Capítulo 3

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Após longas horas de viagem o ônibus chega ao seu destino, e logo os passageiros se apressam em sair e Ariela espera tudo se acalmar e segue com seus filhos, verifica no bagageiro se não está esperando nada e logo avista Lúcia e Pedro, eles são um casal de meia-idade, ela e Lúcia trocaram mensagem desde a última ligação de Amanda.

- Sejam bem vindos, nossa como são lindos seus filhos, parabéns Ariela.- Lúcia fala se aproximando e dando um longo abraço de Boas-vindas, e esse jeito expansivo a faz recordar de sua grande amiga.

-Obrigada,e uma alegria está aqui, nossa parece sonho.- elas se entre olham emocionadas.

- Querida fique tranquila está em casa, aqui estão seguros e nada a temer, e se aquele canalha ao menos tentar entrar em contato por telefone me avise imediatamente combinado - Ele vem ao encontro da jovem que se sente tocada com a demonstração de afeto e proteção, e retribui seu abraço, um abraço de pai que ela não tem há mais de dez anos quando seus pais faleceram num terrível acidente.

- Obrigada seu Pedro, sei que não deve ser fácil abrir sua casa para uma estranha e três crianças, mas vou me esforçar para arrumar trabalho o mais depressa possível.

- Não diga isso criança, nós não tivemos filhos e nem netos sempre foi nosso sonho e Deus enviou vocês e nós só vamos para casa nos fins de semana como lhe disse então a casa será mais de vocês que nossa, não precisa ter pressa, estamos recebendo vocês como parte da família. - Lúcia aperta carinhosamente a mão de Ariela que está com lágrimas nós olhos mediante a tamanho carinho.

- Toda hora isso de chorar, mamãe vamos embora, eles fizeram você chorar igual o papai. - Gabi fala chateada por ver sua mãe chorando e a pequena não entende que são lágrimas de felicidade.

- Gabi mamãe não vai mais chorar de tristeza e dor viu meu anjo, der agora em diante vocês têm a vovó Lúcia aqui, e o vovô Pedro que sou eu para cuidar de vocês. - As crianças olham surpresos, pois nunca tiveram muito contato com a Avó Manuela, e não chegaram a conhecer os avós maternos. - Então vocês aceitam esses vovôs?- o bom homem brinca com as crianças que pulam animadas e abraçam ele todos em simultâneo.

- Vamos logo tomar sorvete, e passear um pouquinho, mas amanhã vamos conhecer a cidade,que dizer um pedacinho essa cidade chega a ser duas vezes maior que Lírio dos vales.- As crianças seguem animadas até o carro, após guardar as coisas no porta malas Ariela senta no banco de trás junto com as crianças. - Vamos tomar sorvete que vovó Lúcia vai pagar, amanhã o vovô Pedro vai pagar nosso almoço no parque de diversões, o que acham.

- Que lindo ter vovó e vovô, mamãe agora não tem mais papai mal nem surra o vovô Pedro é igual o Sansão, forte e defende.- Will comenta e todos riem.

-Sim, querido, vovô Pedro cuida de nós junto com vovó Lúcia.

Eles seguem olhando a cidade cercada de prédios e edifícios, seguindo até uma sorveteria que fica próximo à casa deles mais afastados do centro. As crianças estão deslumbradas com toda a decoração da sorveteria, bem colorida.

Meninos qual sabor? Eu quero de morango - Lúcia fala animada demais encarando aquelas três crianças, tão alheias ao sofrimento e angústias da sua mãe.

- Eu e o Will gostamos de morango, a mamãe e a Gabi de chocolate.-Gael fala para Lúcia.

- Pedro pegue os sorvetes, crianças vocês poderiam ajudar o vovô?-Ela indaga querendo ter uns minutos a sóis com a mãe e seu esposo logo compreende.

Vamos meninos!- Pedro segura a mão da pequena com seu vestido lilás e flores brancas a ergue no colo e Gael que está agora sem sua jaqueta, somente com sua camisa do Capitão América e sua calça, jeans, segurando na mão de Will, sem sua jaqueta e vestindo sua camisa do homem de ferro e sua calça, jeans preta.

- Ariela. Sei como foi difícil passar por tudo, quando soubemos nós ficamos muito preocupados e começamos a economizar para ajudar na passagem, e Amanda disse que ela das professoras ajudariam também, enfim saiba que estamos recebendo você como uma filha e pode contar comigo sempre.

- Oh! dona Lúcia, eu só posso agradecer, houve dias que pensei que não iria conseguir, quando ele batia nós meninos eu me metia na frente e apanhava dobrado, pensava que iria morrer. - Lágrimas grossas caem do rosto da jovem mãe. - Eu sempre fui sozinha com eles, ninguém me ajudava, todos olhavam com pena mais ajudar? Ninguém. Sabe era doloroso, até que Amanda chegou em minha vida e foi ela que me ajudou a não deixar meus filhos passando necessidade.

- Eu compreendo, e sei que Deus cuidou de vocês e trouxe vocês para cá, então confie em nós e saiba que está segura.- Lúcia aperta delicadamente a mão da jovem que está presa juntamente com a sua.

- Mamãe ajuda, e muito grande vou ficar com muita alegria na barriga -Gabi fala

-Sim, pequena eu estou vendo. Vamos sente-se aqui do meu lado e eu ajudo.

-Ariela olha em volta e pode sorrir parece sonho sair da prisão a qual viveu durante oito anos, foram muitos obstáculos muitas noites sem dormir, chorando baixo para não ser ouvida, e agora ela e seus filhos têm um lar, seguro, feliz e cheio de amor.

Um Acidente de AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora