(8) Covardia, honestidade e comunicação

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trigger warning/aviso: menção de -
drogas, suícidio.

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[no capítulo anterior]

"(...)Dói, Taeil. Dói muito, não te poder amar da maneira como sempre sonhei! (...)Desculpa, mas a nossa amizade acaba aqui." Ela terminou e foi embora, batendo a porta atrás de si.
(...)
O tempo todo em que esta falou, fiquei, estupefacto, a assimilar as suas palavras juntamente com a sua dor. O meu coração apertou.[...]

Ela sempre esteve lá, e foi bem clara no seu interesse e carinho por mim.
Mas eu não fui capaz de a compreender.

E perdi-a.

[...]

Eu não posso ficar aqui sem fazer nada. Eu tenho de a recuperar.

(minutos depois)

[...]"Lee Dokyung, tu não me podes abandonar, okay? Ouviste?" Comecei a chorar. Ela não respondia.

[presente - taeyong]

"Hyung...como assim?" Comecei a ficar enjoado, só com ideia de perder a minha única família verdadeira, a minha irmã. As minhas mãos cederam temporariamente e quase deixei cair o telemóvel. "Onde es-tás??!" Uma lágrima desesperada escorreu pelo meu rosto e, nesse momento, a Boomi veio para perto de mim e apertou fortemente a minha mão livre.

"Taeyong...a culpa é minha!" O Taeil continuou a chorar e a dizer coisas semelhantes, apenas o interpelei nervosamente. "Ela- ela só queria ser-"

"HYUNG! Respira fundo e diz-me o que aconteceu. Chamaste a ambulância?" A Boom encarou-me, muito preocupada, assim que ouviu falar em ambulância.

"Sim, Taeyong." Soluçou. "Ela ingeriu as pastilhas, assim que me abriu a porta e eu liguei à ambulância 2-3 minutos depois. Taeyong, eu tenho medo." Ele supirou, ofegante. "Taeyong...ela espumou...e não reage."

"Taeil...hyung...o que fizeste?"

"Ela disse que me amava e eu coloquei-a na friendzone. Acho que foi um erro, Taeyong. Eu amo-a."

"HYUUUUUNG..." Gritei pelo telemóvel. "Manda-me a morada do hospital assim que lá chegares. A nossa conversa não acaba aqui."

Desliguei a chamada.

E a Boom, que mal tinha saído do banho, olhou-me nos olhos e disse: "Está tudo bem...shhhh...tem calma, Tae."
Depois abraçou-me e sussurrou no meu ouvido.
"Diz-me o que aconteceu e vamos ultrapassar isto juntos."

Naquele momento isso só fez com que eu me desmanchasse em lágrimas nos seus braços.

(...)

[taeil]

Quando desliguei a chamada com o Taeyong, a culpa que sentia ganhou uma dimensão astronómica. Eu não sabia o que fazer. Ainda para mais com uma Kyung desmaiada nos meus braços.

"Desculpa, Dokyung...Eu não sabia..." Beijei a sua testa e derramei uma das minhas lágrimas sobre o seu rosto.
"Acorda, para eu poder refazer tudo e dizer-te que não sou capaz de viver sem ti." Sussurrei com uma voz trémula e pesada.

Uns 5 minutos após ter ligado ao 112, a ambulância apareceu.
Tiraram-na dos meus braços e só fui capaz de murmurar uma pergunta sobre a morada do hospital, antes de entrar no respetivo veículo, e enviar uma mensagem ao Taeyong a partilhar a mesma.

O meu coração estava despedaçado e a minha mente em branco. As lágrimas desapareceram momentaneamente e pude respirar, mesmo que irregularmente, uma vez que os paramédicos reanimavam a Kyung à minha frente.
Só consegui respirar normalmente, assim que a ouvi recuperar o fôlego e vislumbrei o seu peito a subir e a descer em pequenos movimentos respiratórios. Estava aliviado, ainda que apenas parcialmente.

[boomi]

"Taeyong. Acorda, lindo." O Taeyong levantou a cabeça do meu ombro e prossegui. "O Taeil mandou a morada do hospital, Vamos visitar a tua irmã. Anda." Apertei-o num abraço, antes de o levantar comigo.

"Vamos!!" Ele respondeu urgentemente, mesmo que um pouco exausto.

"Pai, mãe...o Taeyong ficou a dormir esta noite, mas houve um imprevisto e não podemos tomar o pequeno almoço convosco. É um assunto sério e importante." Olhei intensamente para ambos. "Explico mais tarde. Amo-vos, até logo!"

"Bom dia, filha! Até logo. Adeus, Taeyong!" Responderam, ambos, antes de eu fechar a porta e sair com o Tae.

Entrelacei os meus dedos nos do Tae e passei à tarefa: arranjar um taxi.
"Obrigado, Boom." O Taeyong agradeceu, um pouco tímido.
"Não faço mais que o meu dever. Adoro-te e odeio ver-te triste."
Ele beijou-me doce a rapidamente.
"Obrigada eu, por confiares em mim e me contares tudo."
"A honestidade e comunicação são as chaves para tudo. Afinal, foi a falta disso que colocou a minha família nestas circunstâncias..."

A viajem para o hospital foi silenciosa. Aparentemente silenciosa, uma vez que conseguia ouvir a respiração atribulada do Tae e sentia-o tremer, enquanto apertava a sua mão, que estava pousada no meu colo.

Ele não disse uma única palavra, mas, lá no fundo, eu sabia que a sua mente abundava em pensamentos e cenários sobre a situação da irmã dele.
Só a vi uma vez na minha vida e ela pareceu-me uma pessoa positiva e cheia de energia. Não consigo parar de especular sobre o que a possa ter motivado a cometer um ato tão decisivo como...o suicídio.
Enfim, espero que ela fiquei bem. Segundo o "hyung" do Taeyong, que falou com o mesmo ao telemóvel, ela já respira. O pior já passou.

Durante a minha prolongada sessão de pensamentos, chegamos ao hospital. O Taeyong puxou-me pela mão, o que me puxou respetivamente do meu transe, para que pudéssemos sair do taxi.
Eventualmente, paguei o taxi e fomos num passo rápido para as urgências do hospital.

Vi o mundo do Taeyong a desabar quando ele viu a Dokyung na cama das urgências. Estou decidida. Não o quero ver mais assim. Nunca mais.
(...)




"o angst continua..."
- moon

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⏰ Terakhir diperbarui: Jul 23, 2023 ⏰

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