— eu gosto.

— que pena, não vou me casar com você usando um moletom. Eu tô ridícula nesse vestido então você vai por a porcaria de uma camisa social.

Quero fotos decentes, se isso vazar quero que pareça um casamento decente.

— você não tá ridícula.

Suspeito....

— coloca uma blusa social - resmungo e ele volta pra suíte dele.

Depois de alguns minutos ele volta com uma camisa social e a cara de bunda, óbvio que o moletom tá na mão dele para por assim que puder. Eu quis ir de pé até a capela para poder dar uma olhada na cidade.

Chegamos na capela passava das seis, não havia nenhum casal esperando pra se casar. Passamos na recepção e Victor pagou pela cerimônia e pelas fotos.

Isso é tão estranho.

Nós fomos até o altar e o cerimonialista começou o casamento tudo tão robótico e sem verdades.

— vocês vão trocar aliança ?

Merda, as alianças. Tô apertando elas com força desde que subi nesse altar.

Olho pro cerimonialista e concordo. Entrego uma das alianças pro Victor, ele põe o anel do meu dedo e eu faço o mesmo com ele.

E quando o padre nos declara casados eu respiro fundo. Acabei de cometer um crime.

—pode beijar a noiva.

Isso só piora. Mas vamos precisar das fotos.

Me aproximo dele fico nas pontas dos pés e dou um selinho nele, com certeza o beijo mais rápido que já dei nesses 23 anos.

Depois de pegarmos as fotos voltamos pro hotel, cada um foi pro seu quarto como se nada tivesse acontecido.

Amanhã voltamos pra casa então vou aproveitar Las Vegas, peguei minha bolsa e resolvi dar uma volta pela cidade. Estava na porta quando escutei a voz do Victor.

— onde você vai ? - viro pra ele.

— dar uma olhada por aí.

— sozinha, a noite em um lugar que você nem conhece ?

— prometo fazer o possível pra não te deixar viúvo.

— espera, vou pegar a minha carteira.

— o que ?

— não vou deixar você sozinha por aí.

Que ódio.

Meu passeio foi sendo perseguida por um babaca de cara fechada.

— a gente vai deixar as pessoas notarem a aliança no seu dedo ? - questiono- ou você tem outro plano?

— é .- ele murmura andando ao meu lado- você vai ter que ser mais presente.

— mais ? Eu vivo grudada em você.

— como assistente, agora você é minha esposa.

" minha esposa"

Meu estômago se revira com isso saindo da boca dele.

— acho que você vai ter que aparecer mais comigo, nos jogos e tudo mais

— hmm- murmuro entrando na loja de doces - talvez eu deva parar de trabalhar pra você.

— o que ? Por que ?

— não sei se gosto de ser empregada do meu marido.

— nada haver

— Lucca quer ser meu chefe.

— você já tem um chefe. Eu. Não quero ter que contratar outra pessoa.

— vamos ver como vai ser - pego alguns doces. - você não vai querer nada ?

— não.

— deixa de ser chato, ao menos uma balinha.

Ele pega uma cartela de chiclete com zero açúcar e do sabor de hortelã.

— nossa, eu me casei com o cara mais sem graça da face da terra.- digo pegando algumas balinhas de ursinhos.

Ele bufa e pega um pacotinho com aquelas balas azedinhas.

— bem melhor. Você quer algum chocolate ?

Espero nem o nutricionista e nem o personal dele descubra sobre  isso.

— qual você gosta ? - ele pergunta.

— o com amendoim.

— hmm...

O contrato Where stories live. Discover now