Capítulo 91: Fim De Festa

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- Ah, sim. - falou, e se aproximou da cama. - Se o pai dela era rei, então ela é sim uma princesa. Por que está me perguntando isso?

- Eu estava contando uma história para a Alexia e falei que a Fiona jogou as tranças para fazer o príncipe subir a torre. - falei. - Mas acertei de primeira na Branca de Neve.

Ele franziu o cenho.

- Mas quem joga o cabelo é a Rapunzel, a Branca de Neve é a que morde a maçã envenenada. - disse. - Meu amor, você está com sono?

Suspirei.

- Eu estou. - senti vontade de rir. - É uma conversa sem sentido, né?

Levantei e aproveitando que meu marido estava de pé na minha frente, eu abracei ele. O fato dele estar sem camisa tornou a experiência melhor ainda. Bruno me abraçou de volta e deixou um beijo no topo da minha cabeça.

- Você acha que hoje foi legal? - perguntei, e me afastei um pouco para encarar seu rosto. - As meninas se divertiram e tudo.

- Foi perfeito. - garantiu, e segurou meu rosto deixando minha cabeça erguida.

Sabendo que ele estava fazendo aquilo para tomar controle do beijo que pretendia me dar futuramente, eu não tentei afastar sua mão.

- Vai passar amanhã com a gente? - perguntei, querendo ele em casa.

- Eu passei o dia inteiro com vocês hoje.

- E dai? Você pode fazer seu horário naquela empresa, não é nenhum sacrifício faltar alguns dias.

Ele sorriu.

- Você é muito mimada, sabia?

- Culpa sua. - o que não é mentira, já que ele faz tudo que peço.

Bruno me beijou como eu estava esperando, e quando percebi, ele estava me levando em direção ao banheiro.

- Nem pensa nisso. Eu vou tomar banho, mas não com você. - falei, sabendo da sua intenção.

- Por que não?

- Porque você vai me fazer molhar o cabelo e eu estou com preguiça de ter que secar ele antes de dormir. - respondi.

- Podemos usar a banheira. - sugeriu.

- Ou... você pode esperar bonitinho aqui fora enquanto eu tomo banho. - falei.

- Não gostei dessa opção. - disse. - Mas vou deixar você escapar porque estou com fome.

- Sobrou muita coisa da festa.

Ele me soltou e eu aproveitei para entrar no banheiro.

- Vou dar uma olhada, qualquer coisa vou estar na cozinha.

Eu assenti fazendo ele sair do quarto.

Como meu marido não estava comigo, meu banho não demorou. Vesti o primeiro pijama que encontrei no closet e sai do quarto. Desci as escadas e achei o Bruno na cozinha. Reparando que ele estava mexendo na pia, me apoiei no balcão.

- Você falou sério sobre eu ser mimada? - petgutei, pensativa.

- Por mim seria mais. - respondeu, e vi que ele estava fazendo café.

- Tô falando sério. Eu vivia falando sobre ser independente e tal, mas olha minha vida.

Ele encheu uma xícara de café e colocou na minha frente.

- Você está feliz? - perguntou, e se apoiou no balcão para se inclinar na minha direção.

Eu não precisei pensar muito para responder.

- Eu estou. - falei, sendo sincera.

- Então o que importa o resto, meu amor?

Senti vontade de bater nele.

- Meu Deus, você sempre faz tudo parecer tão fácil.

- Alguns diriam que é uma qualidade. - exclamou, e acabou tomando um pouco do café.

- Eu digo que é privilégio.

- Nós dois temos conceitos diferentes sobre o que é privilégio. - falou.

- O que seria privilégio para você? - estava curiosa.

- Ter você pra começar... De preferência gemendo no meu ouvido.

Não segurei a risada.

- Como você consegue ser tão fofo e tão safado ao mesmo tempo?

Ele me deu um selinho e empurrou a xícara na minha direção.

- Toma um pouco.

- Acabei de escovar os dentes. - falei.

- Então prefere leite? - notando a expressão que eu fiz, ele sorriu. - Leite com café, Helena. Leite com café. Você quer? Depois eu que sou safado.

- Eu passo também. - exclamei, ainda sentindo vontade de rir. - Você deveria comer alguma coisa.

Olhei alguns potes que estavam com salgados e doces no balcão. Realmente sobrou muita coisa da festa. Peguei um docinho e ele era tão bonito que senti pena de comer. Parecia uma flor.

- Isso parece caro. - comentei.

E, conhecendo minha mãe, aqueles doces custaram uma fortuna.

Ficamos um pouco mais lá em baixo até que o Bruno falou que ia subir porque estava com sono. Segui ele e antes de entrar no quarto, conferi se as meninas estavam bem.

- Apaga a luz. - meu marido disse assim que entrei no quarto. - E vem logo que estou com frio.

- Agora meu trabalho é te esquentar? - questionei, e apaguei a luz.

- Sim, como uma boa esposa.

Ignorei o que ele falou e deitei ao seu lado. Antes que eu pudesse me cobrir, ele me puxou para perto e me abraçou.

- Eu também sou. - Bruno disso, um depois me deixando confusa.

- É o que?

- Feliz. Eu também sou. Então, de verdade, não se preocupa com o que os outros pensam ou deixam de pensar. O que importa no final é isso que temos, é nossa família.

Sabendo que ele estava certo, deitei minha cabeça em seu peito e fechei os olhos.

O dia tinha sido perfeito e eu sabia que isso ia se repetir muito na minha vida ainda. Afinal, eu escolhi certo quando deixei um garoto de 17 anos entrar no meu coração mesmo sabendo que amar é como pular de um precipício.

Você pode se machucar no final da queda, mas a experiência durante o salto é inexplicável e única.

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Como prometido, aqui estou eu com mais um capítulo. Desculpa a demora meus amores.

Para Sempre Te AmareiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora