Levamos as sacolas pra dentro e ela terminou de falar.
Pamela- não sei se eu tava louca ou realmente tinha alguém me seguindo de moto.
Geleia já pegou a arma e saiu pra fora.
Pamela- calma! Eu já dei um jeito! Entrei no estacionamento de um supermercado e fiquei esperando, depois a moto saiu e eu fui fazer compra.
Geleia voltou e abraçou ela.
Eu- quem tava perguntando por você no morro?
Pamela- eu não sei, ordens de cima, tive que ficar escondida no carro, uma amiga que dirigiu até a saída, e depois deixei ela na metade do caminho. Tão em cima de todo mundo lá, eu ainda não acredito que ele fez isso.
Eu- nem eu, mesmo não confiando nele, eu confiei porque achei que ele queria o bem dela.
Pamela- e cadê ela?
Eu- la em cima, trouxe o celular?
Pamela- sim tá no carro.
Eu- leva pra ela por favor.
Ela pegou no carro e levou.
Larissa pov-
A porta abriu devagar e ouvi umas batidas.
- foi aqui que pediram um celular?
Olhei pra minha melhor amiga e fui correndo abraçar.
Ok estou carente.
A gente sentou na cama.
Peguei o celular.
Pam- e como você tá?
Eu- confusa, não sei direito oque aconteceu, Edu não faz nenhum esforço pra me dizer.
Pam- ele só não quer te magoar, mas acredito em tudo que ele diz porque eu vi com meus próprios olhos.
Eu- eu quero ouvir todos os lados da história.
Pam- ok, não vai sair desse quarto?
Pensei um pouco.
Pam- você não tá presa não amiga, porra é o Edu.
Eu- eu não confio em mais ninguém.
Pam- eu trouxe algumas coisas pra gente comer, vamos andar pelo mato, ouvi falar que tem vários lugares bonitos por aqui.
Eu- então eu só vou tomar um banho.
Pam- pode usar minhas roupas também, igual sempre, amanhã vou comprar mais, não deu pra comprar muita coisa hoje.
Eu- tá ótimo, obrigada.
Ela saiu e eu tranquei a porta.
Peguei o celular e liguei pro meu pai, pelo menos o meu chip Edu me devolveu.
Pai- pelo amor de Deus onde você tá?
Ouvia a voz da minha mãe no fundo, mas não entendi.
Eu- sei lá, Edu me trouxe pro meio do mato pra me proteger. Pai, oque aconteceu?
Pai- é isso que quero saber.
Eu- tentaram me matar, atiraram no carro do Edu e quase não sai viva do morro.
Pai- falei com o Lelê, ele disse que o Eduardo tentou tomar o morro.
Eu- não faz sentido.
Pai- tenta saber onde você está, que eu vou dar um jeito de tirar voce dai.
Eu- ok Pai.
Pai- senti sua falta.
Eu- eu também, como tá minha mãe.
Mãe- oi meu amor.
Eu- sinto sua falta, já faz muito tempo que não te vejo, desde o começo da sua gestação.
Mãe- eu tenho uma coisa pra te contar, seu irmãozinho nasceu.
Aí meu Deus.
Eu- eu tenho que conhecer ele.
Acabei chorando com a emoção.
Eu- pelo menos uma notícia boa.
Mãe- ele se chama Bento. Queria muito você aqui comigo.
Eu- logo logo, vai dar tudo certo.
Mãe- Te amo.
Eu- amo vocês.
Ouvi a voz da Pamela e avisei para meu pai que depois ligaria.
Pam entrou com as roupas.
Pam- não posso ir na sua casa, então isso é tudo que nos temos.
Ela viu minha cara toda vermelha.
Pam- porque ta chorando?
Eu- não é nada, só quero minha vida de volta.
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A Princesa da Favela
Action"O amor governa seu reino sem regras." O maior problema é ser filha de alguém que matou muita gente, é ser herdeira de um lugar ruim, é ser o principal alvo de toda vingança. O maior problema se chama Larissa Oliver. . . . . #Continuação #APolicialN...