffer estava e ele continua me olhando, mas logo vira as costas e vai embora.

O Ceo E A Roceira 3 ~ +18Where stories live. Discover now