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Tem muita coisa ruim passando pela minha cabeça e não consigo sair da cama.

Eu não devia ter atirado nele, estou indo longe demais querendo provar ser oque não sou.

As semanas foram passando rápido e meu pai disse que está ansioso pra chegada do meu irmãozinho.

Minha mãe até chora de pensar que esta chegando a hora, deve ser os hormônios da gravidez.

Leandro pov-

Falei para o Eduardo me encontrar bem mais cedo onde vai ser a reunião, queria conversar.

Edu- e então?

Odeio esse cara.

Eu- a gente tem que tirar ela disso.

Ele sabe que tô falando da Lala.

Tá na cara que ele não tá gostando disso.

Eu- ela é muito boa nisso, mas isso tá destruindo ela.

Edu- é claro, e você tá super preocupado? Ou só quer ficar na frente de tudo e não quer admitir?

Que babaca.

Eu- eu não quero isso pra ela, ela tem uma vida inteira pra fazer oque ela gosta, ir atras dos sonhos dela, mas se ela morrer aqui, acaba aqui!

Edu- E porque você acha que eu iria te ajudar nisso?

Eu- porque você também não quer ela aqui.

Eduardo pov

Primeiro eu pensei que poderia ser um teste, que ela está me testando.

Pensei em contar pra ela, mas ela não acreditaria em mim.

Então deixei ele falar o plano e ver no que daria.

Eu aceitei porque, se for pra tirar ele depois, eu teria mais coragem, eu nunca mataria minha princesa pra assumir o morro, mas pelo jeito ele sim.

Horas depois vi ela entrando e não consegui prestar a atenção em nada.

Eu pensei muito e eu vou fazer oque o Leandro me pediu porque eu quero me aproximar dela e eu quero o morro também.

Esperei todo mundo sair só pra falar com ela.

Ela me viu.

Princesa- a perna ainda dói?

Ela que me deu um tiro e agora pergunta assim de boa?

Eu- sim, graças a você.

Ela riu.

Não dói na verdade.

Princesa- quer me falar alguma coisa?

Eu- você quer mesmo que eu fale oque eu quero?

Fui até ela e ela deixou as coisas da mesa.

Eu- a gente tá de boa agora, do mesmo lado, você não precisa me ignorar.

Princesa- não tô ignorando você!

Sussurrei.

Eu- mas se quiser dormir comigo é só falar.

Ela sorriu.

Eu- eu faço massagem.

Princesa- as putas não tão dando conta?

Sorri.

Eu- você é mais gostosa.

Princesa- não pegou nenhuma doença não?

Eu- eu me cuido.

Princesa- que nojo.

Ela riu e saiu.

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Uma semana depois

Larissa pov-

Acordei com a notícia que estavam invadindo.

Não sei se era a polícia ou o sul.

Me preparei pra descer o morro.

Mas a porta de casa abriu e Eduardo entrou com uma arma, apontando pra mim e pegando de surpresa.

Eu- oque tá fazendo?

Edu- só vem comigo!

Não deu tempo de revidar.

Sai com ele e entrei no carro, os tiros continuavam pelo morro, Eduardo estava correndo com o carro.

Edu- abaixa!

Abaixei e atiraram no vidro, quebrou todo na minha cabeça.

Foi um caminho longo pra sair do morro.

Ele me deu um saco pra colocar na cabeça.

Eu- não vou colocar essa merda!

Edu- coloca logo porra!

Vi que uma bala passou de raspão no braço dele e acertou o banco do carro.

Coloquei na cabeça e encostei no banco.

Eu não sei oque tá acontecendo.

Mas eu acabei dormindo, o caminho parecia longo e foi.


A Princesa da FavelaOnde histórias criam vida. Descubra agora