Débora Bragança

9.9K 843 18
                                    

Meninas, vamos sair do outro lado da vida e vir à tona!!!! Deixem de ser fantasminhas e sejam camaradas conosco!!!!

Apareçam, comentem, curtam...

Deixem seus recados, críticas, sugestões. Esse feedback nos ajudam a melhorar e nos motiva a continuar escrevendo.

Beijos

BMR Arbeit

P.S.: Se você ainda não faz parte do nosso grupo no Facebook é só procurar por

Escritora - BMR Arbeit

Adicione o Rafa e Manu no skoob:

http://www.skoob.com.br/livro/412870-eletricidade-do-amor

Postagens aos domingos...

********************************************************

A maioria das crianças cresce em ambientes regados de muito carinho, já outras não sabem sequer o significado dessa palavra. Eu era umas dessas que não sabia o verdadeiro significado do amor.

Talvez tenha sido isso a causa de eu não ligar para os sentimentos das outras pessoas.

Eu cresci tendo tudo que eu queria. Meus pais viviam viajando a trabalho. Eles eram empresários do ramo hoteleiro. Tinham vários hotéis espalhados pelo mundo.

Sempre que voltavam me enchiam de presente como uma forma de amenizar a ausência deles.

Fui criada praticamente por minha babá Nena. O mais perto que tive de carinho de mãe veio dela.

Eu sou morena, com cabelos levemente ondulados e olhos verdes. Quando eu sorrio aparecem duas covinhas em minhas bochechas.

Desde pequena, as pessoas diziam que eu era muito bonita.

No colégio eu era umas das garotas mais populares. A maioria dos garotos queriam ficar comigo, mas eu não estava afim de relacionamento. Eu era muito nova para me amarrar a alguém. Meu lema era curtir a vida sem pensar no depois.

Por que eu me preocuparia com o futuro se eu tinha meus pais que me davam de tudo? Nunca precisei me preocupar com nada, mas isso mudou depois dos meus quinze anos.

Uma semana depois do meu aniversário, o helicóptero que eles estavam viajando sofreu uma pane e acabou caindo, matando os dois. Meu mundo desmoronou depois desse dia. Por mais que ambos fossem ausentes, eu os amava muito e eram a única família que eu tinha. Meus avós, de ambos os lados, já eram falecidos.

Eu não tinha mais ninguém na vida além deles. Não havia tios e nem primos.

Uma semana depois do velório deles, passei a sair todos os dias. Chegava em casa quase amanhecendo e totalmente bêbada.

A bebida aliviava a minha e me ajudava a lidar com a perda dos meus pais. Doía muito saber que nunca mais os veria.

Quando estavam vivos, por mais que eu passasse dias sem falar e nem ver eles, eu sabia que eles estavam bem, ou melhor, vivos.

Eu nunca fui de expor meus sentimentos, sempre guardei-os para mim.

Nena morria de preocupação. Eu podia ver em seus olhos quando eu chegava em casa, mas eu não sabia outra forma de lidar com tudo que estava acontecendo.

Em uma das vezes que cheguei, mal conseguindo ficar de pé de tão bêbada, ela conversou muito comigo e me fez entender que minha atitude só prejudicaria a mim mesma. Eu estava acabando com a minha saúde e deixando a vida passar diante dos meus olhos.

Eletricidade do Amor - Série Artimanhas do Destino #3 #wattys2015Onde as histórias ganham vida. Descobre agora