CAPÍTULO 29 - O AMOR CURA

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Estava diante da minha mãe, ou melhor, a mulher que me colocou no mundo, mas diferente de outras mães, ela não agia como uma

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Estava diante da minha mãe, ou melhor, a mulher que me colocou no mundo, mas diferente de outras mães, ela não agia como uma. Senti meu coração lentamente despedaçar, conforme processava suas palavras duras e sem emoção. Ela parecia não se importar nem um pouco com meu sofrimento. Sua expressão é fria, jogando em cima de mim suas verdades: a única, que nunca imaginei. Ela prossegue sem nenhum receio.

— Sei que não sou e nunca fui a mãe que esperava, eu nunca quis ser. — Fala  me olhando nos olhos. — Se seu pai não tivesse insistido tanto, você não teria nascido e nem sofrido.

— Você está… Atribuindo meu sofrimento ao meu pai? — Pergunto sem acreditar, estou em choque.

Ela fica calada, sua face não demonstra nada a não ser vazio. Eu sempre achei minha mãe estranha, mas agora posso ver, que ela é uma mulher fútil, vazia e muito mesquinha. Ela não demonstra nenhuma emoção diante do meu sofrimento. 

— Como pôde? Me vender! Para aquele maldito! Como pôde? — Falo deixando as lágrimas caírem. O nó na garganta não me permitia respirar direito.

— Ele queria você! Ele podia ter qualquer mulher, mas ainda sim, preferia você! Uma menina sem graça e patética, bobona! — Ela fala com certo desdém apontando para mim, parecendo inconformada. — Ele era fissurado em você, sempre por perto, olhando e te desejando. Eu acreditei que, seria o melhor para você, achava Cristiano um homem viril, tinha certeza que ficaria bem com ele. Olho nos olhos dela sem acreditar.

— Ficar bem? Quantas vezes me viu machucada, sem forças, magra demais, porque ele me mantinha presa! Como isso é estar bem? — minha voz treme tentando jogar o bolo que sinto na garganta, para fora. — Quantas vezes eu te contei o que acontecia comigo e você nunca fez nada para me ajudar, mesmo sabendo de tudo, você continuou fingindo sem ter um pingo de compaixão por mim! 

— Quer que eu seja sincera? — Me pergunta batendo as mãos na mesa. — Eu pouco me importava e me importo com você. Eu nunca te desejei, nunca quis ter filhos, muito menos uma igual a você: fraca, sem graça… — Fala e posso sentir sua raiva. — Eu te vendi e foi isso, não  questionei o que ele faria, dei sua guarda para ele, porque ele estava me fazendo um favor de cuidar de você, porque eu não iria! Não nasci para ser mãe!

Senti meu coração acelerar e o choro agora era maior, estava sentindo tudo a minha volta desmoronar, suas palavras duras eram como lanças perfurando meu corpo e me acertando em cheio, me fazendo sangrar.

— Mãe… — Falo com o rosto banhando em lágrimas.

— Não gaste essa palavra comigo, para mim, ela não tem significado. — Ela é fria, não se importa com minha dor e agonia. 

— Você me destruiu… — Meus lábios tremem pelo choro, meu rosto está molhado devido às lágrimas.

— Queria dizer que sinto muito por isso, mas não, não sinto. — Um baque, suas palavras me causam.

SOB DOMÍNIO DO MEDO - LIVRO 2 DA SÉRIE DOMÍNIO (EM ANDAMENTO)Där berättelser lever. Upptäck nu