Apaixonados - 6

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— Isso é impossível! Não posso acreditar no que acabei de ver! — assustado e furioso ao mesmo tempo dizia para seu irmão Fernando.

— Ele não teve medo, nem saiu correndo desesperado e ainda por cima pediu que ele o levasse... Isso sim é que dá medo. — retrucou o outro branco feito papel.

            Geraldo irritado se manifestou:

— Nosso maior objetivo era fazê-lo sofrer, mas acabamos fazendo-o feliz, dando-o para esse horroroso fingido!

— Devemos corrigir esse erro que fizemos. Rafael deve morrer na tristeza e sem liberdade! — acrescentou com fúria.

            Ao contrário dos irmãos invejosos, Rafael sentia uma alegria que nunca sentira antes, ele não parava de observar as árvores e qualquer tipo de animal que surgia a sua vista.

            Rafael então se lembrou de que não havia perguntado o nome daquele homem com quem estava:

— Me desculpe... Mas não sei o seu nome. — disse com jeito, receoso que este ficasse bravo.

— Eu me chamo Augusto Luís. — respondeu embora ainda surpreso com a coragem do belo jovem. Ficou com curiosidade de saber de seu passado. — Você disse que nunca vira a natureza antes, isso é mesmo verdade?

— Infelizmente é sim. Sempre vivi trancado, era vigiado vinte e quatro hora por dia.

— Você era um escravo?

Rafael se espantou com a pergunta e informou:

— Não sou escravo. Sou um príncipe.

Augusto Luís se assustou:

Como disse? Um príncipe de verdade? — Rafael então percebeu que cometera um erro dizer quem era ele e rapidamente mentiu, pois se não ele iria devolvê-lo ao palácio e aí acabaria seu dia de liberdade:

— Quero dizer, fui escravo de um príncipe, mas depois ele me abandonou.

Rafael conseguira enganá-lo e discretamente respirou aliviado.

— Você pretende ficar aonde?

— Eu não sei ainda, talvez eu ache um lugar por aí, bem longe do reino.

— Bem, se você quiser ficar alguns dias em minha casa será bem vindo. Até quando resolve onde vai querer ficar...

— Fala mesmo sério? Eu posso morar com você?

Augusto Luís contente confirmou:

— Mas claro que sim, aliás, um lindo jovem como você não pode ficar por aí andando sozinho pela floresta.

— Oh, muito obrigado. Não sabe como estou tão feliz.

— O mesmo digo também. — "Pois o meu coração já está convencido de que ainda existem pessoas que tem amor verdadeiro e que, não são interesseiras."

            Depois de quase meia hora cavalgando por dentro da floresta, Rafael chegara a casa onde passaria a morar com liberdade. Não era uma casa luxuosa, mas sim uma casa cheia de vida e alegria, existia também um lindo jardim que enfeitava ao redor da casa.

— Isso é tão lindo e maravilhoso! — exclamou com admiração, quando foi ajudado a descer do cavalo.

— Essa é minha casa e agora sua também. Sinta-se a vontade, jovem Rafael.

Dito e feito. O belo príncipe não perdera tempo e nem um segundo a mais. Este corria todo alegre, como se fosse uma criança de oito anos e colhia flores também. Estava sendo sem dúvida o melhor momento de sua vida.

O Destino do Jovem Príncipe - LGBTWhere stories live. Discover now