𝓬𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 41

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Mas no momento, acho que eu chegarei mais cedo ao festival.

(...)

Abri a janela da varanda e o vento calmo bateu em meu rosto. Olhei para Pompom que estava animado balançando seu rabo. Vamos lá!

Direcionei minhas mãos para Pompom o fazendo flutuar. E com minha imaginação, fiz o mesmo ter asas grandes e bonitas. As penas brancas combinavam com o resto de seu corpo, suas asas ajudariam na velocidade e chagaríamos ainda hoje as terras humanas. Também havia um mapa na bolsa com algumas frutas e doces, nada demais. Não avisei ninguém que partiria e me perguntei se deveria, mas devem imaginar que eu fui para o festival de amanhã. Quem nunca chegou cedo a um compromisso?

Subi em Pompom e ele sem que eu dissesse nada, levantou voou e percebi que suas garras fizeram marcas no chão.

E lá estávamos nós. Sobrevoando toda a Corte Lunar. Estávamos subindo e subindo, até passarmos por uma camada de nuvens. A vista daqui de cima era linda mas aparentemente iria chover, só esperava que fosse mais tarde.

Abri o mapa e olhei onde deveríamos ir. Iriamos ter que passar por mudanças climáticas para conseguir chegar ao meu objetivo. Vou tentar fazer alguma coisa que faça que não nos permita sentir frio ou calor excessivo. Mas vou resolver isso na hora, no momento vou aproveitar a vista que eu tenho daqui de cima.

𝐿𝓊𝒸𝒾𝑒𝓃

Eu preciso ver Lua.

Porém a doença de minha mãe havia piorado onde a mesma não consegue sair nem da própria cama. Tentaram de tudo para curá-la, mas nada, apenas mais e mais ervas medicinais. Era por isso que eu não tinha ido ver Lua ainda. Mas ela está bem, sinto que sim. Ela ainda estava na Corte Lunar, aparentemente e me pergunto como deve estar? Acho que mandarei uma carta para verificar.

Mas em uma de minhas visitas, algo novo aconteceu enquanto estive na Corte Outonal. Pela primeira vez, Eris resolver ver nossa mãe. Ele estava sentado em uma poltrona perto de sua cama. Não dissemos nada um para o outro, apenas me sentei na poltrona ao seu lado e fiquei observando os cabelos ruivos de minha mãe. Admito que fiquei surpreso com tal aparição.

No outro dia quando estava indo atrás de Miranda pois a febre de minha mãe havia voltado, quando estava passando por uma sala escutei a voz de Miranda apavorada.

- Senhor, mas ela precisa que o médico volte.

- Eu já disse, e vou dizer novamente, Miranda. O médico só virá 2 vezes na semana e... - ela interrompeu Beron.

- Mas senhor, o caso dela está piorando, se não for vista com mais frequência, ela pode morrer. - engoliu em seco.

- Hera e eu temos um acordo. A cada merda que ela fizer, receberá um tipo de punição. Você sabe disso. E agora ela está pagando da pior forma. Não me importo se ela vai morrer ou não, Hera sabe o que eu tenho que engolir depois de todos esses anos por causa dela.

O silêncio se manifestou.

Eu não estava acreditando no que eu ouvia. Como ele pode fazer isso com a própria esposa? Beron nunca agiu assim dessa forma na minha frente, por que estava com raiva dela agora?

Abri a porta pesada com tanta força que fez a porta bater na parede. Imediatamente os dois se assustaram com a brutalidade.

Meu coração estava acelerado e sentia meu poder querer emanar para fora, mas fiz esforço para que isso não acontecesse.

- Miranda, não precisa de nenhum médico. Minha mãe não ficará nem um minuto aqui. - digo entre dentes sem olhar para a feérica.

- Ela não sai daqui. - diz Beron firme. - Miranda, se arrumar as coisas dela, se considere morta. - ele avisa para Miranda deixando o clima mais tenso ainda. - Lucien, eu permiti que viesse aqui, visitasse Hera, até mesmo seu quarto está desocupado. Até ignorei sua briga com Ramiel. Mas agora, mandar em meu território, jamais!

𝓒𝓸𝓻𝓽𝓮  𝓛𝓾𝓷𝓪𝓻  • acotarWhere stories live. Discover now