Purplish Vampire

32 | Segunda Invasão

Arco Três: O Fim dos Tempos

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Acabou.

Calma, eu ainda não morri. Ainda.

Quando digo que acabou, é que já se passou os dias em que eu deveria ficar repousando em casa, e agora eu já posso ir para a faculdade de novo. Ai ai, eu ainda não me sinto preparado...

Atualizando vocês: A minha briga com o Shinsou. Depois que ele se trancou no quarto, eu até que tentei falar com ele e tals, bati na porta e os caramba. Mas logo percebi que ele não ia abrir, então decidi lhe dar esse tempo. Ele realmente ficou muito exaltado e me assustou, e o fato de aquilo não ser o modo completamente irritado dele ativado me deixou ainda mais receoso com tudo. No final, ele saiu apenas depois da meia-noite e não tocou mais no assunto. Eu também andei evitando falar sobre, com medo de atiçá-lo novamente. Aquilo foi uma experiência péssima.

Dabi continuou cuidando de mim durante a semana, me incentivando da maneira dele e me deixando craque em atirar. Me sinto o próprio Pistoleiro, na moral. Mesmo que toda vez que eu olhe para aquela arma e me lembre do que eu quase fiz com ela, mas logo trato de pensar que vai ser com ela que irei atirar na cabeça daquela fada. Argh, só de pensar...

Mas voltando ao presente, no dia anterior o Hitoshi passou no meu apartamento e pegou meu material, junto de um bolo de roupas para eu usar hoje, e me vendo no espelho agora, não sei mais se me sinto realmente confortável nelas.

Uma regata branca que eu fiz questão de rasgar para deixar minha barriga de fora — porque na época eu tinha piercing no umbigo e queria mostrar —, uma calça jeans larga com manchas de tinta preta que eu mesmo fiz também, meu all star amarelo de sempre, meu bonezinho preto com uma carinha e algumas pulseiras e anéis. Me olho no espelho do banheiro meio receoso, passando a mão pela minha barriga e pelo decote em V da gola, me sentindo meio exposto. Não estou mais com aqueles ferimentos graças às poções do Yamaguchi, mas mesmo assim, ainda é tão... complicado.

Saio do banheiro e tomo a liberdade de entrar no quarto do Hitoshi sem bater na porta, me arrependendo um pouco ao vê-lo apenas com uma calça moletom preta que se ajustava na canela e a camisa da mesma cor em mãos, me olhando um pouco confuso pela entrada repentina. Eu já tinha o visto sem camisa antes naquela... noite, mas eu estava tão abalado que nem me liguei muito nisso.

Ele tem o tronco mais definido do que eu imaginava, os braços levemente musculosos mas nada muito exagerado, e a pele extremamente pálida. Mas até aí, nenhuma novidade.

Me toco de que eu estava olhando demais e fico meio sem graça.

— Foi mal, eu não queria... sabe, né? Tipo, não era a minha intenção. — Junto ambas as minhas mãos em frente ao corpo, desviando o olhar. Meu Deus eu sou um estúpido de merda.

— Tudo bem. — Ele sorri bem pequeno, terminando de vestir a camisa que não tinha nenhuma estampa. — Aconteceu alguma coisa?

— Não! Na verdade, eu só estou meio desconfortável com a minha camisa. — Aponto para a roupa, e ele a analisa rapidamente, voltando seu olhar para os meus olhos.

— Me desculpe. Eu realmente não prestei muita atenção no que eu estava pegando. — Ele caminha em direção ao seu guarda-roupa, abrindo a porta e sinalizando para dentro dele. — Se quiser pode trocar por uma das minhas camisas.