(7) A vida sem ti...

Start from the beginning
                                    

Soube que nunca mais seríamos os mesmos daquele dia em diante.

[taeyong]

Oh...GOD. Nós fizemos...ah...quer dizer nós tivemos. Yeah...we pretty much did.

Ri levemente para não acordar a Boom.

"És tão linda." Coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha e observei aquele corpo maravilhoso disposto à minha frente.
Beijei-a nos lábios para a acordar. Queria vê-la sorrir e ouvir a sua surpresa e vergonha matinais.
"Uhmm..." Foi a primeira coisa que saiu da sua boca. "Tyong." Ela corou, mas tenho a certeza de que ainda não se situou. "Holy crap..." Agora, sim. LOL
"Yeah, eu sei. Vamos dizer que nós nos esmeramos muito, ontem." Disse num tom brincalhão para que ela se acalmasse. É óbvio que nós tínhamos usado proteção e tudo, no entanto compreendo totalmente o pânico dela. Foi a minha primeira vez. Será que eu fui a primeira dela? "Adoro-te, baixinha. Só tenho olhos para ti." Abracei-a e beijei-a nos lábios. São 9h30 da manhã e não tenho um pingo de vontade de sair da cama, neste momento. "Só quero que saibas o quão importante és para mim, como mencionei ontem. És a primeira que faz o meu coração vibrar desta forma." Beijei o seu nariz repetidamente. "Não me dês por confiante e desavergonhado, eu fiquei muito chocado quando acordei. Foi a minha primeira vez, de qualquer forma..." Sussurrei a última parte e tenho a certeza que as minhas bochechas se ruborizaram.

"Taeyong...também te adoro e, como as minhas bochechas provavelmente já denunciaram, também foi a minha primeira vez. Não tenho dúvidas que foi uma escolha acertada confessar os meus sentimentos por ti e conceder-te a oportunidade de o seres. Foste tão respeitoso em todos os momentos." Ela sorriu, envergonhada.
"Minha linda, vem cá." Puxei-a pela cintura e agora os nossos rostos estavam ao mesmo nível e respetivos corpos colados. Beijei-a, de novo, mas mais intensamente. Nenhum de nós se manteve imóvel. Ambos sentíamos o momento e partilhávamos aquele desejo.
Sentei-me na cama e fiz com que a mesma se sentasse no meu colo entre os nossos necessitados beijos. A nossa respiração estava atribulada, mas nada que nos impedisse de continuar. Abracei-a como pretexto para recuperar o fôlego. E, é nesse momento que ouço movimentação na casa da mesma.
"Boom..." Disse impaciente. "Quando é que os teus pais voltavam mesmo?"
"Ahn?" Esta parou de beijar o meu pescoço bruscamente. "Que horas são, Tae?"
"9h45." Respondi.
"OMG. Eles vêm acordar-me às 10h todos os sábados. Nós temos 15 minutos para fingir que tu ficaste para dormir por causa de um trabalho, okay?"
"Sim, amo- Boom, tu mandas." Gaguejei. E quase me escaparam algumas palavras que seguro dentro de mim já há uns dias.
A Boomi ficou vermelha com esta minha despropositada investida e desconversou.
"Vou-me vestir. Tu também devias." O quarto dela tinha uma casa de banho e ela tencionava correr para lá enrolada nos lençóis. Porém, eu fiz com que ela olhasse para trás. "Ei ei...calma. Eu já vi tudo, para quê tanta vergonha, fofa?" Ela descobriu-me ao puxar os lençóis e, consequentemente, fiquei completamente exposto. "Sim, e tu também." Cocei a nuca e desviei o me olhar um pouco desconcertado pelo seu olhar prolongado. Ela cobriu os olhos com as mãos e disse rápido antes de entrar na casa de banho. "Ai, cala-te, Taeyong. Pelo amor..."

[taeil] - na mesma manhã

A Kyung ficou despedaçada quando a rejeitei ontem...eu não sei o que pensar. Não consegui relaxar, quanto mais dormir, esta noite. Aquilo mexeu realmente comigo.

Será que fui muito duro?

