capítulo 18

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       Grego

Porra, nunca na minha vida achei que iria gostar de algo tão simples, na verdade nunca achei que um simples ato de carinho ia mexer tanto com minha mente.

Tenho que me controlar melhor, já tive muitos surtos perto dessa garota, e se quero me aproximar tenho que parecer no mínimo uma pessoa normal e não um desequilibrado.

Os remédios não estão mais fazendo efeito pelo que parece, terei que resolver isso o mais rápido possível, mas antes de resolver tenho que checar a nova carga que chegou no morro.

O serviço me destrai, na verdade o cargo que tenho hoje em dia me ajuda a ser equilibrado, me ajuda a ter foco, então se estou assim é por falta de serviço, nada melhor que matar algumas pessoas inconveniente e fazer contas e mais contas.

Cecília parece não ligar para o meu cargo de dono do morro, isso é um tanto quanto diferente, quase todas as vadias que se aproxima de mim é por causa do meu poder.

Cheguei na barreira vendo os mesmos meninos que estavam aqui na hora que saí, o turno vai acabar daqui algumas horas.

Não gostei de ter visto Cecília falando com eles, foi só um bom dia mas minha mente insana insiste em criar senas que nem faz sentindo pra mim agora são.

Ela despertou um lado desconhecido e agora terei que tentar ter controle pra não fazer mais merda.

-leva meu carro lá pra casa diguinho e leva minha moto pra boca. -disse a um vapor que estava me olhando.

Gosto de andar pela minha comunidade, muitos aqui não gostam do jeito que comando aqui, mas sei que dessa forma mantém o controle então nem me interessa.

Descobrir que Cecília mora aqui a muito tempo e eu nem se quer sabia disso me deixou intrigado, se ela mora aqui e eu não fazia ideia isso quer dizer que tem mais gente que talvez eu não saiba.

Subi praticamente o morro todo pensando nisso, tenho que tomar uma atitude, não posso deixar isso aqui virar bagunça não, não posso perde o poder.

Cheguei na boca vendo alguns vapores na contestação, todos muito bem concentrada no serviço, é assim que eu gosto.

Apesar de já ter escovado os dentes ainda consigo sentir o gosto do leite da Cecília, isso parece uma droga, me acalmou como se eu tivesse tomado remédios, não sei se ela vai me deixar tomar o leite denovo, mas nem me importo, eu sempre consigo oque quero e isso não vai ser diferente agora.

-alguem sabe onde que tá o galego? -falei no rádio.

-na rua dezessete chefe, quer que chame ele?- perguntou.

-manda ele vim aqui. -disse e desliguei o rádio.

Tenho assuntos a tratar com ele, o único que confio, não de olhos fechados, mas confio.

Comecei a checar quem estava devendo e quem eu deveria mandar matar, preciso encher minha mente de trabalho pra não pensar na Cecília e no leite dela.

Aquela garota vai ser minha, tenho certeza disso, não me importo que a conheci a poucos dias ou se ela não me quer por perto, eu a quero e isso que importa.

Fui tirado dos meu pensamentos com alguém batendo na porta, logo mandei entrar.

Galego entrou na sala e nem perdeu tempo, já começou a me passar as vendas feita e os planejamento pro baile de sexta e sábado.

-to tendo umas desconfiança e quero que tu junto comigo descubra se estou certo. -disse acendendo um cigarro.

-fala ai. -disse bolando um baseado.

-se Cecília estava morando aqui a três anos e nós não sabíamos, nem no caderno de aluguel ela tava então quer dizer que pode ter mais pessoas, quero saber se isso comprova e quem está fazendo isso. Eu desconfio do Brunão, ele pois ela aqui e não me falou nada nem pois ela no caderninho, ela paga aluguel todo mês e esse dinheiro nao consta aqui.- falei oque estava me deixado incomodado.

-pensando assim ce tá certo irmão, mai iai oque que nos vai fazer? Passar casa por casa vasculhando isso?

-por isso preciso que você junte os vapores de confiança, só os mai próximos e começa a investigar melhor essa história, quero saber nome e quem alugou a casa, se tiver safado de pilatrangem na minha favela vai morrer igual indigente. -disse jogando a bituca de cigarro fora.

Galego concordou comigo dizendo que logo esse serviço estaria feito, ainda era onze da manhã, tenho muito tempo ainda até ir buscar a Cecília.

Decidi resolver oque tem pendente pra ficar livre de uma vez, peguei a chave da minha moto e saí da salinha a trancando, fui em direção a saída pra poder ir até o galpão da Comunidade.

Hoje vou dar um jeito de ficar com a Cecília denovo, vou ir busca-la a noite e tenho que inventar uma boa desculpa pra passar mais uma noite do seu lado mamando em seu seio, por mas vergonhoso que isso seja.

Enfim, vou trabalhar até dar o horário de busca-la...

{Até a próxima}

Meu Fim...Where stories live. Discover now