❝ ᴡᴇ ᴀʀᴇ ᴀ ꜱᴇᴄʀᴇᴛ, ᴄᴀɴ'ᴛ ʙᴇ ᴇxᴘᴏꜱᴇᴅ ❞
↬ Ter o título de melhor juíza e detetive do estado parecia ser mesmo um sonho, mas as circunstâncias que levaram a tão falada 𝐒𝐂𝐀𝐑𝐋𝐄𝐓𝐓 𝐉𝐎𝐇𝐀𝐍𝐒𝐒𝐎𝐍 a esse posto não eram exatamente tão boas assim...
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Nassau, Bahamas, Caribe 17 de fevereiro, 9h
C H R I S
Havia algumas coisas na vida que eu nunca me cansaria de fazer. Algumas delas, agora, se resumiam a Scarlett. Coisas como surpreendê-la, como eu fiz ontem, fazê-la e ouvi-la rir, como tenho continuado a fazer desde que cheguei aqui, e cuidar dela como se fosse a joia mais rara desse universo inteiro, e de muitos outros.
Eu a tratava como uma boneca de porcelana, sim, e não me cansava disso, mesmo sabendo como ela ficava irritada com esse tratamento algumas vezes. Mas ela merecia, e era o meu jeito de ser com quem eu gosto. Ainda mais quando ela ainda estava de observação médica.
Os pontos podiam estar fechando bem, mas, com certeza, era porque ela não estava se cuidando por si só. Se fosse por sua teimosia, eu sei que já teriam estourado várias vezes, e além da bronca do médico e enfermeiros, ela levaria uma minha. E esse foi um dos nossos tópicos de conversa ontem, por ela ter cuidado tão bem do ferimento sozinha. Ainda conseguia ouvi-la falar “não sou um bebê, Chris”.
— Do que você está rindo? — A ouço perguntar, deitada na espreguiçadeira, na sombra, e só consigo rir ainda mais.
— Estava lembrando de algumas coisas. Nada demais.
— Terminou seu café?
— Sim senhora. — Respondo, sentindo seu tapa na minha perna. — Você está ficando cada vez mais agressiva, sabia?
— Sabia. Lide com isso ou morra tentando. — Ela rebate, deixando seu copo de suco sobre a bandeja.
— Odeio você.
— Não foi o que você quis me dizer seis dias atrás.
— Mas eu não disse, então eu posso te odiar.
— Continua fingindo, meu benzinho. Se isso vai massagear seu ego…
Não consigo conter meu riso com a sua resposta tão sincera e calma, e isso a fez rir também. Assim que me recuperei, chamei o garçom para levar as bandejas que foram do nosso café, e vi Scar já juntar os seus itens na bolsa. O protetor de rosto, o de corpo, o da cicatriz, a gaze dos curativos, celular, carregador portátil e outras pequenas coisas que ela trouxe.
Com tudo organizado,nós dois nos levantamos juntos. Permaneci com a bermuda folgada e o torso exposto, deixando as tatuagens, cobertas com protetor solar forte, também expostas. Scarlett abotoou minha camisa no próprio corpo, usando quase como um vestido e cobrindo principalmente o seu curativo, onde não podia levar sol.
— Você fecha toda a camisa e deixa aberto justamente aí? — Pergunto, vendo três botões abertos, lhe dando um decote perfeito e uma excelente vista dos seus seios.
— Você vai andar por aí de bermudinha e sem camisa. — Ela rebate, e eu engulo todo e qualquer argumento que sequer pensei em dar.
Era assim agora. Eu mal conseguia respondê-la sem que ela me dissesse o óbvio e eu fosse obrigado a calar a boca. Mas o que eu poderia fazer? Se a minha mulher manda, eu obedeço.
