Pazes fúnebres

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Reta final!!!
boa leitura ♥︎

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"Taehyung,

Olá. Já faz duas semanas que não nos falamos, talvez um pouco mais, e estou cheio de dúvidas do significado do seu silêncio.
Não precisa pedir desculpas pelas ofensas que dirigiu a mim, apenas dê um sinal de vida. Da última vez, você esperou que eu fosse até você. Bem, considere essa carta como o primeiro passo para fazermos as pazes.

Aguardo sua resposta.

Yoongi

p.s: sem respostas monossilábicas! "

-

- "Não precisa pedir desculpas"... Será que ele ficará ainda mais bravo? - murmurei comigo mesmo.

Pensando bem, até que meu orgulho falou mais alto por muitos dias. Duas semanas exatas sem falar com Taehyung, e só naquele exato momento não resisti em escrever uma carta para tentar melhorar a situação.

Devo confessar, fiquei muito desanimado na primeira semana. Na segunda tive uma mistura de sentimentos, fiquei conformado, e agora, no fim da semana, fiquei com saudade. Tive Yumi em minha cola por todos esses dias, tagarelando que eu devia ir logo atrás dele - sim, acabei contando para ela.

Decidi colocar a carta no melhor envelope. Escrita com minha melhor letra. Minha melhor caneta. Meu melhor selo. Apesar de tudo, estava confiante de que faríamos as pazes após aquelas tão curtas palavras.

Meus pais estavam fora da cidade por algumas horas. Uma prima da minha mãe enviou uma carta convidando-os para um chá, e como ela, graças a deus, não mencionou eu ou Yumi, nós não precisávamos ir. Era a oportunidade perfeita para que eu escrevesse a carta e, então, mandasse entregar. Mas tinha um porém: o mensageiro estava de folga.

- O que faço? Não pode fazer esse favor para mim? - praticamente implorei à minha irmã.

- Não dá, meus pés estão doloridos. - ela disse. - Mande algum dos empregados!

- Só se algum deles já estivesse indo para aqueles cantos. A casa de Taehyung é fora do caminho!

- Bem, se vire!

Passei quase a manhã inteira pensando se deveria eu mesmo entregar a carta e qual seria a reação de Taehyung se eu fizesse isso mesmo. Pensei em todos os prós e contras. Meditei. Sentei e respirei fundo. Pensei e pensei e pensei...

- Senhor Min. - a senhora Judite se aproximou. - Como o combinado, estou indo embora. O senhor precisa de mais alguma coisa?

Olhei as horas. A senhora Judite estava sendo dispensada muito mais cedo que o normal, pois sua filha estava doente. Meu pai odiou quando soube e disse que eu permitia muita folga aos meus empregados.

- Não, a senhora já pode ir. Desejo melhoras à sua filha. - sorri largo. A senhora Judite retribuiu o sorriso e apressou-se rumo à porta, quando me lembrei da carta. - Ah, senhora Judite, uma coisa! - me levantei da poltrona em que estava sentado e caminhei até ela. - A senhora pode entregar esta carta ao senhor Kim? Sei que a senhora mora aos arredores da mansão...

Ela pegou a carta e analisou a embalagem. Balançou a cabeça em uma afirmativa, sem desprender o sorriso largo de seu rosto, e disse:

- Claro, senhor Min. Mas se me permite dizer, como deve saber, tenho amigas que trabalham para o senhor Kim, e ouvi delas que ele não está na cidade mais.

- O que? - arqueei a sobrancelha. - Onde ele teria ido?

- Aparentemente saiu às pressas hoje de madrugada. Mal arrumou sua mala. Acreditam que ele tenha ido à Birmingham para um funeral... - ela suspirou. - Mas não vi com meus próprios olhos, senhor Min, então não posso afirmar que são fatos.

Greenaway ໒ kth + mygWhere stories live. Discover now