"Se Albus Potter queria jogar, ele jogaria"

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Eles imaginavam não se tratar de um momento bom e não se tratava, obviamente. Os flashbacks passavam diante dos olhos de Rose e de Scorpius enquanto eles tratavam James do ferimento grotesco em seu calcanhar. Eles não sabiam o motivo para ela, a garota, não tê-los tentado matar.

Por algum tipo de milagre, James conseguiu aparatar com eles antes que qualquer feitiço ou maldição perigosa fosse usado pela garota estranha. Infelizmente, ela lançara algo que pegou no calcanhar de James. Aquele algo eles não sabiam o que era, mas conseguiam, de alguma maneira, tratar sem precisar de um contra feitiço.

Rose estava se sentindo preocupada, mas não era novidade levando o fato de ela sempre estar preocupada. Não sabia onde aquela voz estranha que lhe levara até a mansão havia parado e nem sabia como que haviam conseguido sair da mansão através da aparatação. Da forma que aquele lugar era protegido, aparatar não deveria ser possível. Aquela voz poderia ter ajudado, claro, mas Rose não queria pensar no quão poderoso aquilo era. Ela já havia chegado à conclusão de que não era uma pessoa, obviamente, mas também não fazia ideia do que ela poderia ser.

Depois de todos os comensais da mansão terem caído num sono profundo, bem profundo, porque quando Rose foi sentir a pulsação de um deles, ao procurar a varinha de Scorpius, não sentiu nada. A garota não conseguia imaginar no que aquela voz estranha não era capaz. Rose não sabia se ela faria os comensais voltarem a viver ou se os deixaria mortos, mas ela não queria pensar nisso. Ela estava se sentindo bastante assustada.

--A gente ainda não agradeceu.--Só com a voz de Scorpius que Rose nota que eles não haviam falado nada desde a fuga. Ela lança um olhar para o rosto agoniado de James e outro para a expressão impassível de Scorpius.--Sem você teríamos morrido...

Scorpius não faz a pergunta que Rose pensou que ele fosse fazer, tampouco a garota. Ela não perguntaria sobre a aparatação, não quando a aparatação fora a única coisa capaz de salvá-los. Queria deixá-la como um mistério, era bem melhor assim.

James não diz nada irrelevante como "não foi nada" ou "vocês teriam feito o mesmo por mim", ele apenas dá de ombros antes de ir direto ao assunto que realmente importava:

--Qual é o plano de vocês? Quer dizer, imagino que vocês estejam planejando algo, pelo o que me levaram a pensar. Ah, e eu imagino que o local em que eu os trouxe seja seguro... Papai costumava nos trazer para jogar Quadribol aqui.

Rose não havia parado para olhar o lugar em que se encontravam. Ela havia pegado logo a varinha e alguns curativos de dentro de seu casaco quando a aparatação acabou. Ela imaginara que James havia os levado até um local seguro, então não se importara. James havia salvado a vida deles, devia confiança ao primo.

Ela e Scorpius aproveitaram a deixa para olhar o arredor, sem falar sobre o plano que ela nem ele tinham formado. Tudo bem que eles queriam encontrar Albus, mas não faziam ideia de onde ele estava nem como conseguiriam a informação. Eles sabiam que o garoto se movia rápido demais, mudando de lugar com facilidade, então, quando conseguissem alguma informação, era provável que ele já não estivesse no local. Nunca o alcançariam, essa era a questão. Mas eles não podiam desanimar, se desanimassem nunca chegariam em um resultado.

Eles estavam em uma floresta e os pássaros cantavam nas árvores. Aí só haviam pinheiros e logo ao lado uma enorme carreira. Parecia um bom local para plantar um campo clandestino de Quadribol para jogar entre a família. Também parecia um bom lugar para acampar, com o som de um riacho por perto, mas claramente não era um local tão seguro. Estas florestas gostam de abrigar ursos.

--É um lugar bonito.--Rose comenta, pondo-se a andar em direção à clareira.--Se tivéssemos vassouras e seu calcanhar não precisasse descansar, poderíamos apostar corrida. Também seria bom ter algumas bolas.

A Questão não era Rose-ScorbusWo Geschichten leben. Entdecke jetzt