O gatilho para a viagem no tempo mudou.
Apertar a mão de Naoto já não funciona mais.
Takemichi pensou que não conseguiria mais voltar para 2005 e esse pensamento se prolongou até ele morrer, que foi quando ele abriu os olhos no passado novamente...
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Saindo de seus pensamentos, Hanagaki Takemichi acordou no dia 09 de setembro de 1999, quando ainda tinha 9 anos a exatas 09:00 da manhã...
O tempo é uma vadia Ele pensa
[...]
Kisaki Teeta conversava (manipulava) normalmente com um político aleatório quando sentiu seu arredor ficar pesado, e uma tontura intensa se instalar. Sua visão ficou turva e ele foi obrigado a fechar os olhos por um instante, porém ao abri-los novamente ele se viu em seu quarto de quando ainda era uma criança
A mesma cama com lençóis azuis claros, a mesma escrivaninha baixa, além de todos os seus mesmos cadernos do fundamental I... Suas feições mudaram, ele trincou os dentes e serrou o punho com força o suficiente para seus dedos ficarem brancos.
Ele estava ficando de farto disso, parece que não importa quantas vezes ele tente protegê-lo ou mantê-lo afastado, Hanagaki Takemichi ainda achará um jeito de morrer prematuramente
Parece que estava na hora de falar diretamente com o Herói Chorão. Ou como ele passou a ser conhecido nas linhas do tempo mais atuais, O Copiador.
[...]
Takemichi se arrastou para fora da cama sem pressa alguma, ele tinha nove anos ainda, nenhuma desgraça aconteceria. Foi oque ele disse a si mesmo todas as vezes.
A porta do quarto estava aberta, seus pais nunca o deixaram fechá-la. Ele seguiu em direção ao banheiro do corredor, puxou o banquinho que ficava ao lado a pia subiu. Hanagaki olhou para seu reflexo no espelho, o mesmo cabelo preto e macio... fazia um tempo que ele não sentia essa textura. Ele tem tido menos tempo para cuidar de si mesmo ultimamente. Sua pele ainda estava macia, como deveria ser para uma criança. E principalmente, nenhuma cicatriz. Em nenhum lugar.
Como ele queria que as coisas se mantivessem assim...
Ele andou até a cozinha onde sua mãe estava pisando de um lado para o outro enquanto falava agressivamente no telefone. Ela quase gritava.
Hanagaki Raiko era uma mulher linda, seus longos cabelos pretos levemente enrolados entraram em contraste com os azuis claros de seus olhos, ainda mais claros que os de Takemichi, chegando a um tom quase prata.
Assim que a mulher desviou seu olhar para a criança na porta da cozinha ela rapidamente encerrou a ligação e chamou-o para sentar-se ao seu lado na mesa. Sem hesitar, ele foi
A casa era simples, eles eram em três. Nunca sentiram necessidade de ter mais doque o necessário, apesar de terem o dinheiro. Embora simples, tudo era de qualidade
— Bom-dia Michi — falou sorrindo levemente
— Bom dia mamãe! — ele respondeu normalmente, em suas primeiras vezes repetindo isso ele chorou rios de lágrimas ao vê-la. Ele desabou, passou vários minutos chorando e teve que se explicar depois, nessa última parte, ele mentiu. Mas isso foi justificável, afinal, essa era a última memória que ele tinha dela. (Naquela vez ele ainda era péssimo em mentir de qualquer maneira, a mãe dele não acreditou, apenas cedeu)
