Movendo minha mão por baixo da mesa, encontro a mão de Jennie e entrelaço nossos dedos. Ela faz uma pausa no meio da frase e eu noto uma leve inspiração antes que ela comece a respirar normalmente novamente. Ultimamente, ela só está preocupada em mostrar algum tipo de demonstração pública de afeto, mas quero que saiba que não a vejo como um segredo. No fundo, quero gritar para o mundo que ela é minha, mas tenho que encontrar um jeito de fazer isso sem comprometer tudo o que temos.

— Você notou alguma mudança no Eunwoo? — Jack pergunta interrompendo meus pensamentos.

— Um pouco, por quê?

Jack dá de ombros.

— Ele simplesmente não tem sido ele mesmo. Ele perde o controle com pequenas coisas, e um dia, eu juro que ele teria um ataque de pânico porque o micro-ondas apitou.

— Talvez ele tenha estresse pós-traumático? — Eu tomo outro gole da minha cerveja. — Eu percebi que ele ficou um pouco cabeça quente, mas nada louco. Talvez devêssemos sentar e conversar com ele juntos?

— Sim, talvez. — Jack concorda. — Eu me sinto como um irmão de merda por não estar lá para ele. Tipo, sim, eu tenho minhas próprias coisas acontecendo, mas deveria dedicar mais tempo para sair com ele e merda. Inferno, eu nem sei onde ele está hospedado agora.

A dor na voz de Jack me diz tudo que preciso saber. Eu ouvi aquele tom de culpa uma ou duas vezes antes, e seja o que for que ele esteja pensando, ele está se culpando.

— Eu fui ao apartamento dele outro dia. É na Milton Road. — eu digo, esperando colocar sua mente à vontade.

— Bem, eu não fui convidado para lá. — ele murmura, parecendo um pouco ofendido.

— Uma porta vai para os dois lados, Jack, você pode abrir ela ou fechar, mas se ela nunca se mover, sempre haverá uma porta entre você.

Ele bufa.

— Obrigado pela analogia.

Revirando os olhos, eu mordo de volta um comentário espertinho. A garçonete volta com nossa comida, e comemos em silêncio. Jennie é toda feita de sorrisos, seus lábios pintados de rosa são tentadores, me chamando para frente e me deixando com pensamentos indecentes. Merda, tudo que eu quero fazer é levar ela para o outro lado da mesa e transar com ela até o esquecimento.

Jack deve ser capaz de ler minhas expressões faciais porque uma pequena bolha de riso passa por seus lábios, ganhando para nós dois um olhar confuso de Soojin e Jennie.

— O que é tão engraçado para vocês dois? — Soojin pergunta acusadoramente.

— Nada. — Eu balanço minha cabeça, lutando contra um sorriso por causa da cara estúpida do meu irmão.

— Tudo, baby, tudo... — Diz ele, se inclinando para Soojin, seus lábios roçando o lado de sua garganta. Ela emite um pequeno guincho e um rubor sobe por suas bochechas.

— Pare com isso, Jack. Estamos em um restaurante! — Ela o empurra, mas até eu posso dizer que ela não está imune aos avanços do meu irmão. Há uma razão para ele ser considerado o maior prostituto do campus.

Jennie aperta minha mão e, embora ela esteja sorrindo, posso ver a tristeza persistente em seus olhos. Para ser capaz de fazer o que Jack e Soojin estão fazendo agora.

Inclinando para ela, eu lambo meus lábios, meus olhos disparam entre seus olhos e os lábios rosados dela. Estou consumido pela necessidade de beijar ela.

— Não temos que ser tão cuidadosos aqui.

Eu nem mesmo dou a ela a chance de responder antes de meus lábios pousarem nos dela. Não há nada como beijar Jennie. Ela choraminga em minha boca e eu engulo tudo o que ela quer dizer. Mordendo seu lábio inferior, espero que ela me deixe aprofundar o beijo, mas ela pressiona os lábios em uma linha firme, tornando impossível para eu entrar naquela boca perfeita dela.

𝐉𝐎𝐏 - 𝐊𝐓𝐇+𝐉𝐍𝐊Onde histórias criam vida. Descubra agora