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Taylor


Sento-me numa das mesas do bar, e espero que Amanda suba ao palco com a banda para cantar. Desta vez canta a música que cantou no quarto no outro dia e também 2 músicas, que segundo ela são antigas, compostas por ela. Era bonitas mas não eram sobre mim... É estranho pensar que já houve alguém antes de mim, e pensar que algumas coisas que fazemos podem lembrar-lhe de pessoa x ou y mas a isso chama-se memórias e eu não posso controlar nem as minhas nem as de mais ninguém.


Perdida em pensamentos fico até o concerto acabar, o bar vai ficando mais vazio até que Amanda vem ter comigo. Como sempre elogio a maneira como canta, como não elogiar? Vamos a caminho do quarto e Amanda solta:

"Esta tudo bem? Notei que até no concerto estavas meio triste..."

"Oh..." solto. "Eu gostava que me escrevesses músicas como aquelas."

"Parte-me o coração, e faço um álbum com o teu nome..." disse com um tom meio aborrecido. "Eu não sou boa a escrever música alegre..."

Coloca a chave na fechadura e entramos no quarto.

"Queres mesmo que te parta o coração?" digo meio ironicamente.

"Não sei, tu queres tentar?" diz.

"É muito difícil?"

"Depende da pessoa e da altura, digo-te que tu o podias fazer numa boa tendo em conta o quanto estou louca por ti neste preciso momento..."

"Um álbum todo sobre mim e com o meu nome, é esse o prémio de te partir o coração?" digo enquanto encosto os meus lábios aos seus.

Amanda sorri e diz: "Exatamente..."

"Por favor, diz que és minha..." solto.

"Oh, podes crer que sou. Tua, tua, tua..." diz.


Mariah

Terça-feira

Acordo cedo para ir ao Starbucks falar com o Harry, não consigo pensar noutra coisa... Quer dizer, ainda penso um pouco no Josh mas ele é o meu """mano""" como ele diz... Visto umas calças pretas, uma camisa branca e uma gola amarela torrada com uns óculos de sol como costume.

Ao entrar avisto logo o Harry e lanço-lhe um sorriso e ele faz-me o mesmo. Peço um chá gelado e sento-me ao pé do Harry sem dizer uma palavra.

"Pensei que não voltarias." diz ele.

"Eu prometi que voltava!" digo.

"As pessoas nem as promessas que fazem a si próprias cumprem..." diz ele.

"Obrigada por achares que sou assim."

"Oh, raparigas como tu normalmente são... Deixa-me tão feliz que não sejas."

"Tens a noção que acabaste de citar um trecho de 2 das tuas teorias..." digo a rir.

"Então?"

"Aposto que tens uma teoria sobre promessas, e também uma teoria sobre raparigas que vão ao Starbucks..." digo.

"Posso afirmar que realmente tenho uma sobre promessas mas a segunda deixa-e confuso só de pensar..." ri. "Mas sei lá, tens uma teoria sobre paixão? Sei lá, apaixonar-se por alguém errado..." digo, um pouco a pensar no Josh.

"Não sei se o que vou dizer se pode chamar teoria... Mas eu acho sempre que devemos dedicar-nos a toda a gente, vala a pena ou não... Se amares "bem" a pessoa errada, imagina o quanto vais amar a certa!" diz ele.

"Tu és um génio!" solto.

Ele bebe gentilmente o seu café com espuma ficando com um bigode de espuma. Eu imito um bigode com os dedos e ele ri-se enquanto o limpa com um guardanapo.

"Sempre me vais desenhar?" pergunto. "Eu entro daqui a 1 hora ou assim..."

"Eu não preciso de estar a olhar para ti para te pintar..." diz.

"Como assim?"

"Eu fico a olhar para ti e a falar contigo e quando chego a casa pinto-te..." ri-se. "Eu lembro-me bastante bem da tua cara..."

"Obrigada???" digo.

"Não agradeças por palavras... Podes sair comigo?" diz. Não sei bem o que lhe responder mas eu quero bastante. Ele é tão secreto, e quero saber mais e mais.

"Onde?" chuto.

"Isso agora..." diz. "Não te posso dizer... Assim, vens! Pode não ser por querer estar comigo mas vens, porque desejas saber onde te levaria..."

"Quando?"

"Vem ter comigo aqui também na próxima sexta, ás 19h30." diz ele. "Mas vejo-te antes disso... Espero eu, certo?"

"Prometo, a mim própria e a ti!"

"Muito bem, a aplicar as minhas teorias!" diz a rir.




LathingWhere stories live. Discover now