Twenty-Eight

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Yiren Narrando

Sinto meus olhos pesarem mas queria muito abri-los.
Ainda desnorteada, sinto uma grande ardência ao abrir meus olhos, pisco frequentemente tentando me acostumar com a grande claridade repentina.

Percebo que estava em um local diferente, era um quarto, cinza e branco. Limpo, fresco e confortável. Estava em uma cama com lençóis brancos e com cheiro de baunilha. Havia um closet ao lado da cômoda do lado esquerdo da cama. Do lado direito havia outra cômoda e uma escrivania no canto. Havia uma pequena estante de livros e duas portas. Creio que uma seja a saída e a outra o banheiro. Havia uma varanda, estava coberta com cortinas cinzas e pesadas, mas tinha uma pequena brecha onde se via um pequeno pedaço do céu claro.

Olho para mim mesma dos pés a cabeça. Estava com uma camisa social de tom rose em que mais parecia um vestido em mim. Sentia meu corpo dolorido e minha garganta extremamente seca. Sentia pequenas pontadas na barriga e um enjôo repentino.

A porta da frente é aberta revelando Younghoon que ao me ver logo vem até mim.

Ele estava com uma roupa simples que o deixava com uma aparência pura e fofa. Usava uma grande camisa com mangas longas de lã branca, e uma calça jeans simples, preta. Seus cabelos estavam caídos e sedosos. Tava na cara de que havia acordado a pouco tempo atrás mas ainda sim parecia fresco.

⎯ Está melhor? ⎯ Ele se aproxima sentando ao meu lado.

Faço um sim com a cabeça. Ainda estava com o enjôo ⎯  que aumentava cada vez mais, porém não achei relevante contar nesse momento. Acho que deveria saber o que havia acontecido primeiro.

⎯ Você me assustou. ⎯ ele respira aliviado.

⎯  O-o que aconteceu? ⎯ ele me encara confuso.

⎯ Você não lembra? ⎯ balanço a cabeça. Ele parecia preocupado.
⎯ Ontem, depois das filmagens, eu a chamei para jantarmos no terraço do prédio abandonado. Estava tudo indo bem, a gente... Nos conhecemos bastante naquele momento mas você ficou estranha do nada, se levantou de uma vez e foi embora. Mas você caiu no chão, e começou a chover. Fui ajudá-la mas você tomou um remédio estranho e desmaiou.

Começo a me lembrar, de cada trecho, momento, minutos, segundos. As risadas, olhadas, conversas. Do cheiro dos salgados e doces... Da mensagem. Cada vez mais me sinto em um beco sem saída, onde a minha frente tem tubarões violentos em um mar tenebroso, e atrás, leões famintos.

⎯ Eu vi o remédio, é... Sedativo. Anda os tomando? ⎯  O encaro de uma vez.

⎯ Tomava. Parei faz algumas semanas mas não tive coragem de me desfazer. ⎯ Ele morde o lábio inferior, me olhando de uma forma indecifrável, parecia pena mas também parecia compaixão. Como se em todos os sentidos ele me compreende-se.

⎯ Seu tornozelo, ainda dói? ⎯  O mexo um pouco mas não sinto nada. Então balanço a cabeça em discordância. ⎯ Deve estar com fome. Eu preparei algo leve, vamos. ⎯ Ele se levanta e estende a mão para mim.

Aceito sua ajuda para levantar mas meu corpo começa a demonstrar o que eu estava sentindo na barriga se contraindo. Mas finjo que nada estava acontecendo para não preocupá-lo.

Ele me leva entre um corredor até uma grande sala americana. Havia dois sofás grandes ao lado, uma TV e uma mesa de centro. E uma grande janela cobrindo toda a parede. A cortina estava aberta revelando o grande céu claro e prédios ao lado.  Ao lado um balcão, móveis e itens de cozinha, e ao lado uma mesa.

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