Seis

838 54 8
                                    

Aqui está mais um capítulo, espero que gostem.

Votem e comentem caso gostem.Obrigada!

Boa leitura!

Carolina(Carol)

Acordei no dia seguinte cheia de sono. Levantei-me e olhei-me ao espelho quando bateram à porta.

-Pode entrar-falei.

-Bom dia querida-o meu pai entrou.

-O que é que estás aqui a fazer?-perguntei.

-Eu queria pedir desculpa pelo que aconteceu ontem e...

-Pedir desculpa não apaga o me fizeste.Eu sou tua filha...a tua revolta para com a Beatriz é tão grande que tu ficas cego, não vês mais nada à tua frente e...

Interrompi-me a mim mesma assim que vi o meu pai a sentar-se na beira da minha cama.

-O que se passa pai?-perguntei sentando-me ao seu lado.

-Nada,eu...-olhou para mim-eu confesso que talvez tenha exagerado quando falei sobre a Beatriz.Eu arrependo-me profundamente por te ter batido, desculpa filha.

-Eu desculpo mas não esqueço-falei.

-Obrigado filha-abraçámo-nos.

Depois do meu pai sair do quarto,eu fiz a minha higiene matinal, vesti-me e desci para o pequeno almoço.

-Bom dia querida-falou Beatriz assim que entrei na cozinha.

-É...bom dia-falei sentando-me à mesa sem olhar para ela.

-Está tudo bem Carol?-perguntou sentando-se à minha frente.

-Tudo ótimo-falei levantando-me.

-Carol...?-agarrou na minha mão.

-Largue-me-falei e ela logo largou a minha mão-eu preciso de ir.

Vi que Beatriz se surpreendeu com aquela minha atitude,mas não liguei para isso e saí.

Precisava de espairecer as ideias.

Talvez o meu pai tenha razão,talvez o melhor a fazer seja eu me afastar de Beatriz,talvez ela não seja tão boa pessoa como eu pensava que era.

Eu adoro-a, mas talvez esta seja a melhor atitude a tomar.

Miguel

Saí de casa para pensar na vida.

Eu ontem fui às 16:30 horas da tarde para a gelataria e esperei horas pela Carolina,a minha Deusa,mas ela não apareceu.

Eu quero tanto tê-la só para mim,quero que ela seja minha,mas pelo que eu já percebi ela é uma rapariga muito difícil e teimosa.

É claro que ela nunca iria querer ter nada comigo, eu sou simples e ela acha-me um idiota, já ela é perfeita.

-Aii-vou contra alguém.

-Desculpa,eu...-olhei e vi-a,era ela.

-Miguel?

-Carolina?

Encarámo-nos por uns segundos até eu decidir falar.

-Pensei que ontem...

-Desculpa...-olhou para mim-eu não estava preparada, eu ainda não te conheço bem.

-Então...-coçei a parte de trás da cabeça-e se fossemos almoçar juntos?Quer dizer...sempre nos podíamos conhecer melhor-sorri-aceitas?

-Humm...sim aceito.

Fomos os dois até um restaurante próximo de onde estávamos, onde pedimos o nosso almoço.

-Então...-comecei-eu não tenho muito jeito para estas coisas-sorri tímido.

-Podemos jogar ao jogo das vinte perguntas-falou ela com aquele sorriso contagioso.

-Acho isso divertido-sorri-então vamos jogar como se não nos conhecêsse-mos.

-Ok-sorriu outra vez-como te chamas?-fez a primeira pergunta.

-Miguel e tu?-perguntei.

-Carolima-encarámo-nos-qual a tua cor favorita?

-Azul e a tua?-perguntei.

-A sério?a minha também.

-Tipo de música?-olhei nos seus olhos.

-Eu gosto de tudo um pouco-falou comendo a sua comida.

Passámos o almoço a jogar e depois de nos conhecer-mos melhor conversámos sobre diversas coisas,desde passatempos, séries etc...Descobri também que ele tem 20 anos, ele é três anos mais velho que eu e não parece.

Quando reparámos já passavam das 15:30 horas da tarde e nós ainda estávamos ali sentados a conversar.

Depois de mais alguns minutos à conversa dicidimos ir embora.

-Queres que te leve a casa?-perguntei quando saímos do restaurante por volta das 16:45 horas da tarde.

-Não é preciso-sorriu.

-Eu faço questão-olhámo-nos-não quero que te percas-sorrimos.

-Acho que numa cidade tão pequena como esta é um pouco difícil de nos perdermos-rimos-mas já que insistes tanto eu aceito-rimos das suas palavras.

Fomos caminhando até sua casa e quando parámos eu acho que devo ter deixado cair o meu queixo algures no chão.

-É esta a tua casa?-perguntei incrédulo.

-É eu sei,um pouco grande-ambos olhámos na direção da casa.

Aquela casa era enorme.Era uma casa antiga mas moderna, era branca e tinha um enorme jardim à sua volta.Deus...

-Bem, eu acho que...-falou.

-Humm...-aproximei-me dela e peguei na sua cara.

-O que estás a fazer?-perguntou num sussurro.

Aproximei-me dela e encostei a minha testa na dela e encarámo-nos.

-Até amanhã Carol-beijei a sua bochecha e vi a sua cara corada.

-Até amanhã-falou e virou costas entrando no enorme portão de sua casa.

A cada passo seu,a cada centímetro de distância eu sentia-me só.Faltava-me ela para me completar, faltava o seu sorriso,as suas brincadeiras,o seu cheiro, o seu toque.

Vi-a entrar em casa e após alguns segundos a observar o vazio virei costas e fui para casa onde passei o resto da tarde no meu quarto a pensar no melhor almoço da minha vida.

Truth or ConsequenceWhere stories live. Discover now