Olhos de Dragão

Cap.1: Bem vindo á vida...

Em tempos antigos, onde os seres humanos ainda não haviam aprendido a cultivar poder espiritual, os seres místico governavam as terras acima das montanhas e as planícies abaixo, os mares e lagos cintilantes como as gotas de água que escorriam das estalactites¹ em pleno derretimento do gelo, governavam também o céu manchado de nuvens macias e brancas.

Haviam milhares de espécies diferentes, de vários tamanhos e com diferentes aparências e poderes, cada espécie tinha sua própria hierarquia à seguir, mas o que todas as espécies tinham em comum, era a concordância de que os dragões eram os líderes de todas as demais espécies, por de seu poder avassalador².

Os dragões são poderosos mesmo recém saídos do ovo, o poder dos dragões filhotes é capaz de incinerar³ um homem adulto.

No começo, os cultivadores jamais se atreveriam a sequer pensar em caçar os seres místicos, entretanto, com o passar das eras, os seres humanos começaram a se tornar mais ousados e corajosos.  Os cultivadores descobriram que consumir da carne dos seres místicos aumentava seu cultivo e fortificava o núcleo dourado de forma estratosférica⁴.

A coragem provinda⁵ dessa ganância por poder trouxe a caçada em massa de criaturas místicas, sejam elas mais fracas ou mais fortes.

Apesar dos dragões protegerem as criaturas mais fracas, eles não eram invencíveis ou incansáveis, em uma luta longa contra cultivadores experientes e habilidosos, os dragões acabavam por ceder a fraqueza de seus próprios corpos e acabavam mortos e devorados por humanos invadidos e dominados por ganância.

Séculos se passaram, caçadas e assassinatos cruéis se tornavam cada vez mais frequentes e os seres místicos estavam quase extintos deste plano terrestre.

Em meio a tempos de caça, um pequeno dragão da realeza dragonina nasceu. Haviam duas espécies que eram considerados realeza entre os dragões, por conta de sua raridade, peculiaridade, beleza e poder.

As duas espécies eram os dragões pérola e os dragões diamante negro.

Os dragões pérola, como o próprio nome já diz, são brancos como pérolas, mas não é somente isso, cada uma de suas escamas é realmente feita de pérola. Os chifres no topo de sua cabeça eram feitos de um cristal quase translúcido⁶, os finos fios ao longo de suas costas e as garras em suas patas eram feitos de ouro puro e brilhante.

Já os dragões diamante negro tinham olhos de ametista, eles eram de um roxo extremamente escuros e brilhantes, suas escamas eram negras, cada uma era um diamante negro, tão simétricas e reluzentes que pareciam até mesmo esculpidas e coladas cuidadosamente em fileira. Seus chifres, garras e fios ao longo da coluna eram feitos de um rubi brilhante como estrelas.

O dragão pérola era tão lindo, tão pequeno e tão inocente, mas apesar disso, recebeu o nome de Chu Wanning. Seus pais lhe deram este nome com o intuito⁷ de assustar os humanos.

Após o nascimento de Chu Wanning todos os líderes das espécies que ainda não estavam em extinção foram convidados para um festejo para prestar homenagem, todos estavam felizes de ter um novo líder, um alguém forte e que pudesse protege-los.

Algumas das criaturas místicas, por terem muito tempo de vida e cultivarem seu poder por muito tempo, conquistaram uma forma humanoide, geralmente tomavam esta forma quando precisavam tratar de assuntos oficiais ou celebrações entre espécies, como neste raro evento.

A mestra das tartarugas era já muito idosa, seu rosto era enrugado e seus membro tremiam um pouco, entretanto, não se engane, mesmo com esta idade e aparência de que quebraria com apenas uma brisa um pouco mais forte, ela poderia dar conta de lutar com dois humanos ao mesmo tempo e vencer. Como presente de comemoração pelo nascimento de Chu Wanning, ela entregou algumas frutas centenárias que haviam ficado maduras um dia antes do nascimento dele. As frutas tinha um formato delicado de coração, os detalhes na casca eram dourados e quando fatiada ou mordida seu interior era levemente prateado, possuía um grande poder nutricional para filhotes e o gosto era muito agradável também.