Uma noite de amor - 9

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Na masmorra...

Augusto Luís se encontrava preso com os braços acorrentados sobre dois pilares. A cela foi aberta por dois guardas e um deles trazia nas mãos um chicote.

Um guarda parou diante a sua frente e disse:

— Você foi condenado a vinte quatro chibatadas nas costas — e avisando desta, se adiantou e arrancou sua camisa e o outro se colocou atrás dele, iniciando o castigo.

A cada chibatada desferida em sua pele era um grito de dor, chegara diante até pedir para que parassem, mais nada adiantara. "Será esse meu castigo por amar aquele que me ama?"

Os guardas da porta da masmorra não tinham permissão de permitir que o príncipe Rafael fosse visitar o prisioneiro.

— O rei decretou que não deixássemos você descer — respondeu um deles, firmemente. Rafael queria saber como estava o seu querido, pois, sentia que ele estava precisando dele mais do que qualquer outra coisa no mundo.

Geraldo e Fernando que, estes estavam na biblioteca discutindo como enganariam os guardas escutaram a voz do irmão suplicando que o deixassem vê-lo e saíram para buscar o irmão.

— Rafael, nós estamos precisando de sua ajuda na biblioteca...

Mas ele virando para os irmãos, disse:

— Quero vê-lo! Não aguento mais nenhum segundo sequer sem estar ao lado dele!

Geraldo e Fernando o pegaram pelas as mãos e a conduziram-no para a biblioteca.

Ao entrarem para a biblioteca, Rafael desatou novamente a chorar.

— Pare com isso! — alterou Geraldo.

Fernando seguiu o irmão no seu discurso.

— Essas lágrimas não darão a liberdade para o seu queridinho, Rafael!

Ele olhou para eles, como se procurasse por uma saída.

— Sofro por não estar ao seu lado! Vocês não compreendem quando alguém está apaixonado e não pode nutrir esse sentimento maravilhoso...

Geraldo sorriu e lamentou-se falsamente por seu sofrimento.

— Sei o que você sente meu irmãozinho amado... e é por isso que eu e Fernando estamos planejando que você possa ver seu amor ainda está noite.

— Sério mesmo?! — Fernando terminara a concluir:

— Sim, e você levará o jantar para ele, pois com certeza ele estará com bastante fome.

— A que horas poderei? — estava muito ansioso.

— Assim que nossos pais dormirem.

Era quase meia-noite quando os irmãos iniciaram os seus planos maléficos, saindo de seus quartos com uma bandeja de comida envenenada para que Rafael pudesse levá-lo para o seu amado, e assim este morreste.

Rafael abriu lentamente a porta de seu quarto quando escutou os irmãos baterem, dando o sinal de que o plano estava iniciado. Os irmãos entraram e entregou a bandeja nas mãos do irmão ingênuo.

— Aqui está — disse Geraldo.

Rafael estava nervoso, queria saber como é que ia passar pelos guardas.

— Eu e Fernando vamos distrair os guardas, dizendo que há nos nossos quartos ratos, assim a porta da masmorra estará sem vigia e você terá que entrar por ela rapidamente antes que os guardas retornem. Entendeu?

Rafael tentou controlar seu nervosismo, e, suspirou.

— Sim.

— Ótimo, vamos chamar os guardas. Fique preparado.

O Destino do Jovem Príncipe - LGBTWhere stories live. Discover now