- Se vamos fazer isso acontecer, por favor, seja sincero comigo. 

Minha voz soa quase como uma súplica, dedos grossos e gélidos passeiam em torno de minhas bochechas e sinto minha pele arrepiar sobre o choque térmico. Pequenos caminhos de beijos foram feitos até minha boca, onde ele capturou meus lábios mais uma vez. Suas mãos fazendo círculos na minha cintura afetiva, levando minha blusa um pouco mais para cima. 

- Abra a segunda gaveta à sua direita. - seu comando é suave mantendo os lábios diante dos meus, com relutância ele se afasta um pouco para me dar espaço. 

Embora eu soubesse que Jungkook jamais seria do tipo que guarda uma arma no quarto, a inquietude estava filtrando cada célula do meu corpo naquele momento. Presumo que mesmo querendo saber sobre tudo, ainda tenho uma certa relutância de perder nossa pouca conquista. 

Ao puxar a gaveta devagar e enfiar as mãos dentro do móvel, meus dedos apenas encontram algo liso e fino acumulado. Olho para Jungkook que agora se afastou um pouco dando-me espaço, ele observa cada movimento meu e posso ver um pouco de ansiedade transbordando dele. 

Encontrei fotografias, muitas delas ao trazer para perto. Quase levo minhas mãos à boca ao estar diante de milhares de fotos pretas e brancas minhas, eu não posso acreditar que existem muitas delas. Enquanto passo uma por uma posso me lembrar de cada momento em que elas foram tiradas, a mais antiga foi do meu segundo dia na Hailee, eu estava em um longo vestido florido até às panturrilhas enquanto saia com expectativa do meu segundo dia. Então tem uma sequência, terceiro, quarto, quinto, sexto.. Uma fotografia reflete cada dia diferente. A maioria delas onde eu estava distraída o bastante para não perceber que alguém tirava fotos minhas. 

- Eu fiquei obcecado por você quando a vi pela primeira vez. - desviando meus olhos para sua voz rouca e acanhada, Jungkook está sentado sobre a ponta da cama com as mãos atrás do pescoço. - Isso é insano e até mesmo eu me forcei a parar com elas, foi depois daquele dia quando nos encontramos no seu local de trabalho.. - ele dá uma pequena pausa, limpando a garganta. - Escutei você falando com sua amiga no dia seguinte, sobre o quanto eu era um mimado arrogante. Perto dos armários. 

A lembrança me atinge com força, gerando uma onda de vergonha transitar por mim. Naquele dia eu havia ficado com raiva de Jungkook depois do nosso encontro na lanchonete onde eu trabalho, agora eu posso me arrepender das palavras tão convincentes depois de conhecê-lo melhor. 

- Sinto muito, eu.. 

- Você tem razão. Eu era mesmo um completos brutamonte, arrogante ou tudo de repulsivo. - ele me corta rapidamente, apoiando a mão sobre o colchão, soltando uma baixa risada rouca. - Fiquei puto depois, então eu segui você até o banheiro e propus aquele acordo, parecia divertido na época. Eu iria apenas arrasta-la para ás festas que tanto odiava, mostrar o quanto eu podia ser um idiota. Mas eu não consegui, e isso meio que deixou minha mente um pouco fora de si. Quando contou para mim sobre sua família, eu porra, queria mata-los Lisa. 

Respirei fundo escutando cada palavra que ele pronuncia, estou absurdamente assombrosa com todos os relatos. Mas era ainda mais estarrecedor a forma como não afetou em absolutamente nada em relação aos meus sentimentos, eu ainda podia sentir meu coração batendo de emoção assim que ele voltou para mim na cama e afastou as fotos das minhas mãos, colocando-as com cuidado sobre a mesinha ao lado. 

Seu enorme corpo colossal cobria o meu completamente, apenas me mantive imóvel o sentindo por uns instantes, observando cada movimento. Jungkook umedeceu os lábios ficando de joelhos e retirando a camisa do corpo, observei cada músculos da sua barriga, peito e bíceps. As tatuagens do braço eram fascinantes, cada desenho feito com delicadeza, percorria um caminho desde os ombros até às mãos. Controlei meu impulso de tocá-las. 

Perfect OppositesWhere stories live. Discover now