Capítulo 09 - A Primeira Vez

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Dom olha rapidamente para os lados da livraria e não ver ninguém, a não ser livros. De repente, me empurra conta uma das prateleiras. Ele segura meu rosto entre as mãos, me forçando a encara-lo. Seus olhos estão em chamas.
Ele me beija rapidamente, de uma forma violenta. Nossos dentes se batem por um instante, sua língua esta dentro da minha boca, para meu delírio. É divino!
Todos os sentimentos reprimidos dentro de mim, explodem como um vulcão que acabara de acordar. Eu retribuo seu beijo com o mesmo fervor. Passo as mãos por seu cabelo, cravando minhas unhas em seu couro cabeludo. As mãos dele se movem pelo meu corpo, vai descendo até minha bunda, apertando-me com força.
Coloco todo o desejo despertado nos últimos dias nesse beijo. E para minha surpresa, ele também está fazendo o mesmo. Ele também está perdido dentro daquele mix de sentimentos.
Dom interrompe o beijo. Estamos ofegante. Em nossos olhos está estampado o que sentimos um pelo outro. Tento respirar a todo custo.
- Eu quero você. Só pra mim! - diz ele.
Dom se afasta. Virado de costas ele passa as mãos pelo cabelo, como se estivesse perdido.
Eu continuo ofegante, meu corpo está em um grau de descontrole que eu nem o reconheço mais.
- Você consegue imaginar como estou me sentindo?
Afirmo com a cabeça, me sentindo culpado.
- Sinto muito. - murmuro, assim que recupero o fôlego.
- Eu que estou sentindo muito Enzo. Talvez mais do que deveria. Não é só tesão. Eu nunca senti nada parecido por ninguém. Isso é muito... - ele fecha os olhos, na tentativa de encontrar a palavra certa. - ... Isso é muito perturbador. - conclui ele.
Dom me encara vulnerável. Ele se aproxima. Sua boca cola na minha novamente, e então, sinto mais uma vez , seu desespero faminto por mim.
- Vem comigo. Nós precisamos conversar. - diz ele ao interromper o beijo.
Afasto os olhos dele e olho ao nosso redor, à procura de Alice. Ela está conversando com uma cliente, próximo ao caixa. De onde elas estão não podem nos ver.
- Eu só preciso falar antes com minha gerente. - respondo-lhe.
Saio, deixando Dom escondido entre os livros.
Alice se assusta ao me ver. Sem dúvidas ela percebeu o meu estado emocional.
- Posso interromper rapidinho?! - Digo ao me aproximar.
- Com licença querida, pode ficar a vontade. Qualquer coisa pode me chamar. - retruca ela à cliente.
- Você está bem? Tá pálido. O que houve? - pergunta ela.
- Eu preciso ir. - murmuro, obstinado.
- Ir pra onde, tá doido? Você acabou de chegar.
- Eu sei... Eu preciso resolver um assunto...
Alice sorri.
- Agora entendi tudo. - diz ela.
- Posso tirar o resto do dia? Eu prometo que pago com minha folga.
- Pode ir sim.
- Obrigado, de verdade.
Me despeço, em seguida, pego minha mochila e caminho até onde Dom está.
Quando me ver, ele sorri, um sorriso deslumbrante, cheio de dentes, a perfeição em pessoa, e eu não consigo evitar. Sorrio também. Impossível não ser afetado por aquele sorriso. Mais impossível ainda é não ser afetado por esse homem.
Ele caminha ao meu lado pelos corredores do Shopping, eu o observo. Ele anda com uma elegância natural, tão a vontade com seu belo corpo. Sua proximidade é muito sedutora, seu corpo musculoso tão próximo, é tentador demais.
Respiro fundo, preciso manter o controle. Será que não consigo resistir a ele nem por um instante?
- Aonde vamos? - Pergunto.
- É surpresa. - diz ele.
- Jura?! Faz isso não, eu odeio surpresas. - respondo, com um breve sorriso nos lábios.
- Mas dessa vez acho que você vai gostar. - retruca ele.
Dom me conduz até o estacionamento, até seu carro.
Ele abre a porta do carona para mim, me encarando.
- Nós precisamos conversar. Quero te levar pra um lugar onde possamos ficar a vontade. Eu prometo que não vou te obrigar a fazer nada que você não queira. - diz ele.
Minha boca fica seca.
- E então? - pergunta ele, com um tom de voz mais suave.
- Eu não deveria, mas confio em você. Então, vá em frente! Me surpreenda! - Digo.
Fico profundamente vermelho. Ele corre o dedo indicador ao longo da minha bochecha.
- Você é surpreendente. Será um prazer atender seu pedido! - diz ele, ao sentar ao meu lado.
Dom conduz o carro todo feliz e descontraído. Sinto-me menos tenso e mais a vontade. O dia está lindo. Como se estivesse sido preparado para nós dois.
Pouco tempo depois chegamos ao nosso destino. Entramos pelo portão de um belíssimo condomínio fechado com várias casas com vista para as dunas da praia do futuro.
- Chegamos. Vou abrir a porta para você. - diz ele ao descer do carro.
A paisagem e a casa é de tirar o fôlego. Eu me perco diante de tanta beleza.
Prendo a respiração por um instante, tentando assimilar tudo aquilo. Olho para o lado, e lá está ele: parado, me observando, ancioso.
- Você me trouxe aqui para admirar a vista? - Digo.
- Também. Mas se você não quiser ficar, eu vou entender. - diz ele.
- Você mora aqui... sozinho?
- Sim. Moro sozinho. Eu te trouxe aqui pra gente conversar e pra te apresentar ao meu mundo. Quero que você me conheça, pra depois, me compreender.
Ele me olha com um olhar sincero. Consigo enxergar uma verdade gritante nele.
- Vem comigo. - diz ele ao me estender a mão.
Eu concordo, entregando-me à ele. E eu me deleito ao sentir a mão grande e os dedos longos entrelaçados aos meus enquanto entramos pela casa.
- Dom, eu...
- Enzo, por favor, me dá uma chance. Existe alguma coisa em você que me puxa, como um imã. Eu não consigo resistir. - continua ele.
- Eu também me sinto assim. - respondo, com o olhar assustador e intenso.
- Eu sabia que você não era indiferente à mim.
Meu corpo se enrijece e sou seduzido até pelo som de sua voz. Sem falar no olhar. Um olhar faminto de quem quer me devorar... agora!
- Tenho muitos planos pra nós dois. - diz ele.
- Que tipo de planos?
- Eu sei muito bem o que eu quero com você Enzo. Eu quero saber o que você quer comigo.
E ficamos alí, por um instante, um encarando o outro. Nos deliciando um no outro. As palavras já não se faziam necessárias. A atmosfera ao nosso redor era puro tesão.
Tudo o que sinto por ele se apodera, sem pedir licença. Meu sangue está quente, tanto que oprime minha respiração. Vejo minhas reações refletidas na postura dele. Em seus olhos.
- Eu quero muitas coisas Dom. Esse é o problema. - digo, quebrando o silêncio entre nós.
- Isso não é problema. Pelo menos não para mim. Eu quero que você queira muitas coisas comigo, porque a verdade é que eu quero muitas coisas com você.
- Você não sabe o que está dizendo. Você esqueceu o que escreveu naquele cartão?
- Eu não esqueci. É tudo novo para mim. Meu desejo por você é um sentimento estranho e inquietante. Eu nunca senti isso por nenhuma mulher. Você é especial. Muito especial para mim. Quando eu percebi o que estava acontecendo entre nós, fiquei com medo. Eu nunca me envolvi em relacionamentos sérios. Muito menos com outro cara. Eu só quis te manter longe porque não entendia a profundidade do que estava sentindo. No começo pensei que era só atração, desejo. Mas não era só isso. Não era só seu corpo que me atraía. Ninguém me atraiu dessa forma antes.
- E o que te fez mudar de idéia? - pergunto.
- Você. Você me fez mudar de idéia. Eu me apaixonei por você, é por isso que eu voltei lá na livraria e te trouxe para cá. Eu te quero feliz. Eu te quero comigo. Tentei ficar longe mais não consegui.

Puta que pariu! Que declaração!

E naquele breve instante, fico paralisado, encarando aquele homem absurdamente lindo que me olha de volta com uma emoção que eu jamais esperei. Meu Deus... Esse homem maravilhoso me quer.
- Não quero perder você. - diz ele.
Dom pega minha mão, beija os nós dos meus dedos, e o toque de seus lábios em minha pele passeia por todo meu corpo. Ele se aproxima ainda mais, roça seus lábios nos meus e o efeito é como fagulha em folha seca.
Estamos em total sintonia. Nossos lábios estão colados um ao outro, ninguém nunca me beijou dessa forma. Sua língua explora habilmente minha boca, saboreando-me. Sua mão desce pelas minhas costas até a lombar, trazendo-me para mais perto. sinto sua ereção pressionando meu corpo. Ele para o beijo e encosta sua testa na minha.
- Preciso de você. - diz ele.
- E eu de você.
- Quero amar por completo. - diz ele com um olhar convidativo estampado em seus rosto.
Fico imóvel. Extasiado com tudo aquilo.
- Você quer parar por aqui? - pergunta ele.
- Não. Eu também quero você. - confesso.
Nos beijamos novamente. Dom agarra minha cintura e me levanta. Coloco minhas mãos em seus ombros e passo as pernas em volta dele com meu rosto brilhando de tesão e excitação.
- Seu cheiro é divino sabia? - diz ele.
- O seu é inebriante.
Ele me solta na cama e volta a me beijar. Estou excitado e emocionado ao mesmo tempo. As mãos dele encontram a barra da minha camisa e levanta por cima da minha cabeça. Dom segura meu queixo, enquanto beijando-me sem parar.
Eu arranco sua camisa preta e observo seu peito nu enquanto ele fica imóvel por um instante, me permitindo observa-lo. Coloco minha mão sobre seu peito e sinto seu coração pulsando rapidamente, no mesmo compaço que o meu. Me inclino para frente e beijo seu tórax.
Estou de costas pra ele agora. Seus braços tatuados estão em volta da minha barriga, sinto sua ereção no alto da minha bunda.
- Sua pele é macia, cheirosa. Você é perfeito. - diz ele.
Sou torturado por seus longos dedos. Inclino minha cabeça para trás e solto um gemido que estava preso na minha garganta. Enquanto ele morde o lóbulo da minha orelha. É exatamente o que eu sempre quis. E ele continua me dando o que eu quero, o que eu preciso: prazer!
Eu me viro de frente para ele novamente. Dom está tão excitado quanto eu. Sua calça jeans parece machucar seu pênis de tão ereto que está. Ele abaixa o jeans e o deixa cair, ficando só de cueca. Que visão maravilhosa! Ele é meu, todo meu!
Seus olhos encaram os meus. Abro o botão e o zíper do meu jeans e me livro dele também. Respiro fundo e tento controlar minha respiração enquanto isso.
Dom me pega nos braços novamente, me beijando enquanto caímos na sua cama macia e espaçosa. Em seguida ele abandona minha boca, vai levando seus lábios até meu queixo, meu pescoço. Deliro de tanto prazer enquanto ele não para.
- É Hora de se livrar disso aqui. - digo, arrancando sua cueca box branca, liberando enfim, seu pênis duro. Ele segue para cima de mim, me beijando com todo desejo existente entre nós, e eu respondo-lhe avidamente. Sinto todo o peso do seu corpo por cima do meu. Cravo meus dedos entre seus cabelos enquanto ele abre minhas pernas com seu joelho. Ele me beija, enfiando a língua na minha boca, calando meus gemidos.
Ele segura meu queixo e começa a beijar meu pescoço como antes. Suas mãos passeiam pelo meu corpo que está em chamas. É muito erótico. Fecho os olhos com força tentando absorver as sensações que ele está me fazendo sentir.
Dom pega na mesa de cabeçeira uma camisinha, enquanto estou arfando. Ele abre a embalagem e a coloca. Ele sobe em cima de mim novamente, Seus lábios encontram os meus e nos beijamos desesperadamente. Ele me penetra delicamente, e depois começa a se mexer depressa, com seu pau duro e grande, metendo sem parar, implacavelmente, empurrando, empurrando e estou ali, na beira do precipício, preste a gozar. Ele mete sem parar, cravo as unhas nas suas costas enquanto ele segue metendo. Eu libero tudo. Gozo. Grito. E ele goza junto comigo. Com força. Sinto-me consumido. Realizado!

Notas do autor:
Que capítulo Brasilll!!!
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Trilha Sonora:
Letrux - Flerte Revival

As Paixões Secretas de EnzoOnde histórias criam vida. Descubra agora