- E então, não tinha reuniões importantes hoje? - Ela sentou em uma das cadeiras, fiz o mesmo.

- Ainda tenho. - Comecei a tirar as coisas da sacola, ela abriu um pouco mais os olhos quando percebeu de onde é o almoço.

- Eles disseram que eu não deveri...

- Eles são idiotas. - Deslizei a sacola do McDonald's para ela. - Foi por isso que não tomou café da manhã?

- Não, eu só estava atrasada. - Ela analisou a sacola. - Isso vai me deixar inchada. - Eu sabia, malditos fotógrafos de super marcas.

- Não vai não. - Comecei a desembrulhar lentamente o hambúrguer. - Eu sempre como isso antes das fotos...e depois também. - Ela abriu um sorriso.

- Eu não acredito em você, tem uma super dieta. - Ela revirou os olhos.

- Sim, eu tenho, mas às vezes a coisa mais próxima de mim é um hambúrguer. Prometo que não vai estar fazendo nada errado se comer agora. - Ela me analisou por um momento, e começou a desembrulhar a sacola.

Para a minha surpresa, tudo o que ela menos quer é ficar em silêncio, em minutos me contou tudo sobre as fotos e sobre as roupas anteriores. Gosto do jeito que ela explica as coisas, e do jeito que fica entusiasmada quando fala sobre algo que realmente gosta.

- Eles me deixaram ficar com aquele também. - Ela apontou para um moletom verde neon.

- Bom, é ótimo para quando quiser sair na rua e ser reconhecida imediatamente. - Ela empurrou meu ombro.

- Eu gostei, é o que importa. - Deu de ombros.

- Exatamente. - Toquei o nariz dela com a ponta do dedo indicador, ela sorriu, tímida.

Terminamos em silêncio, peguei meu celular para tentar responder Mary, mas desisti no momento em que vi cinquenta mensagens, apenas respondi que seria mais fácil tratar dos assuntos pessoalmente.

- Obrigada por me trazer o almoço. - Ela sorriu, desviei a atenção do celular, sorrindo igual a um adolescente idiota.

- Sempre que precisar. - Ela mantém o sorriso.

Eu beijaria ela agora, mas pelos últimos acontecimentos não sei se ela pensa o mesmo, depois do assunto sobre não querer dormir na mesma cama, não consigo realmente superar um fora dela.

- Então, sobre a nossa ida a Nova York e Washington. - Comecei a puxar um assunto totalmente diferente.

- Só Nova York. - Franzi o cenho. - Não vou para Washington.

- E por que não? - Eu não consigo pensar em nenhum motivo plausível.

- Porque meu sobrinho está para nascer no final de novembro, e é bem quando vamos estar lá, quero estar aqui, então...só vou para Nova York. - Totalmente compreensível.

Gosto do jeito que ela pensa na família, mas estou chateado, obviamente isso é egoísta da minha parte, mas realmente queria ela comigo.

- Tudo bem, sem problemas. - Não senti que ela estava muito segura disso. - É sério, a família é importante. - Sorri, ela assentiu.

- Estou ansiosa para o show. - Ela está realmente ansiosa, esqueço que ela é uma fã.

- Você vai adorar, a energia é incrível, bom, meus shows são sempre incríveis. - Ela deu uma risada sarcástica.

- Não se ache o dono do mundo, Styles. - Segurando o riso, nem eu mesmo poderia ficar sério.

Entramos em uma breve discussão sobre eu me achar o dono do mundo, enquanto eu me seguro para não beijar ela e tentar convencer ela de todas as formas possíveis a ir para o sofá comigo, ela mexe nos cabelos como se não estivesse entendendo ou sentindo a tensão entre nós a cada toque e a cada frase.

Don't let me go • Harry StylesDonde viven las historias. Descúbrelo ahora