"Se Albus Potter queria jogar, ele jogaria"

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A tentativa de animação de Rose não fez James mais feliz do que ele já estava. Desde que ele vira a garota parada no corredor, a felicidade que sentira ao ver Rose e Scorpius evaporara. Rose não imaginava aquela maníaca sendo importante para James. Não que ela tivesse visto a garota assustadora mais do que por um minuto, mas imaginara que ela fosse completamente louca pela forma que se portara. Fora de arrepiar.

--Certo...--Scorpius quebra o clima tenso que se instalara.--O que acham de tomarmos um banho no riacho? Estou muito sujo!

Rose não tomava banhos a dias, ter escutado aquilo era como ver um sonho se realizando. Toda a atmosfera ruim evapora automaticamente.

--Ótima ideia, Scorpius! Quer ajuda, James?


Havia algo no ar, um clima tenso e uma bolha prestes a explodir. Hermione lia os papéis em sua mesa com olheiras gigantescas abaixo de seus olhos. Não havia sinal de sua filha em lugar algum e também não havia sinal para o fim da catástrofe que Albus Potter estava causando. A preocupação corrompia seus pensamentos e a fuga de Rose piorara sua situação a um nível extremo. O que ela pensa que está fazendo? Qual seu plano, Rose? Hermione se perguntava toda a noite, a cada maldito minuto, sem obter resposta alguma. Rony ficava acordado ao seu lado e eles tentavam discutir a respeito de tudo durante as madrugadas lentas e irritantes, mas nunca chegavam nas respostas para suas perguntas.

Todo o dia mais papéis surgiam em sua mesa, todo o dia mais palavras falsas de incentivo saiam de sua boca. Ela não sabia mais o que dizer, porque se não pegassem Albus Potter e o prendessem logo, a guerra seria perdida. Aquela profecia não podia se concretizar, ela não deixaria que aquela maldita profecia se concretizasse. Mas era tão difícil pensar assim, quando tudo parecia estar perdido.

Havia muita coisa a ser feita e ela não podia se dar ao luxo de não lutar e viver os últimos dias sem outro Voldemort no poder com Rony e Hugo. Afinal, sem Rose não havia como ela querer fazer isso.


Melissa... Ops, Voldemort, deslizava pelo campo verde e florido como se estivesse deslizando. Que lugar bonito para Albus Potter matar alguém! Pensava. Seus olhos vermelhos deslizavam como seus pés ao redor do local. Ele procurava o garoto... Nunca imaginara que fosse usar um Potter para cumprir seus fins, mas aquele erro de seus comensais idiotas renderia grandes recompensas para a sua pessoa. Claro, se ele conseguisse domar a ferra. Pelo o que sabia, ninguém o mantinha sob controle.

Se perguntava quem Albus Potter havia matado dessa vez e sabia que logo obteria a resposta. Estava cada vez mais perto, sentia isso. O cheiro de sangue estava incrivelmente forte. Como ele amava esse cheiro! Claramente, preferia matar pessoas usando o bom e velho Avada Kedrava, mas o cheiro de sangue de trouxas sempre fora um belo aperitivo.

Voldemort se aproxima a passos curtos, já vendo o corpo do garoto ao longe. Albus estava sentado acima de flores brancas a alguns poucos metros, ao redor de seu corpo, nas flores, havia sangue e, no chão, logo à sua frente, uma família de trouxas se encontrava morta, com claros sinais de assassinato brutal. Voldemort sorri com aquela cena e se aproxima até está perto o suficiente para Potter notar sua presença.

O garoto se levanta. Seus olhos verdes, agora sem vida, analisam Voldemort como se ponderassem se valia a pena matá-lo. Voldemort sabia que ele via apenas uma garota de 16 anos, não como ele realmente era. A cabeça do garoto se mexia de um lado para outro, analisando a situação. Ele o mataria? Não mataria? Voldemort teria que matá-lo? A situação tinha vários desenrolares.

Por incrível que seja e pareça, o garoto não o mata. Ele começa a andar na direção contrária de onde Voldemort chegara, não vendo utilidade em ficar aí. Voldemort acha isso divertido, se Albus Potter queria jogar, ele jogaria.

A Questão não era Rose-ScorbusWhere stories live. Discover now