~ flashback ~

"Uau...Tu realmente sabes que palavras usar para acabar comigo."
Ela respirou de forma descontrolada.
"Se é esse o caso. Eu não estou disposta o colaborar nesta amizade. Sabes porquê?" Pausou brevemente e aproximou-se mais de mim. "Porque cansei de esperar que reparasses em mim e de suprimir os meus sentimentos. Dói, Taeil. Dói muito, não te poder amar da maneira como sempre sonhei! Não seria capaz de te ver todos os dias, como se os sentimentos que nutro por ti não existissem. Desculpa, mas a nossa amizade acaba aqui." Ela terminou e foi embora, batendo a porta atrás de si.

~ fim do flashback ~

O tempo todo em que esta falou, fiquei, estupefacto, a assimilar as suas palavras juntamente com a sua dor. O meu coração apertou. Eu nunca imaginei que ela se sentia dessa forma.

Eu nunca reparei...Nem mesmo quando a Dokyung se aconchegava no meu peito para ver filmes.
Ou deitava a cabeça no meu colo e me olhava enquanto eu lia, depois de chegar a casa, vinda da faculdade.
Ou quando ela sabia e cozinhava as minhas comidas favoritas, cuidava de mim sempre que ficava doente e me consolava por variadas razões.

Ela sempre esteve lá, e foi bem clara no seu interesse e carinho por mim.
Mas eu não fui capaz de a compreender.

E perdi-a.

Agora, estou aqui. Trancado no meu apartamento, que graças a ela sempre tinha brilho e vida.

"Sinto a tua falta Kyung. Volta para mim. A vida é mais difícil sem ti."

Era tudo o que passava na minha cabeça há horas. Eu não posso ficar aqui sem fazer nada. Eu tenho de a recuperar.

(minutos depois)

"LEE DOKYUNG." Bati pela quinta vez à porta da casa da minha melhor amiga. Ela vivia com o irmão mais novo, Lee Taeyong, também meu amigo. Ele não abriu a porta, então imagino que esteja apenas a Kyung em casa. "Abre, por favor." Supliquei. "A minha vida não tem sentido sem ti. Peço imensas desculpas por não ter reparado..." Deslizei as minhas costas porta abaixo e aguardei. Cinco...dez minutos se passaram e ouvi um clique na porta que significava que esta tinha sido destrancada.
Levantei-me, apressadamente, e abri a porta, para ver a Dokyung a fazer algo que eu nunca pensei que ela fosse capaz de fazer. Ela colocou uma mão cheia de comprimidos na boca e engoliu-os com água, enquanto me olhava nos olhos.
"DOKYUNG!!" Eu entrei em pânico.
Aproximei-me o mais rápido que consegui e segurei o seu corpo que começava, segundos mais tarde, a fraquejar. A mesma já estava sentada no chão, assim que a agarrei, porém ameaçava desmaiar. A Kyung começou a espumar nem 20-30 segundos depois de eu entrar no apartamento. Peguei no meu telemóvel e estava tão nervoso, que o mesmo caiu várias vezes.
"Lee Dokyung, tu não me podes abandonar, okay? Ouviste?" Comecei a chorar. Ela não respondia.

"ALÔ," Liguei ao 112. "...a minha melhor amiga tomou muitos comprimidos e parece estar a ter uma overdose. Entrei aqui no seu apartamento há...umm...2-3 minutos e foi quando a ela os ingeriu. Venham rápido! Ela espumou pela boca e agora não reponde!!".
A senhora na linha respondeu."Senhor, tenha calma. Onde é que se encontra?"
"Na sala à entrada do apartamento (localização do apartamento)."
"Como é que ela está posicionada?"
"Ela está sentada no chão e eu segurei-a pelos ombros antes dela ter perdido os sentidos."
"Estamos a caminho, senhor. Não se mexa e, em breve, terá assistência."
"Obrigado."

Assim que desliguei, continuei a chorar silenciosamente e a observar o corpo desmaiado da pessoa mais importante da minha vida.

Nem 5 minutos depois, a ambulância veio. E o Taeyong ligou.

"Hey, Taeil-hyung. Falaste com a minha irmã? A Kyung não atende o telemóvel."
"He-y-y"
"Hyung...passasse alguma coisa?"
"Taeyong...ela teve uma overdose." O meu choro ouvia-se do outro lado da linha.

(...)



"fluffy and angst, for today."
- moon

~ Definition of HATE ~ lee taeyongWhere stories live. Discover now