Cindy levantou do sofá e se juntou a nós, ficando em silêncio e escutando a conversa.

Não acredito que eu fiz isso. Meu Deus, eu sou uma otária… mas graças a Deus tirei umas fotos no Devil 's.

Deixo os mistos quentes preparados junto com as xícaras de café e vou para o meu quarto, conferir se pelo menos os presentes das minhas amigas estão intactos. Os encontros no chão, metade para debaixo da cama e outra para fora, me abaixei para pegá-los.

Um grito involuntário escapou da minha garganta quando vejo algo a mais debaixo dela… olhando pra mim?

É um gato. Mas eu não tenho gato.

— TEM UM GATO EMBAIXO DA MINHA CAMA. — grito, voltando pra sala. As meninas me olham. Se olham e então, voltam a me olhar rindo. — Por que vocês trouxeram um gato pra minha casa?

— Não fomos nós. — falam juntas. Franzi a testa. Quê? — Você o viu na rua quando desceu do Uber pra vomitar e o trouxe pra casa. — esclarece London.

— E vocês deixaram?

— A gente falou pra você deixar no mesmo lugar… mas você começou a chorar e dizer o quanto deve ser difícil a vida dele e blá blá blá. — fala Cindy.

É a minha cara fazer isso.

— Eu não tenho nem ração. Ele está com fome desde ontem… ou hoje? — questiono, não deixando elas responderem e volto para o quarto.

Abaixo novamente e chamo o animal, que continua parado e me encarando, dando a entender que vai me atacar a qualquer momento. Sem pestanejar, me estico um pouco mais e o puxo para fora da cama.

Não é filhote.

— Calma amor, não vou te machucar. — murmuro quando ele tenta escapar dos meus braços. Acaricio o seu pescoço.

Quando ele cede aos meus carinhos, observo atentamente cada parte do seu corpo e concluo que ele tem uns sete meses.

Me direciono para a sala e as minhas amigas me encaram, com a sobrancelha erguida.

— Você sabe que esse bicho estava na rua, né!? De um banho antes de pegá-lo no colo. — London faz cara de nojo. Rolei os meus olhos.

— Vai adotar mesmo? — Cindy pergunta.

— Se eu decidi tirar da rua e trazer pra minha casa, é bem provável. — ri, acariciando, agora, o meio dos seus olhos até o focinho.

— É macho ou fêmea? — a morena se aproxima.

— Fêmea.

A gatinha é extremamente bela, sua pelagem com cores mais escuras dá um charme na mesma: os tons puxados para o laranja e cinza ficam em destaque e há uma pequena parte da cor branca localizada na barriga gordinha, pescoço e também em suas patinhas — o que a deixa ainda mais fofa —, os olhinhos cativantes e belos são esverdeados, e resumindo tudo: este felino por inteiro é absurdamente lindo, adorável e precioso

— Já sabe um nome? Já que será o seu bichinho de estimação. — Cindy pergunta pra mim. Balanço a cabeça negativamente.

Eu sou péssima com nomes.

Ainda com ela nos meus braços, vou até o meu armário pegando um pote largo e enchendo de água filtrada. Coloco no chão e depois faço o mesmo com a gatinha.

Termino de tomar o meu café da manhã. As minhas amigas já tinham feito isso. Então, lavo o que sujamos, e London e Cindy voltam para o sofá colocando pra rodar "Eu, a patroa e as crianças".

Organizo a sala e a cozinha, recolhendo os lixos da casa e decidi descer para jogá-los na lixeira, aproveitando pra passar no mercado e comprar alguns ingredientes para o almoço, e também para comprar ração para o meu novo bichinho.
Aproveito para comprar potinhos de ração e água, decidindo comprar outras coisas amanhã no meu trabalho.

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