— Nunca pense isso, Jen. Eu não seria capaz de continuar sem você. Eu preciso que você me prometa que você nunca vai se machucar e se você tiver esse tipo de pensamento novamente, você precisa me dizer imediatamente para que possamos te ajudar.

— Eu prometo. — ela responde imediatamente, parecendo determinada e sincera. — Eu juro, eu não penso assim há um tempo, mas se esses pensamentos voltarem, eu conversarei com alguém. — Sinto como se um peso tivesse sido tirado do meu peito.

Eu não quero que ela chore mais. Quero compartilhar as boas notícias que recebi no fim de semana, as notícias que estava esperando ouvir na semana passada.

— Podemos ir? — Ela finalmente pergunta. — Eu já pareço uma bagunça parada aqui. Eu não quero ter outro colapso onde o resto do mundo possa ver.

Liberando-a, embora eu não queira, eu aceno e gesticulo para ela entrar no carro, enquanto pego suas malas. Ela se move lentamente em direção à porta e, quando estou no banco do motorista, ela está apenas colocando o cinto de segurança.

— Está com fome?

— Sim. Eu meio que saí do jantar, então eu poderia comer algo. — Ela me dá um sorriso triste que quase parte meu coração em dois. Não digo mais nada enquanto conduzo pelo drive-thru do McDonald's. Depois de comermos, eu estaciono no estacionamento e abro as janelas. Jennie bebe seu shake de morango, os olhos fixos no para-brisa. Eu me pergunto o que ela está pensando. Sou inteligente o suficiente para saber por que ela foi embora e quero ter certeza de que ela nunca fará isso novamente. Ela é tudo para mim e ela precisa saber disso.

— Sei que agora não é a hora de fazer isso, mas não suporto a tristeza em seus olhos e tenho que fazer algo para tornar isso melhor.

Ela se mexe, olhando para longe do para-brisa e para mim.

— Eu também tenho uma coisa que quero te contar. — Ela faz uma pausa, e aqueles olhos castanhos brilhantes dela encontram os meus. — Eu não fui embora porque não quero ficar com você. Saí porque não queria que você desistisse de tudo por mim. Eu estava tentando encontrar uma solução que funcionasse para nós dois. Eu ia abandonar as aulas e queria alguns conselhos, mas meus avós não eram o tipo de pessoa que eu deveria ter procurado. — Uma carranca puxa seus lábios. — Eles me disseram que se eu abandonar a escola, vou perder todo o apoio deles. — Ela bufa. — Como se eles fossem tão solidários, para começar.

Estendendo a mão, coloco minha mão em cima da dela. Eu só preciso sentir, tocar ela, saber que ela está realmente aqui comigo.

— Eu não achei que você tinha ido embora ou estava me deixando, mas eu surtei sabendo que você tinha visto as mensagens. Eu só estava preocupado... — Eu suspiro. — Eu posso ter me perdido um pouco. Mas enquanto eu estava sentado na sala de estar sozinho no escuro, comecei a juntar as peças. Eu sabia que você estava se sentindo culpada e chateada. Eu sabia que você estava preocupada em ser um fardo quando você realmente é tudo menos isso para mim.

— Eu pensei... — Jennie olhou para minha mão na dela e então entrelaçou nossos dedos. A vergonha enche seu rosto. — Só não entendo por que você não me contou. Por que você escondeu isso de mim? Você não confia em mim?

A tristeza jorra dela como uma pia que transborda.

— Eu confio em você com minha vida, Jennie. Só estava com medo e não queria que você se preocupasse ou se sentisse culpada. — Naquele momento, me sinto um monte de merda. — Tudo o que eu queria era fazer desaparecer o mais rápido possível, e pensei que pagar seria o suficiente. Claro, pensei em contar a você e ir à polícia. Mas decidi contra tudo isso porque não queria que todos descobrissem sobre nós dessa forma.

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