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Quinze dias se passaram desde que minhas férias se iniciaram e hoje é véspera de natal, e graças a Deus a família do Cristhofer recusou o convite de comparecer a nossa ceia esse ano. Ele, seus pais e a Mailey foram para a casa dos seus avós paternos que fica em uma linda fazenda a alguns quilômetros de distância de Miami.
O Cris me convidou várias vezes para ir com eles e eu recusei, claro que séria maravilhoso passar esse momento especial com ele mas não posso arriscar ter minha verdadeira identidade exposta. Tudo que menos quero é arriscar perde-lo agora que finalmente o conheci e estamos namorando.
Sorrio ao lembrar de um dos nossos encontros há dois dias atrás, nos encontramos na praia ao por do sol, ele veio ao meu encontro com um lindo buquê de rosas, se ajoelhou e me pediu em namoro. Eu fiquei muito emocionada e chorei de felicidade, pela primeira vez na vida eu me sinto tão feliz e toda essa felicidade às vezes até me assusta.
Acabo de fazer uma trança lateral em meus cabelos, observo meu rosto no espelho e respiro aliviada ao ver que a leve maquiagem que minha avó fez em mim mais cedo continua intacta, ficaria muito chateada comigo mesmo se tivesse arruinado o trabalho dela. Coloco a pulseira que ela me deu e um conjunto de brincos, colar e anel retoco o gloss que passei em meus lábios, borrifo um pouco de perfume e depois saio do meu quarto.
Olho as horas e ao ver que já passava das vinte e duas horas da noite, eu desço as escadas pronta para encarar as próximas horas. Sorrio ao ver a imensa árvore de natal que eu e meus avós decoramos repleta de presentes em baixo dela, quando chego no último degrau da escada meu avô está lá esperando por mim e de braços dados com ele vou até onde minha avó, e alguns dos convidados que já chegaram estão.
Reconheço alguns como o senhor Robert Cassilas, um dos diretores da empresa do meu avô e a sua esposa troféu, interesseira e ambiciosa Jade, e seu filho Frederick, um garoto mimado da minha idade, os outros convidados eu não reconheço mas provavelmente são amigos dos meus avós. Junto com eles estavam a tia Margô irmã da minha avó e sua esposa, a tia Kelly, e minhas primas, Priscilla e Suzane suas filhas adotivas dois anos mais velhas do que eu .
— Boa noite a todos. — Lhes digo e aperto a mão do senhor Robert, de sua família e dos prováveis amigos da minha avó, depois abraço e beijo o rosto das minhas tias e minhas primas.
— Boa noite. — Eles me respondem em uníssono.
— Nossa como você cresceu Lily, está se tornando uma linda menina mulher. — A tia Margô diz.
— Obrigado tia, é muita gentileza sua. —Lhe respondo e ela sorri para mim.
Não nos víamos fazem quase cinco anos, pois minha tia e sua família moram na Angola desde muito antes de eu nascer e é muito raro virem para os Estados Unidos. Foi lá que ela conheceu a tia Kelly, se apaixonou, casou e adotou as gêmeas, a história de amor delas é muito linda, ambas são médicas e a paixão pela medicina e o amor ao próximo as levaram a fazer parte dos médicos sem fronteiras.
