Eu estremeço.
— E você me terá, eu pertencerei a você, Helena. -ele diz.
Eu suspiro.
— Eu posso ajudá-lo com a sua corte. -digo.
Ele piscou.
— Fui bem treinada, aprendi a alta contabilidade, aprendi sobre finanças, sobre governo e altas leis, aprendi a aplicá-las e a não me perder em um julgamento, eu aprendi muitas coisas. —digo— aprendi coisas de regentes, os deveres e cláusulas, aprendi tudo, posso ajudá-lo no que precisar.
— Sabe como governar uma capital? Um continente? -ele questiona.
— Sei tudo o que preciso saber e mais um pouco. —assenti— minha mãe me ensinou boa parte antes de ela... De ela partir, aprendi muito com ela, demais.
Seu polegar acaricia a minha mão.
— Pode dizer que não, mas eu sei que como sua esposa, o meu dever é apoiar o meu marido mesmo se ele estiver errado, e eu tentarei abrir seus olhos para o certo, sei que deverei amá-lo, o satisfazer e cuidar da casa, ou da corte, como preferir. -digo.
Ele abre a boca.
— Desde pequena eu fui treinada para saber planejar bailes, almoços e jantares, fui treinada para saber rir em uma conversa, saber analisar e dar a minha opinião. —digo— e acredite, se dependesse do meu pai eu teria aprendido a ser quieta e submissa, mas a minha mãe se encarregou de me ensinar a ser uma governante mesmo eu não tendo um reino ou algo do tipo, ela me ensinou a ter voz e minhas opiniões, meus argumentos, me ensinou a ser afiada como uma navalha, ela me afiou para cortar qualquer um quando fosse necessário.
— E você faz isso muito bem. -ele assente.
— Tenho capacidade para ajudá-lo, não sou inexperiente. Sou bem dotada.
— Eu tenho certeza disso.
— Eu fui treinada até mesmo para saber como.. —eu corei— como satisfazer alguém na cama, mesmo não querendo aprender nada sobre isso.
Ele me encara, sua expressão se tornando séria.
— Me diga por favor que não a forçaram a testar o que aprendeu em um homem. -ele diz.
Eu desvio o olhar.
— Helena...
— Eu fugi. —digo— eu não aguentei aquilo, não aguentei o que queriam que eu tentasse fazer, ainda mais com um homem como o que puseram na sala, eu... Deuses, eu senti tanto nojo...
Ele apertou a minha mão.
— Mesmo não querendo, eu sei cada passo para o enlouquecer mesmo eu querendo todos esses anos ter esquecido cada maldita tática.
Ele se ergue e eu também, ele fica diante de mim.
— Eu não quero a Helena submissa que eles forçaram você a tentar ser. —ele nega— eu quero a minha Helena, quero a que questiona tudo e rebate tudo, a que me pergunta muitas coisas, a curiosa e de caráter impecável, a forte cheia de comentários feministas.
Ele beijou a ponta de meu nariz.
— Eu quero a minha Helena, apenas ela. —ele sorriu de lado— e se quer me ajudar a governar uma corte, tudo bem, governe ao meu lado.
Ele acariciou o meu rosto.
— Mas eu quero que nunca finja ser outra pessoa perto de mim, comigo eu quero você, apenas você, sem nada, sem máscaras de boa conduta, quero a minha doce Afrodite. -ele diz.
Eu o beijo, ficando na ponta dos pés, suas mãos envolvem a minha cintura, me puxando mais para si.
Com ele eu posso ser eu mesma.
Sua língua se enrosca com a minha em uma valsa.
Então, ouço uma voz explodir por todos os lados da casa.
— Rhysand?? Seu bastardo!
Nós quebramos o beijo e o grão-senhor suspirou.
— Quem lhe chamou de bastardo? -ergo uma sobrancelha, um olhar sério.
Ele me encara, então, bufou um riso.
— Meu irmão, meu amor, é uma brincadeira interna que fazemos. —ele disse— não precisa planejar matá-lo.
Descarto a ideia de cordas e facas.
— Eu jamais pensaria em uma coisa assim. -falei.
Ele me encara com divertimento.
— Vou fingir que não vi um foço fundo e escuro em sua mente, onde você jogaria o corpo. -ele disse.
Eu o encaro.
— Como sabe?
Um grande macho adentrou a sala, tão enorme que decidi me esconder atrás do grão-senhor e planejar uma forta de abatê-lo caso me atacasse.
Com grandes asas de morcego e cabelos até os ombros, os olhos amêndoa do macho cintilaram e ele sorriu arrogante para Rhysand.
— Agora me fala, onde estava nesses últimos meses? Desgraçado.
Um suspiro de Rhysand.
— Estava me apaixonando.
— Pelas tetas da mãe.
O que é isso?
*Até o próximo capítulo ☄️ deixem seu comentário e seu voto pfvr ☄️*.
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Corte De Para Lorde Rhysand Com Amor
Fantasy𝑃𝑎𝑟𝑎 𝐿𝑜𝑟𝑑𝑒 𝑅ℎ𝑦𝑠𝑎𝑛𝑑 𝑐𝑜𝑚 𝑎𝑚𝑜𝑟 ☄️ Um ano antes de Amarantha é a época em que as cortes estavam em paz, mas não sabiam que a paz acabaria, mas, neste ano de calmaria uma coisa inusitada aconteceu, protegida pela muralha nas terras...
𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 11
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