12 ▪O COMEÇO▪

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◇━━━━━◇❃◇━━━━━◇Litália◇━━━━━◇❃◇━━━━━◇

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Litália
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Sentei sobre a cama enquanto observava a parede como se houvesse algo interessante ali, no decorrer da tarde, eu havia decidido tomar um banho e me deitar para descansar um pouco, porém o sono não vinha e só o que pude pensar; foi no que ocorreu hoje mais cedo.

O dia já havia passado e a noite se instalado, mas meus pais ainda não haviam chegado, e se tivessem, ao menos a mim não haviam procurado.

Eu já estava sozinha em meu quarto a algum tempo e os ponteiros do relógio marcavam que agora eram exatamente oito horas da noite.

Os meus pés cobertos pelo tecido fino da meia arrastavam silenciosamente no chão enquanto minhas pernas faziam questão de manter apenas meus dedos passarem pela superfície gelada, minhas pernas brincavam de um lado para o outro enquanto meus olhos continuavam perdidos pelo quarto muito pouco conhecido.

Desde o acontecimento de hoje mais cedo eu me sentia estranha, um aperto em meu peito e uma voz que ao fundo dizia que a culpa era totalmente minha, mesmo eu me convencendo do contrário disso tudo.

Os rostos dos irmãos Houpes não saiam de minha cabeça e estavam cravados em minha lembrança como algo colocado lá propositalmente. Kaira, Nael e...

- Litália. - As cortinas de meu quarto sacodem através do vento, meus olhos pousam em duas safiras azuis.

- Nialli... - Sussurro olhando o rapaz a minha frente. - Entrou pela janela... - Ri baixo enquanto tentava raciocinar o porquê de ele estar aqui. Levantei de minha cama sentindo a brisa gelada da noite que entrava pela fresta aberta da janela.

- Acho que estava te devendo isso. - Esticou sua mão para mim onde havia um pequeno artefato entre seus dedos.

- Meu chaveiro...

- Sim. - Sorriu largamente. - Me parecia importante.

- Sim, ele era. - Recolhi em minhas mãos e passei os olhos perante todos os detalhes, era idêntico ao meu antigo, mas já não terá o mesmo valor que o mesmo. - Mas...

- Não é o mesmo. - Pareceu ter sensatez em sua voz, confirmei sentindo meus olhos arderem.

Eu nunca havia recebido muita atenção de meus pais, nunca tive o mínimo de carinho direcionado a mim, me acostumei a ser um obstáculo na vida de qualquer um.

- Sinto muito. - Tocou em minhas mãos e somente assim pude sentir sua pele áspera em contato com a minha, e como um reflexo, me afastei ligeiramente me fazendo ficar totalmente sem jeito assim como o mesmo. - Eu não sabia que não...

- Tudo bem, tudo bem. - Minhas palavras são como ótimos tropeços só demonstrando que eu estava repleta de nervosismo e tensão.

Meus olhos passaram pelo rosto do rapaz que estava em uma carranca demonstrando sua dúvida e incerteza.

Abismo da Insanidade - A Saga Dos Caçadores (BISSEXUAL)Where stories live. Discover now