❝ ᴡᴇ ᴀʀᴇ ᴀ ꜱᴇᴄʀᴇᴛ, ᴄᴀɴ'ᴛ ʙᴇ ᴇxᴘᴏꜱᴇᴅ ❞
↬ Ter o título de melhor juíza e detetive do estado parecia ser mesmo um sonho, mas as circunstâncias que levaram a tão falada 𝐒𝐂𝐀𝐑𝐋𝐄𝐓𝐓 𝐉𝐎𝐇𝐀𝐍𝐒𝐒𝐎𝐍 a esse posto não eram exatamente tão boas assim...
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North End, Boston 11 de fevereiro, 18h
S C A R L E T T
Dias de espera finalmente foram sanados. E valia a pena ter aguardado tanto tempo. O julgamento finalmente teve data marcada, a sentença de Caroline sairia na próxima sexta. A decisão teve que ser tomada por pressão na convivência dela. As outras presidiárias não estavam muito confortáveis com alguém como ela lá dentro, e tentaram fazer a própria justiça antes de nós, duas vezes. Felizmente foi impedido.
Agora estavam organizando o júri, e Chris e Betty estavam revisando os assuntos obre o caso, para não perder ou esquecer pontos importantes, e nem cometer qualquer erro. Sabíamos que ela já tinha uma sentença dada. Após sua própria confissão, era mesmo tudo uma questão de tempo até que ela recebesse sua pena, mas qualquer erro da acusação e a defesa poderia pedir um encurtamento na pena dela. E esse risco não poderíamos correr.
E agora que as coisas pareciam estar finalmente fluindo e nós não estávamos presos a uma data, eu finalmente estava arrumando minhas malas para o início das minhas férias. Pela época, havia escolhido ir para Bahamas, e ficaria por 15 dias para aproveitar o fim do verão lá. A época estava perfeita, com as praias mais vazias e um sol ameno.
O único problema era mesmo Chris. Por mais que a decisão das viagens tivesse sido tomada por mim e conversada com ele por um bom tempo, quando recebemos a notícia da data do julgamento e eu comentei sobre as minhas férias, percebi o quão sério ele ficou. Não queria que aquilo fosse um empecilho entre nós, mas sentia que estava começando a ser.
E era por isso que agora eu estava ansiosa. Meu voo seria as dez horas de hoje e ainda não havíamos nos visto. Eu não sabia se ele viria aqui após o trabalho, pois ele não havia mando quaisquer mensagens. Não queria estar nessa fase outra vez, não quando imaginei termos passado a parte difícil, mas sabia que em algum momento teríamos outra longa conversa.
O toque do meu celular me despertou daqueles pensamentos, e eu levantei do chão, indo até a cama e pegando o aparelho. Não pude evitar de sorrir ao ver o apelido e foto do loiro ali. Só então atendo a chamada.
— Scar? Amor? — O ouço falar com a voz ruidosa.
— Oi! Onde você está?
— Qual a senha da porta?
— Que porta?
— A sua porta, gênio. Estou aqui fora e levando chuva porque esqueci!
— Chris! Céus.. É 2712. — Aviso, já caminhando até o meu banheiro para pegar uma toalha.
— Entrei. Desce.
Ele desliga a chamada sem me dar a oportunidade de responder. Deixo o celular em cima da cama e saio do quarto com a toalha em mãos, o encontrando no hall de entrada da casa. Seu sobretudo, blazer e gravata já estavam no chão, e agora ele tirava os sapatos e desabotoava a camisa. Estava realmente encharcado.
