Capítulo Dois🥀

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Por favor, diga-me que não é verdade, eles não morreram, eles não iriam me deixar aqui sozinha.

— Sinto muito querida, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. — A enfermeira dizia para a menina de catorze anos que soluçava em seus braços, depois de receber a notícia de que seus amados pais, teriam morrido em um trágico acidente de carro.

Não, não, não. Mamãe disse que iria presenciar a sua filha realizando seus sonhos de virar uma grande estilista. Papai disse que iria me ajudar nas aulas de matemática até o final do colégio. Eles me prometeram muitas coisas, eles não podem ter ido assim, sem nem dizer um adeus. Eles tinham que me dar muitos carinhos ainda. Eles não morreram, eles não me deixariam aqui sem a proteção deles.

   A menina com seus cabelos loiros, olhos castanhos que já estavam vermelhos de tanto chorar, negava e chorava, enquanto a enfermeira tentava consolar ela. De repente a menina a ficar desconstrolada, a falta de ar já estava presente em seus pulmões, as vozes estavam começando a ficar distantes, as pessoas passavam e se assemelhavam a vultos, suas mãos não paravam de tremer, ela não parava de chorar.

— Ela está tendo uma crise de ansiedade! Por favor, uma maca! — A enfermeira dizia rapidamente, e dois auxiliares vieram correndo para socorrer a pobre garota, que agora estava órfã.

   Acordo assustada, vejo Sunny sentada em minha cama, enquanto ela ainda me chacoalhava, tentando me fazer acordar. Sentia meu rosto molhado e um gosto salgado em minha boca. Eu estava chorando.

— Daphne, você está bem? Você começou a chorar e a se debater. — Me perguntou preocupada enquanto me ajudava a sentar na cama. Eu ainda estava em choque com o pesadelo que tive, parece que o dia da morte de meus pais ainda me atormenta.

— Eu... Eu estou bem, Sunny, só tive um pesadelo. Me desculpe por ter te acordado, não era minha intenção. — Falo com a voz embargada e seco minhas lágrimas, que teimavam em cair.

— Tudo bem, tudo bem, não se sinta culpada por ter me acordado, você teve um pesadelo é normal. — Ela me abraça e eu retribuo. — Pelo que vi ainda é de madrugada, se quiser desabafar um pouco, ou simplesmente ficar em silêncio, eu estarei aqui para te ajudar. — Sunny nos afasta um pouco do abraço e diz com um sorriso acolhedor nos lábios.

— De qualquer modo, não conseguirei dormir. Vamos conversar. — Digo sorrindo fraco. Dou espaço na cama para que Sunny venha para o meu lado.

— Sabe o que penso sobre as estrelas? — Me questiona.

— O que você pensa sobre elas, Sunny?

— Eu penso que as estrelas são as pessoas mais importantes que partiram de nossas vidas, mas que de algum modo queiram nos proteger, mesmo que de longe. Elas são tão lindas, o brilho delas é encantador.

— É realmente lindo esse seu pensamento, Sunny. — Olho para ela sorrindo, e a mesma retribui. — Meu pesadelo foi sobre o dia que descobri que meus pais faleceram. Foi o dia mais aterrorizante para mim, desde esse dia, eu venho tendo pesadelos, parece que meu cérebro deseja lembrar toda vez a dor e sofrimento que eu senti naquele dia.

   Sunny me olha e não diz nada, apenas me abraça, colocando minha cabeça em seu ombro, fazendo um carinho em meus cabelos.

— Eu tenho infantilismo, não em um nível tão elevado, mas ainda assim tenho, e por esse motivo acredito que meus pais biológicos tenham me abandonado em um orfanato assim que descobriram. — Começa a falar e eu presto atenção, já estava me acalmando graças às carícias em meu cabelo que Sunny, continuava a fazer. — Meus papais me adotaram quando eu tinha cinco anos de idade, e me criaram até os meus dezesseis anos. Eles sempre me deram muito carinho, amor, cuidavam de mim como ninguém nunca cuidou antes, eu sentia que eles queriam de algum modo me proteger, principalmente da família, que não me aceitava nem um pouco, tanto por ter infantilismo e por ter me descoberto lésbica.

Meu doce anjo caído [FAMÍLIA BELLEROSE]🥀 Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz