capítulo 24

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       Cecília

Minha cabeça dói, grego me olha em busca de respostas, e mesmo sabendo que ele pode ficar impaciente a qualquer momento eu não me importo, a vergonha do que aconteceu é de mais pra mim.

Depois de me dar banho ele me trouxe para o quarto e me secou, logo em seguida Felipe achou um pijama em meu guarda roupa e vestiu em mim.

Agora estou sentada na beira da cama de cabeça baixa, estou evitando a todo custo olhar em seus olhos, estou encarando meus pés como se fosse a coisa mais interessante do mundo e pra falar a verdade nesse momento é o melhor a se fazer.

Percebi que grego estava impaciente ao meu lado, por mas que eu tente ser uma garota normal eu não consigo, as memórias, o medo, o pânico, as crises, tudo isso nunca vai acabar.

Felipe se levanta da cama e logo se abaixou do meu lado, desviei o olhar dele e olhei pro relógio em cima do criado-mudo e vi que ainda era quatro e meia da manhã.

Senti os dedos dele em meu rosto e logo meu olhar estava nele, grego me olhava em buscas de respostas, sua mão fazia um carinho meio sem jeito em meu resto em forma de me encorajar.

-des... desculpa.- pedi mesmo sem saber o porque de estar me desculpando.

-não... Cecília não, olha, eu não sei oque é isso, esses sentimentos, essa vontade De estar com você,  desculpa por te assustar, eu não iria te bater, eu... eu... olha desculpa tá. - disse em um fôlego só.

-eu...- não consegui terminar a frase pois ele logo me pegou de surpresa com um abraço.

Demorei pra entender mas quando entendi retribui o abraço, ele me apertava com força e por mais apertado que estava, eu gostei.

-shiii... tá tudo bem, eu não queria te assustar, só pensei que você estava indo embora, eu estava sonhando e não consegui diferenciar o sonho da realidade, por isso falei daquele jeito.- disse em um sussurro ainda abraçado a mim.

Apenas concordei com a cabeça, não quero ter que falar nada pois sei que se eu dizer um "A" irei chorar.

Minha garganta dói de vontade de por tudo pra fora, o choro entalado na garganta denuncia meu fracasso ao tentar ser forte.

-eu preciso me arrumar, já está na hora.-disse com ele ainda agarrado em mim.

Sua cabeça estava apoianda em meu ombro, seu nariz estava quase em contato com meu pescoço, hora ou outra ele inspirava fundo bem perto da minha pele.

-falta hoje, fica comigo. - disse com a voz em um sussurro.

-não posso, você deve ter muitas coisas pra fazer também. -falei com o pretexto de arrumar uma desculpa e evita-lo.

-apenas hoje Cecília, apenas hoje fica comigo, eu pago seu dia na loja, deixa eu compensa-lá pela forma que iniciou a manhã. -disse levantando seu rosto do meu pescoço e me encarando.

Eu não posso faltar mas a forma que ele me olhava, como se isso fosse a coisa mais importante da vida dele me faz repensar na minha decisão.

Nunca faltei o serviço, nem levei atestado médico, acho que se faltar um dia apenas não faria mal, eu posso repor outro dia.

Não estou fazendo isso apenas por ele, sei que se ele não tivesse dado a ideia eu iria trabalhar mesmo com a cabeça latejando de dor.

-tudo bem.- falei após ele confirmar com a cabeça.

-vamos dormir mais um pouco?- perguntou manhoso.

-preciso fazer uma ligação antes.- disse tentando me levantar, porém ele voltou a me abraçar e me manteve no lugar.

-fica aqui.- disse baixinho.

-vou ligar pra gerente da loja, vou avisar que não vou hoje.- falei.

Aos poucos ele me soltou, então me estiquei e peguei o meu telefone que estava em cima do criado-mudo.

Liguei pra minha gerente e comuniquei que não poderia ir hoje, ela como esperado estranhou e perguntou se eu estava bem, não gosto de mentir mas tive que falar a mando do Felipe que acordei com febre hoje.

Ela concordou e me desejou melhores e logo desligou, olhei pro grego que já estava me olhando, ele parecia querer dizer algo mas parece que se conteve.

Ele me puxou pra me deitar em seu peito, ainda estava com a cabeça doendo por causa do nervosismo que passei, no relógio marcava cinco e meia  ainda, poderei dormir e descansar mais um pouco.

-desculpa de novo.- pediu.

-tudo bem já passou, você quer mamar um pouco? Meus seios então doendo. -disse mudando de assunto.

-quero sim.- falou envergonhado.

-então vem.- puxei ele que se deitou em cima da minha barriga.

Retirei meu seio da camiseta do pijama e logo o depositei em sua boca e não esperou nem um segundo e já começou a sulgar, como se fosse rotina logo minhas mãos estava em seus cabelos o acariciado.

           {Até a próxima}

Meu Fim...Where stories live. Discover now