𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 11

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Eu estremeço.

— E você me terá, eu pertencerei a você, Helena. -ele diz.

Eu suspiro.

— Eu posso ajudá-lo com a sua corte. -digo.

Ele piscou.

— Fui bem treinada, aprendi a alta contabilidade, aprendi sobre finanças, sobre governo e altas leis, aprendi a aplicá-las e a não me perder em um julgamento, eu aprendi muitas coisas. —digo— aprendi coisas de regentes, os deveres e cláusulas, aprendi tudo, posso ajudá-lo no que precisar.

— Sabe como governar uma capital? Um continente? -ele questiona.

— Sei tudo o que preciso saber e mais um pouco. —assenti— minha mãe me ensinou boa parte antes de ela... De ela partir, aprendi muito com ela, demais.

Seu polegar acaricia a minha mão.

— Pode dizer que não, mas eu sei que como sua esposa, o meu dever é apoiar o meu marido mesmo se ele estiver errado, e eu tentarei abrir seus olhos para o certo, sei que deverei amá-lo, o satisfazer e cuidar da casa, ou da corte, como preferir. -digo.

Ele abre a boca.

— Desde pequena eu fui treinada para saber planejar bailes, almoços e jantares, fui treinada para saber rir em uma conversa, saber analisar e dar a minha opinião. —digo— e acredite, se dependesse do meu pai eu teria aprendido a ser quieta e submissa, mas a minha mãe se encarregou de me ensinar a ser uma governante mesmo eu não tendo um reino ou algo do tipo, ela me ensinou a ter voz e minhas opiniões, meus argumentos, me ensinou a ser afiada como uma navalha, ela me afiou para cortar qualquer um quando fosse necessário.

— E você faz isso muito bem. -ele assente.

— Tenho capacidade para ajudá-lo, não sou inexperiente. Sou bem dotada.

— Eu tenho certeza disso.

— Eu fui treinada até mesmo para saber como.. —eu corei— como satisfazer alguém na cama, mesmo não querendo aprender nada sobre isso.

Ele me encara, sua expressão se tornando séria.

— Me diga por favor que não a forçaram a testar o que aprendeu em um homem. -ele diz.

Eu desvio o olhar.

— Helena...

— Eu fugi. —digo— eu não aguentei aquilo, não aguentei o que queriam que eu tentasse fazer, ainda mais com um homem como o que puseram na sala, eu... Deuses, eu senti tanto nojo...

Ele apertou a minha mão.

— Mesmo não querendo, eu sei cada passo para o enlouquecer mesmo eu querendo todos esses anos ter esquecido cada maldita tática.

Ele se ergue e eu também, ele fica diante de mim.

— Eu não quero a Helena submissa que eles forçaram você a tentar ser. —ele nega— eu quero a minha Helena, quero a que questiona tudo e rebate tudo, a que me pergunta muitas coisas,  a curiosa e de caráter impecável, a forte cheia de comentários feministas.

Ele beijou a ponta de meu nariz.

— Eu quero a minha Helena, apenas ela. —ele sorriu de lado— e se quer me ajudar a governar uma corte, tudo bem, governe ao meu lado.

Ele acariciou o meu rosto.

— Mas eu quero que nunca finja ser outra pessoa perto de mim, comigo eu quero você, apenas você, sem nada, sem máscaras de boa conduta, quero a minha doce Afrodite. -ele diz.

Eu o beijo, ficando na ponta dos pés, suas mãos envolvem a minha cintura, me puxando mais para si.

Com ele eu posso ser eu mesma.

Sua língua se enrosca com a minha em uma valsa.

Então, ouço uma voz explodir por todos os lados da casa.

— Rhysand?? Seu bastardo!

Nós quebramos o beijo e o grão-senhor suspirou.

— Quem lhe chamou de bastardo? -ergo uma sobrancelha, um olhar sério.

Ele me encara, então, bufou um riso.

— Meu irmão, meu amor, é uma brincadeira interna que fazemos. —ele disse— não precisa planejar matá-lo.

Descarto a ideia de cordas e facas.

— Eu jamais pensaria em uma coisa assim. -falei.

Ele me encara com divertimento.

— Vou fingir que não vi um foço fundo e escuro em sua mente, onde você jogaria o corpo. -ele disse.

Eu o encaro.

— Como sabe?

Um grande macho adentrou a sala, tão enorme que decidi me esconder atrás do grão-senhor e planejar uma forta de abatê-lo caso me atacasse.

Com grandes asas de morcego e cabelos até os ombros, os olhos amêndoa do macho cintilaram e ele sorriu arrogante para Rhysand.

— Agora me fala, onde estava nesses últimos meses? Desgraçado.

Um suspiro de Rhysand.

— Estava me apaixonando.

— Pelas tetas da mãe.

O que é isso?

*Até o próximo capítulo ☄️ deixem seu comentário e seu voto pfvr ☄️*.

Corte De Para Lorde Rhysand Com Amor Where stories live. Discover now